Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra (2 Timóteo 2:3 e 4).
Siga, passo a passo, no caminho do dever. Talvez tenha de escalar lugares íngremes, mas prossiga rumo à humildade, fé e abnegação, deixando para trás as nuvens da dúvida. — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 272.
Estudo adicional: Patriarcas e profetas, pp. 547-549 (capítulo 53: “Os primeiros juízes”).
DOMINGO, 4 DE FEVEREIRO - 1. O ESPÍRITO DE DEUS EM OPERAÇÃO
1A) Como os homens da cidade reagiram na manhã seguinte à destruição do altar de Baal que pertencia ao pai de Gideão? Juízes 6:28-30.
Jz 6:28-30 — 28 Levantando-se, pois, os homens daquela cidade de madrugada, eis que estava o altar de Baal derribado, e o bosque, que estava ao pé dele, cortado; e o segundo boi foi oferecido no altar de novo edificado. 29 E uns aos outros disseram: Quem fez esta coisa? E, esquadrinhando e inquirindo, disseram: Gideão, o filho de Joás, fez esta coisa. 30 Então, os homens daquela cidade disseram a Joás: Tira para fora o teu filho para que morra, pois derribou o altar de Baal e cortou o bosque que estava ao pé dele.
1B) Como o pai de Gideão reagiu? Por quê? Juízes 6:31 e 32.
Jz 6:31 e 32 — 31 Porém Joás disse a todos os que se puseram contra ele: Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? Qualquer que por ele contender ainda esta manhã será morto; se é deus, por si mesmo contenda; pois derribaram o seu altar. 32 Pelo que, naquele dia, lhe chamaram Jerubaal, dizendo: Baal contenda contra ele, pois derribou o seu altar.
Gideão havia contado a seu pai, Joás, sobre a visita do anjo, bem como sobre a promessa de que Israel deveria ser libertado. Também contou a ele sobre a ordem divina para destruir o altar de Baal. O Espírito de Deus tocou o coração de Joás. Ele viu que os deuses a quem tinha adorado não podiam sequer salvar-se da destruição total e, por isso, não podiam proteger seus adoradores. Quando a multidão idólatra implorou pela morte de Gideão, Joás se levantou destemidamente em defesa do filho, e se esforçou para mostrar às pessoas como seus deuses eram impotentes e indignos de confiança ou de adoração [cita-se Juízes 6:31].
Lembrou-lhes que a pena de morte repousaria justamente sobre eles mesmos em vez de Gideão, pois haviam quebrado a Lei de Deus, que condenava a idolatria. — The Signs of the Times, 23 de junho de 1881.
SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO - 2. A MARAVILHOSA PROVIDÊNCIA DE DEUS
2A) Como a remoção dos ídolos motivou o progresso? Juízes 6:33-35.
Jz 6:33-35 — 33 E todos os midianitas, e amalequitas, e os filhos do Oriente se ajuntaram num corpo, e passaram, e puseram o seu campo no vale de Jezreel. 34 Então, o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele. 35 E enviou mensageiros por toda a tribo de Manassés, que também se convocou após ele; também enviou mensageiros a Aser, e a Zebulom, e a Naftali, e saíram-lhe ao encontro.
Toda a manobra [de destruir os ídolos], com os apelos de Gideão, produziu um efeito poderoso sobre as pessoas de Ofra. Todos os pensamentos de violência foram rejeitados; e quando, movido pelo Espírito do Senhor, Gideão tocou a trombeta de guerra, eles estavam entre os primeiros a se reunir com ele. Enviou, então, mensageiros por toda sua própria tribo de Manassés, e também a Aser, Zebulon e Naftali, e todos obedeceram alegremente ao chamado. — The Signs of the Times, 23 de junho de 1881.
2B) O que podemos aprender das orações que Gideão fez pedindo confirmação a Deus? Que espírito inspirou seus pedidos? Juízes 6:36-40.
Jz 6:36-40 — 36 E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar Israel por minha mão, como tens dito, 37 eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e secura sobre toda a terra, então, conhecerei que hás de livrar Israel por minha mão, como tens dito. 38 E assim sucedeu; porque, ao outro dia, se levantou de madrugada, e apertou o velo, e do orvalho do velo espremeu uma taça cheia de água. 39 E disse Gideão a Deus: Não se acenda contra mim a Tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-Te que só esta vez faça a prova com o velo; rogo-Te que só no velo haja secura, e em toda a terra haja o orvalho. 40 E Deus assim o fez naquela noite, pois só no velo havia secura, e sobre toda a terra havia orvalho.
Gideão sentiu profundamente sua própria insuficiência em face da grande obra diante de si. Ele não ousou colocar-se à frente do exército sem claras evidências de que Deus o havia chamado para essa missão, e de que o acompanharia. [...]
A falta de fé sugeriu que a lã por natureza absorve qualquer umidade existente no ar, e que o teste não fora decisivo. Assim, [Gideão] pediu uma renovação do sinal, implorando humildemente que a incredulidade não levasse o Senhor à ira. Seu pedido foi aceito. [...]
Antes da honra vai a humildade. O Senhor pode usar de modo mais eficaz aqueles que são mais conscientes da própria indignidade e ineficiência. Ele os ensinará a exercer a coragem que vem da fé. Ele os fortalecerá unindo a fraqueza deles ao poder divino, e sábios, unindo a ignorância deles à Sua sabedoria.
Deus aceitará os serviços de todos os que irão trabalhar em obediência à Sua vontade, que não irão manchar a consciência em troca de qualquer interesse pessoal, que não permitirão que qualquer influência os desvie do caminho do dever. [...]
Os que estão dispostos a aprender e confiar, com um propósito correto e um coração puro, não precisam esperar por grandes ocasiões ou habilidades extraordinárias para empregar suas faculdades. Eles não devem permanecer indecisos, questionando e temendo o que o mundo vai dizer ou pensar a seu respeito. Não devemos nos desgastar com preocupações ansiosas, mas seguir em frente, realizando com calma e fidelidade o trabalho que Deus nos atribui e deixando o resultado inteiramente com Ele. — Idem.
TERÇA-FEIRA, 6 DE FEVEREIRO - 3. DEUS CONHECE O CORAÇÃO
3A) Que lei havia sido estabelecida no antigo Israel, revelando a compaixão divina pelas famílias em tempos de guerra? Deuteronômio 20:5-8.
Dt 20:5-8 — 5 Então os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre. 6 E qual é o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfrutou? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro a desfrute. 7 E qual é o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro homem a receba. 8 E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Qual é o homem medroso e de coração tímido? Vá, e torne-se à sua casa, para que o coração de seus irmãos não se derreta como o seu coração.
Estabeleceu-se uma lei em Israel de que, antes de saírem à batalha, a seguinte proclamação deveria soar por todo o exército: “Então, os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual é o homem que edificou casa nova e ainda a não consagrou? Vá e torne-se à sua casa, para que, porventura, não morra na peleja, e algum outro a consagre. E qual é o homem que plantou uma vinha e ainda não logrou fruto dela? Vá e torne-se à sua casa, para que, porventura, não morra na peleja, e algum outro o logre. E qual é o homem que está desposado com alguma mulher e ainda a não recebeu? Vá e torne-se à sua casa, para que, porventura, não morra na peleja, e algum outro homem a receba. E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Qual é o homem medroso e de coração tímido? Vá e torne-se à sua casa, para que o coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração” (Deuteronômio 20:5-8). É uma ilustração impressionante do terno e compassivo amor de Cristo! Aquele que estabeleceu as relações de vida e os laços de parentesco preparou uma disposição especial para que esses vínculos não fossem amplamente rompidos. Ninguém sairia à guerra contra a própria vontade. Essa proclamação também estabelece, de uma forma poderosa, a influência que pode ser exercida por um homem que é deficiente na fé e coragem e, além disso, mostra o efeito de nossos pensamentos e emoções sobre o nosso próprio modo de agir. — The Signs of the Times, 30 de junho de 1881.
3B) Agora que Gideão tinha certeza de que Deus dirigia seu empreendimento, como o Senhor novamente o surpreendeu? Por quê? Juízes 7:1 e 2. Que efeito o orgulho tem sobre nós?
Jz 7:1 e 2 — 1 Então, Jerubaal (que é Gideão) se levantou de madrugada, e todo o povo que com ele havia, e se acamparam junto à fonte de Harode; de maneira que tinha o arraial dos midianitas para o norte, pelo outeiro de Moré, no vale. 2 E disse o Senhor a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para Eu dar os midianitas em sua mão; a fim de que Israel se não glorie contra Mim, dizendo: A minha mão me livrou.
Pelo fato de seu exército ser tão pequeno em comparação com o do inimigo, Gideão evitou fazer a convocação costumeira [Deuteronômio 20:5-8]. Ficou surpreso ao saber que seu exército era grande demais. Mas o Senhor via o orgulho e a incredulidade que existiam no coração de Seu povo. Despertos pelos apelos estimulantes de Gideão, alistaram-se prontamente; mas muitos ficaram aterrorizados quando viram as multidões de midianitas. Porém, se Israel houvesse triunfado, essas mesmas pessoas teriam assumido a responsabilidade pela vitória em vez de louvarem a Deus pelo livramento.
Gideão obedeceu à determinação do Senhor, e com grande angústia viu vinte e dois mil — ou mais de dois terços de sua força total — voltarem para casa. — Patriarcas e profetas, p. 549.
O orgulho de coração é um terrível traço de caráter. “A soberba precede a ruína” (Provérbios 16:18, primeira parte). Isso é verdade na família, na igreja e na nação. — A fé pela qual eu vivo, p. 68.
QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO - 4. UM TESTE DE CARÁTER
4A) Depois que o exército de Gideão foi reduzido para apenas 10 000 homens, o que Deus ordenou que ele fizesse antes de sair à batalha? Por quê? Juízes 7:4 e 5.
Jz 7:4 e 5 — 4 E disse o Senhor a Gideão: Ainda muito povo há; faze-os descer às águas, e ali tos provarei; e será que aquele de que Eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele de que Eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá. 5 E fez descer o povo às águas. Então, o Senhor disse a Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber.
O povo foi levado à beira d’água, esperando fazer um avanço imediato contra o inimigo. Alguns pegaram um pouco de água com a mão em concha e a beberam enquanto andavam; mas quase todos se ajoelharam e beberam tranquilamente. Os que beberam água com as mãos foram apenas trezentos entre os dez mil. No entanto, esses é que foram escolhidos; já ao restante, foi permitido voltar para casa.
O caráter muitas vezes é testado pelas coisas mais simples. Aqueles que em tempo de perigo estavam preocupados em suprir suas necessidades não eram os homens em quem se poderia confiar em uma emergência. O Senhor não tem lugar em Sua obra para os indolentes e condescendentes consigo mesmos. Os homens de Sua escolha foram os poucos que não permitiram que suas necessidades os atrasassem no desempenho do dever. — Patriarcas e profetas, p. 549.
4B) Como o princípio real que Deus estava ensinando também se aplica a nós em Sua igreja hoje? Filipenses 2:4; 3:13 e 14.
Fp 2:4 — Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
Fp 3:13 e 14 — 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, 14 prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
O sucesso não depende da força ou dos números. Deus pode livrar usando poucas ou muitas pessoas. Uma grande igreja não é necessariamente uma igreja forte. Alguns de seus membros talvez estejam acariciando o egoísmo, o orgulho ou a incredulidade; alguns podem ser desonestos, enquanto outros talvez sejam corruptos no coração e na vida. Todas essas pessoas são uma fonte de fraqueza para a igreja. Elas atraem o olhar reprovador de Deus sobre o Seu povo, e o grande adversário irá operar por meio delas para promover sua própria causa.
Antigamente, aqueles cujos interesses mundanos afastavam seus corações da obra de Deus recebiam a ordem de retornarem aos seus lares. Seria melhor para a causa da verdade hoje se aqueles cuja atenção é absorvida pelos seus próprios interesses particulares se afastassem da obra de Deus e se dedicassem às coisas que satisfazem seu coração. Dessa forma, seu mau exemplo não poderia exercer uma influência tão perigosa sobre outros. Deus é honrado não tanto por um grande número, mas pelo caráter daqueles que O servem. — The Signs of the Times, 30 de junho de 1881.
QUINTA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO - 5. SOLDADOS DO PRÍNCIPE DA PAZ
5A) Qual é o plano de Deus para todos os alistados em Seu exército espiritual? 2 Timóteo 2:3-5.
2 Tm 2:3-5 — 3 Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. 4 Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 5 E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. 6 O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos.
Não fomos colocados neste mundo apenas para cuidar de nós mesmos, mas nos é exigido que ajudemos na grande obra da salvação, imitando assim o altruísmo, o sacrifício próprio e a vida de utilidade de Cristo. — Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 325.
O verdadeiro caráter cristão é marcado por uma sinceridade de propósito, uma determinação indomável, que se recusa a ceder às influências mundanas, que tenha como alvo nada menos que o padrão bíblico. Se os homens cederem ao desânimo no serviço de Deus, o grande adversário irá apresentar razões abundantes para desviá-los do caminho plano do dever para outro de tranquilidade e irresponsabilidade. Aqueles que podem ser subornados ou seduzidos, desanimados ou amedrontados, não serão de nenhuma utilidade na batalha cristã. Aqueles que estabelecem suas afeições sobre tesouros ou honras mundanos não intensificarão a batalha “contra os principados, contra as potestades, [...] contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).
Todos os que querem ser soldados da cruz de Cristo devem cingir a armadura e se preparar para o conflito. Não devem ser intimidados por ameaças ou amedrontados por perigos. Devem ser prudentes em situações arriscadas, mas firmes e corajosos para enfrentar o adversário e batalhar para Deus. A consagração dos seguidores de Cristo precisa ser completa. Pai, mãe, esposa, filhos, casas, terras, tudo deve ser colocado em segundo plano em relação à obra e à causa de Deus. Deve estar disposto a suportar pacientemente, com alegria e satisfação, qualquer coisa que a providência de Deus o chamar a sofrer. Ao fim, sua recompensa será compartilhar com Cristo o trono de glória imortal. — The Signs of the Times, 30 de junho de 1881.
SEXTA-FEIRA 9 DE FEVEREIRO - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Como posso fazer um apelo a alguém que está em apostasia, assim como Gideão fez com Joás?
2. Por que Gideão recebeu a tarefa de libertar o povo de Deus?
3. Por que Deus queria que o número de soldados diminuísse de 32 000 para 10 000?
4. Explique como o teste sobre o modo como os homens bebiam água pode ser aplicado hoje.
5. O que significa ser um soldado espiritual de um reino que não é desse mundo?