LIÇÃO 06

O filho pródigo

2º trimestre de 2018
Sábado, 12 de Maio de 2018
Porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se (Lucas 15:24).
O amor do Pai pela raça caída é incompreensível, insondável e sem paralelo. — A maravilhosa graça de Deus, p. 79.
Estudo adicional: Parábolas de Jesus, pp. 198-211 (capítulo 16: “A reabilitação do homem”).

Domingo, 6 de maio - 1. A SEDUÇÃO DOS PRAZERES DESTE MUNDO
1A) Ainda que as parábolas tenham várias aplicações, a que classe especial a parábola do filho pródigo se aplica? Lucas 15:1 e 2.
Lc 15:1 e 2 — Ora, chegavam-se a Ele todos os publicanos e pecadores para O ouvir. 2 E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.

Na parábola do filho pródigo é apresentado o procedimento do Senhor para com aqueles que uma vez conheceram o amor do Pai, mas permitiram que o tentador os escravizasse à sua vontade. — Parábolas de Jesus, p. 198.

1B) Ao ser tentado pelo mundo, que pedido o filho mais novo fez, e qual foi a decisão do pai? Lucas 15:11 e 12.
Lc 15:11 e 12 — Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. 12 O mais novo disse ao seu pai: Pai, quero a minha parte da herança. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles (Nova Versão Internacional).

1C) Quais foram as consequências das estúpidas ideias de liberdade do filho mais novo? Lucas 15:13 e 14; Jeremias 17:5 e 6. O que podemos aprender dessa história sobre o egoísmo?
Lc 15:13 e 14 — Poucos dias depois, o filho mais moço, ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. 14 E havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades.
Jr 17:5 e 6 — Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! 6 Pois é como o junípero no deserto, e não verá vir bem algum; antes morará nos lugares secos do deserto, em terra salgada e inabitada.

Qualquer que seja a aparência, toda vida centralizada no eu é desperdiçada. Quem tenta viver distante de Deus está arruinando sua própria essência. Está dissipando os melhores anos, desperdiçando as faculdades da mente, do coração e da alma, e trabalhando para operar a ruína eterna. O homem que se afasta de Deus para servir a si mesmo é escravo de Mamon. — Ibidem, pp. 200 e 201.

Segunda-feira, 7 de maio - 2. O VAZIO DOS PRAZERES MUNDANOS
2A) Que situação se desenvolveu? O que esse jovem, que uma vez fora bem alimentado, teve de fazer? Lucas 15:15 e 16.
Lc 15:15 e 16 — Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. 16 E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada.

Ao surgir uma grande fome, [o jovem da parábola] começa a passar necessidade, e decide unir-se a um cidadão do país que o envia para o campo a fim de alimentar porcos. Esse era o serviço mais humilhante e degradante para um judeu. O jovem que se vangloriava de sua liberdade agora é nada mais do que um escravo. Ele está na pior escravidão, pois “se torna prisioneiro das cordas do seu pecado” (Provérbios 5:22 – Nova Versão Internacional). O brilho e o falso esplendor que o seduziram desaparecem, e ele sente o peso das algemas que o prendem. — Parábolas de Jesus, p. 200.

2B) Como resultado de sua experiência dolorosa e humilhante, como o filho pródigo reagiu ao poder do Espírito Santo? Lucas 15:17-19.
Lc 15:17-19 — Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! 18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; 19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.

O jovem se volta da manada de porcos e das bolotas e dirige o olhar para casa. Tremendo de fraqueza e quase desmaiando de fome, toma o seu rumo com ansiedade. Não tem nada com o que cobrir seus farrapos, mas sua miséria venceu o orgulho, e ele se apressa a implorar o lugar de um servo onde uma vez fora um filho. — Ibidem, pp. 202 e 203.

2C) Que lições Salomão nos deixou após passar a maior parte de sua vida buscando a felicidade nas riquezas e nos prazeres mundanos? Eclesiastes 2:4-12, 17 e 18.
Ec 2:4-12, 17 e 18 — Fiz para mim obras magníficas: edifiquei casas, plantei vinhas; 5 fiz hortas e jardins, e plantei neles árvores frutíferas de todas as espécies. 6 Fiz tanques de águas, para deles regar o bosque em que reverdeciam as árvores. 7 Comprei servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e de rebanhos, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém. 8 Ajuntei também para mim prata e ouro, e tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, concubinas em grande número. 9 Assim me engrandeci, e me tornei mais rico do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. 10 E tudo quanto desejaram os meus olhos não lho neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; pois o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e isso foi o meu proveito de todo o meu trabalho. 11 Então olhei eu para todas as obras que as minhas mãos haviam feito, como também para o trabalho que eu aplicara em fazê-las; e eis que tudo era vaidade e desejo vão, e proveito nenhum havia debaixo do sol. 12 Virei-me para contemplar a sabedoria, e a loucura, e a estultícia; pois que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que já se fez! [...] 17 Pelo que aborreci a vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era penosa; sim, tudo é vaidade e desejo vão. 18 Também eu aborreci todo o meu trabalho em que me afadigara debaixo do sol, visto que tenho de deixá-lo ao homem que virá depois de mim.

Por sua própria amarga experiência, Salomão compreendeu o vazio de uma vida que busca nas coisas terrenas seu maior bem. Ergueu altares a deuses pagãos só para entender quão inútil é a promessa deles de dar repouso à alma.
Em seus últimos anos, já cansado e sedento devido às rotas cisternas da Terra, Salomão voltou a beber da Fonte da vida. Pelo Espírito de inspiração, ele registrou para as gerações futuras a história de seus anos desperdiçados com suas lições de advertência. E assim, mesmo que o plantio de sua semente tenha sido ceifado por seu povo em colheitas do mal, a obra da vida de Salomão não foi totalmente perdida. Para ele, afinal, a disciplina do sofrimento realizou sua obra. — Educação, pp. 153 e 154.

Terça-feira, 8 de maio - 3. A DEMONSTRAÇÃO DO AMOR DE UM PAI
3A) Quando o filho pródigo pôs sua fé em prática, o que ele descobriu ao se aproximar da casa paterna? Lucas 15:20 e 21.
Lc 15:20 e 21 — Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. 21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.

Em sua inquieta juventude, o pródigo via o pai como alguém rígido e severo. Quão diferente é seu conceito dele agora! — Parábolas de Jesus, p. 204.

3B) Como o pai demonstrou o amor e interesse que sempre sentiu por seu filho errante? Lucas 15:22-24.
Lc 15:22-24 — Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés; 23 trazei também o bezerro cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos, 24 porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se.

O pai não permite que olhos zombadores desprezem a miséria e as roupas esfarrapadas de seu filho. Tira de seus próprios ombros o manto largo e valioso, e envolve com ele o corpo enfraquecido do filho, e então o jovem soluça o seu arrependimento, dizendo: “Pai, pequei contra o Céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lucas 15:21). Segurando o filho junto a si, o pai o leva para casa. Nenhuma oportunidade lhe foi dada para suplicar o lugar de um servo. Ele é um filho que será honrado com o melhor que a casa tem a oferecer, e exige-se dos criados e criadas que o respeitem e sirvam. — Ibidem, pp. 203 e 204.

3C) Quão grande é a alegria de nosso Pai celestial ao ver uma alma perdida retornar à casa paterna hoje? Sofonias 3:17. Que ordem Ele dará? Zacarias 3:4 e 5.
Sf 3:17 — O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele Se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no Seu amor, regozijar-Se-á em ti com júbilo.
Zc 3:4 e 5 — Então falando este, ordenou aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estes trajes sujos. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniquidade, e te vestirei de trajes festivos. 5 Também disse eu: Ponham-lhe sobre a cabeça uma mitra limpa. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça uma mitra limpa, e vestiram-no; e o anjo do Senhor estava ali de pé.

Por meio [do plano da redenção], o pecador alcança o perdão dos pecados, sendo finalmente recebido no Céu — não como um culpado pecador perdoado e liberto do cativeiro, ainda sob vigilância, não admitido à amizade e segurança; mas recebido como filho e restituído à total confiança. [...]
Somos salvos porque Deus ama a conquista do sangue de Cristo; e Ele não apenas perdoará o pecador arrependido, não apenas permitirá ao pecador entrar no Céu, mas Ele, o Pai das misericórdias, nos receberá nos portais celestes para nos dar ampla entrada nas mansões das bem-aventuranças. — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 7, p. 950.

Quarta-feira, 9 de maio - 4. O AMOR DO PAI PELO PECADOR
4A) Qual é a atitude das hostes celestiais quando um pecador se converte a Deus? Lucas 15:7.
Lc 15:7 — Digo-vos que assim haverá maior alegria no Céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

O homem caído deve aprender que nosso Pai celestial não estará satisfeito até que Seu amor envolva o pecador arrependido, transformado pelos méritos do imaculado Cordeiro de Deus. — A maravilhosa graça de Deus, p. 99.

4B) Quão profundo é o amor de Deus pelo homem, e o que esse amor O leva a fazer? Jeremias 31:3; João 3:16; João 12:32.
Jr 31:3 — De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí.
Jo 3:16 — Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Jo 12:32 — E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim.

Enquanto o pecador ainda está longe da casa paterna, desperdiçando seus bens em uma terra estranha, o coração de Deus está ansioso por ele; e cada desejo despertado na alma para voltar à casa do Pai não é senão a terna súplica de Seu Espírito, persuadindo, implorando, atraindo o errante para o coração amoroso de seu Pai.
Mesmo tendo diante de você as ricas promessas da Bíblia, ainda é capaz de duvidar? Ou imagina que, quando um pobre pecador deseja voltar e abandonar seus pecados, o Senhor, com severidade, o impede de se prostrar, arrependido, aos Seus pés? Afaste esses pensamentos! Nada prejudicará mais sua própria alma do que manter esse conceito de seu Pai celestial. Ele odeia o pecado, mas ama o pecador. Entregou-Se na pessoa de Cristo, para que todos possam ser salvos e desfrutar da eterna bem-aventurança no Reino da glória. — Caminho a Cristo, p. 54.

4C) De que forma Deus deseja que manifestemos esse amor em nossa própria vida hoje? 1 João 4:20 e 21.
1Jo 4:20 e 21 — Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu. 21 E dEle temos este mandamento, que quem ama a Deus ame também a seu irmão.

Quando o princípio celestial de amor eterno preencher o coração, fluirá para outros, não apenas como retribuição aos favores recebidos, mas porque o amor é o motivo das ações e modifica o caráter, controla os impulsos, governa as paixões, subjuga a inimizade e eleva e enobrece as afeições. Esse amor não é adquirido simplesmente para incluir “eu e meu”, mas é amplo como o mundo e alto como o Céu, e está em harmonia com o amor dos anjos celestes. Esse amor nutrido na alma torna a vida inteira agradável e derrama uma enobrecedora influência sobre todos ao redor. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, pp. 223 e 224.

Quinta-feira, 10 de maio - 5. UMA ADVERTÊNCIA CONTRA A JUSTIÇA PRÓPRIA
5A) Qual foi a maior preocupação para o arrogante filho mais velho? Lucas 15:29 e 30. Que classe de pessoas ele representa?
Lc 15:29 e 30 — Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; 30 vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.

Pelo filho mais velho foram representados os endurecidos judeus dos dias de Cristo, e também os fariseus de todas as épocas, que olham com desprezo àqueles a quem consideram publicanos e pecadores. Pelo fato de eles mesmos não terem ido fundo no vício, estão cheios de justiça própria. [...] São semelhantes ao filho mais velho da parábola, que desfrutara de privilégios especiais da parte do Senhor. Afirmavam ser filhos da casa de Deus, mas tinham um espírito mercenário. Não trabalhavam por amor, mas esperando ser recompensados. — Parábolas de Jesus, p. 209.

5B) Qual foi o apelo do pai ao irmão mais velho? Lucas 15:31 e 32.
Lc 15:31 e 32 — Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu; 32 era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.

Na parábola, a admoestação que o pai dera ao filho mais velho representava o delicado apelo celestial feito aos fariseus. “Tudo o que é Meu é teu” (Lucas 15:31), não como um pagamento, mas como um presente. Da mesma forma que o pródigo, você pode receber esse dom apenas como uma dádiva imerecida do amor do Pai.
Justiça própria não apenas leva os homens a representarem mal a Deus, mas os torna insensíveis e críticos em relação a seus irmãos. O filho mais velho, em seu egoísmo e ciúmes, estava pronto a observar seu irmão para criticar cada ato e acusá-lo pela menor deficiência. Detectaria cada erro e aproveitaria ao máximo cada falha. Procuraria, desse modo, justificar seu próprio espírito implacável. Atualmente, muitos fazem a mesma coisa. Enquanto a alma trava seus primeiros combates contra um dilúvio de tentações, eles ficam de olho, teimosos, obstinados, reclamando e acusando. — Ibidem, pp. 209 e 210.

Sexta-feira, 11 de maio - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Que lição é dada na parábola do filho pródigo?
2. Como uma vida de pecado é, na realidade, uma vida de escravidão?
3. Como Deus recebe o pecador que volta para Ele?
4. Como o Pai atrai o pecador para Si?
5. Como podemos ser semelhantes ao filho mais velho da parábola?



  Baixar a lição em DOC  


  Baixar a lição em PDF