LIÇÃO 04

A oração silenciosa

3º trimestre de 2018
Sábado, 28 de Julho de 2018
Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará (Mateus 6:6).
Não há tempo ou lugar impróprios para se fazer um pedido a Deus. [...] Em meio às multidões da rua, durante um compromisso de negócios, podemos [...] pedir orientação divina. — Caminho a Cristo, p. 99.
Estudo adicional: Profetas e reis, pp. 628-634 (capítulo 52: “Um homem oportuno”).

Domingo, 22 de julho - 1. ORANDO NO TRABALHO
1A) Que informações angustiaram Neemias, e como seu superior percebeu essa preocupação? Neemias 1:2-4; Neemias 2:1 e 2.
Ne 1:2-4 — Que veio Hanâni, um de meus irmãos, com alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que tinham escapado e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém. 3 Eles me responderam: Os restantes que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande aflição e opróbrio; também está derribado o muro de Jerusalém, e as suas portas queimadas a fogo. 4 Tendo eu ouvido estas palavras, sentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e continuei a jejuar e orar perante o Deus do Céu.
Ne 2:1 e 2 — Sucedeu, pois, no mês de nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, quando o vinho estava posto diante dele, que eu apanhei o vinho e o dei ao rei. Ora, eu nunca estivera triste na sua presença. 2 E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, visto que não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração. Então temi sobremaneira.

1B) O que o rei perguntou, e como Neemias respondeu? Neemias 2:4. Como a oração silenciosa do homem de Deus foi ouvida? Neemias 2:6.
Ne 2:4 — Então o rei me perguntou: Que me pedes agora? Orei, pois, ao Deus do Céu [...].
Ne 2:6 — Então o rei, estando a rainha assentada junto a ele, me disse: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, apontando-lhe eu certo prazo.

Mas o homem de Deus não se aventurou a responder enquanto não tivesse buscado a direção de Alguém maior que Artaxerxes. [...] Naquela breve oração, Neemias se apresentou perante o Rei dos reis e alcançou o apoio de um poder capaz de mudar os corações como se fossem cursos d’água.
Orar como fez Neemias em seu momento de necessidade é um recurso ao alcance do cristão em circunstâncias em que outras formas de oração podem ser impossíveis. Os que se envolvem nas absorventes atividades da vida, sobrecarregados e quase vencidos pelas perplexidades, podem enviar uma prece a Deus, suplicando orientação divina. Os que viajam por terra e mar, quando ameaçados com algum grande perigo, podem entregar-se à proteção do Céu. Em tempos de súbita dificuldade ou perigo repentino, o coração pode enviar seu grito de socorro Àquele que Se comprometeu a vir em auxílio de Seus fiéis crentes sempre que clamarem por Ele. — Profetas e reis, pp. 631 e 632.

Segunda-feira, 23 de julho - 2. BUSCANDO ORAR ATRAVÉS DE NOSSAS AÇÕES
2A) Ao ver Jesus pela primeira vez, o que o endemoninhado que habitava em meio às tumbas de Gadara tentou fazer? Marcos 5:5 e 6.
Mc 5:5 e 6 — E sempre, de dia e de noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando, e ferindo-se com pedras, 6 Vendo, pois, de longe a Jesus, correu e adorou-O.

2B) Visto que Satanás não permitiu que esse homem orasse, que palavras saíram de sua boca? Marcos 5:7. Leia Mateus 8:28 e diga o que Jesus fez por aquele rude, abandonado homem, e seu colega. Marcos 5:8.
Mc 5:7 — E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-Te por Deus que não me atormentes.
Mt 8:28 — Tendo Ele chegado ao outro lado, à terra dos gadarenos, saíram-Lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.
Mc 5:8 — Pois Jesus lhe dizia: Sai desse homem, espírito imundo.

[As palavras de Cristo] penetraram nas mentes obscurecidas dos infelizes homens. Perceberam vagamente que estavam próximos de Alguém que podia salvá-los dos demônios atormentadores. Caíram aos pés do Salvador para O adorar, mas quando seus lábios se abriram para suplicar misericórdia, os demônios falaram por meio deles [...]. — O Desejado de Todas as Nações, pp. 337 e 338.

2C) Qual foi o resultado da primeira e silenciosa oração daqueles dois homens? Lucas 8:35. O que podemos aprender com aquela muda oração?
Lc 8:35 — Saíram, pois, a ver o que tinha acontecido, e foram ter com Jesus, a cujos pés acharam sentado, vestido e em perfeito juízo, o homem de quem havia saído os demônios; e se atemorizaram.

Ninguém caiu tão fundo, ninguém é tão vil que não possa encontrar libertação em Cristo. O endemoninhado, ao invés de uma oração, só conseguiu pronunciar as palavras de Satanás; contudo, a prece silenciosa do coração foi ouvida. Ainda que não consiga ser expresso em palavras, nenhum grito de uma alma necessitada será ignorado. Os que concordarem em entrar numa aliança com o Deus do Céu não serão abandonados ao poder de Satanás ou às fraquezas de sua própria natureza. São convidados pelo Salvador: “Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo” (Isaías 27:5). Os espíritos das trevas lutarão pela alma que uma vez esteve sob o seu controle, mas anjos de Deus batalharão por ela com predominante poder. Diz o Senhor: “Acaso tirar-se-ia a presa ao valente? ou serão libertados os cativos de um tirano? [...] Assim diz o Senhor: Certamente os cativos serão tirados ao valente, e a presa do tirano será libertada; porque Eu contenderei com os que contendem contigo, e os teus filhos Eu salvarei” (Isaías 49:24 e 25). — Ibidem, pp. 258 e 259.

Terça-feira, 24 de julho - 3. UM SILENCIOSO DESEJO POR PERDÃO
3A) A mulher surpreendida em adultério apresentou qualquer desculpa ou justificativa para o seu pecado? João 8:3-7.
Jo 8:3-7 — Então os escribas e fariseus trouxeram-Lhe uma mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio, 4 disseram-Lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. 5 Ora, Moisés nos ordena na Lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles, tentando-O, para terem de que O acusar. Jesus, porém, inclinando-Se, começou a escrever no chão com o dedo. 7 Mas, como insistissem em perguntar-Lhe, ergueu-Se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra.

3B) Jesus odiava o pecado dela? Explique sua resposta. Salmos 45:7; Hebreus 1:8 e 9.
Sl 45:7 — Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria, mais do que a Teus companheiros.
Hb 1:8 e 9 — Mas do Filho diz: O Teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de equidade é o cetro do Teu reino. 9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria, mais do que a Teus companheiros.

Embora não use de paliativos com o pecado, nem diminua o sentimento de culpa, [Cristo] não busca condenar, mas salvar. O mundo tinha apenas desprezo e zombaria para dar a essa mulher errante, mas Jesus pronuncia palavras de conforto e esperança. O Inocente Se compadece da fraqueza da pecadora e estende a ela uma mão amiga. [...]
Os homens odeiam o pecador enquanto amam o pecado. Cristo odeia o pecado, mas ama o pecador. Será essa a disposição de todos os que O seguem. O amor cristão é lento em censurar, rápido em perceber o arrependimento, disposto a perdoar, a encorajar, a encaminhar o errante na estrada da santidade e a nela lhe firmar os pés. — O Desejado de Todas as Nações, p. 462.

3C) Como Jesus respondeu ao silencioso pedido de perdão daquela mulher? João 8:10 e 11.
Jo 8:10 e 11 — Então, erguendo-Se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem Eu te condeno; vai-te, e não peques mais.

A mulher estivera curvada diante de Jesus, encolhida de medo. As palavras: “Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra” (João 8:7), soaram aos ouvidos dela como sentença de morte. Não ousava encarar o Salvador, mas aguardava em silêncio a condenação. Em assombro, viu os acusadores se afastarem mudos e confundidos; então, as seguintes palavras de esperança caíram-lhe aos ouvidos: “Nem Eu também te condeno; vai-te e não peques mais” (João 8:11). O coração dela se comoveu, e jogou-se aos pés de Jesus, soluçando em agradecido amor e confessando seus pecados em lágrimas de amargura.
Isso representou para ela o início de uma nova vida — uma vida de pureza e paz dedicada ao serviço de Deus. No reerguimento dessa alma caída, Jesus operou um milagre maior do que a cura do mais grave mal físico, pois curou a doença espiritual que leva à morte eterna. Essa arrependida mulher tornou-se um de Seus mais firmes seguidores. Com amor e devoção abnegados, retribuiu-Lhe a misericórdia perdoadora. — Idem.

Quarta-feira, 25 de julho - 4. FALANDO POR MEIO DE ATOS DESESPERADOS
4A) Quão interessado um pobre paralítico ficou ao ver Jesus? Lucas 5:18 e 19.
Lc 5:18 e 19 — E eis que uns homens, trazendo num leito um paralítico, procuravam introduzi-lo e pô-lo diante dEle. 19 Mas, não achando por onde o pudessem introduzir por causa da multidão, subiram ao eirado e, por entre as telhas, o baixaram com o leito, para o meio de todos, diante de Jesus.

Vou me referir ao paralítico que não havia usado seus membros por muitos anos. Ali estava ele. Sacerdotes, príncipes e escribas examinaram seu caso e declararam que era sem esperança. Disseram-lhe que se achava nesse estado por causa de seus pecados, e não havia solução para ele. Mas ouviu falar de um homem chamado Jesus, que estava operando maravilhas. Curava doentes e até ressuscitava os mortos. “Mas como poderei ir até Ele?”, perguntou o homem.
“Nós o levaremos a Jesus, à própria presença dEle”, responderam seus amigos; “ouvimos dizer que Ele chegou a tal e tal lugar”.
Então tomaram o desesperançado homem e o levaram aonde sabiam que Jesus estava. Mas a multidão cercou tão de perto a residência em que Jesus estava que não havia chance para eles, até mesmo de chegar à porta. O que fariam? O paralítico sugeriu que abrissem o telhado, removessem as telhas, e o descessem pela abertura. — Fé e obras, p. 67.

4B) Que desejo silencioso do paralítico foi atendido por Jesus? Lucas 5:20. Como Jesus comprovou que poderia ler os pensamentos de todos, e não apenas os daquele homem? Lucas 20:21-23.
Lc 5:20 — E vendo-lhes a fé, disse Ele: Homem, são-te perdoados os teus pecados.
Lc 20:21-23 — Estes, pois, O interrogaram, dizendo: Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus; 22 é-nos lícito dar tributo a César, ou não? 23 Mas Jesus, percebendo a astúcia deles, disse-lhes: [...].

Jesus sabia exatamente do que precisava essa alma enferma pelo pecado. Sabia que aquele homem fora torturado por sua própria consciência, e então disse: “Os teus pecados estão perdoados”. Que alívio lhe veio à mente! Que esperança lhe encheu o coração! — Idem.

4C) O que a cura real daquele homem demonstrou acerca do poder que Jesus tinha? Lucas 5:24-26.
Lc 5:24-26 — Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. 25 Imediatamente se levantou diante deles, tomou o leito em que estivera deitado e foi para sua casa, glorificando a Deus. 26 E, tomados de pasmo, todos glorificavam a Deus; e diziam, cheios de temor: Hoje vimos coisas extraordinárias.

Aquele que na criação “falou, e tudo se fez”, “mandou, e logo tudo apareceu” (Salmos 33:9) comunicara vida à alma morta em ofensas e pecados. A cura do corpo era uma prova do poder que havia renovado o coração. Cristo pediu ao paralítico que se levantasse e andasse, “para que saibais”, disse Ele, “que o Filho do homem tem na Terra poder para perdoar pecados” (Marcos 2:10). — O Desejado de Todas as Nações, p. 270.

Quinta-feira, 26 de julho - 5. ORANDO ATRAVÉS DO TOQUE
5A) Após sofrer de uma doença grave por doze anos, de que forma uma mulher decidiu expressar a Jesus seu tímido pedido de cura? Marcos 5:25-29.
Mc 5:25-29 — Ora, certa mulher, que havia doze anos padecia de uma hemorragia, 26 e que tinha sofrido bastante às mãos de muitos médicos, e despendido tudo quanto possuía sem nada aproveitar, antes indo a pior, 27 tendo ouvido falar a respeito de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-Lhe o manto; 28 porque dizia: Se tão-somente tocar-Lhe as vestes, ficarei curada. 29 E imediatamente cessou a sua hemorragia; e sentiu no corpo estar já curada do seu mal.

A oportunidade áurea havia chegado, [a mulher] estava na presença do grande Médico! Mas, em meio à confusão, ela não podia ser ouvida por Ele nem captar nada além de um vislumbre momentâneo de Sua imagem. Com medo de perder a única chance de alívio para sua doença, apressou-se, dizendo a si mesma: Se apenas tocar Sua roupa, serei curada. Ela aproveitou a oportunidade enquanto Ele estava passando e avançou, com esforço, conseguindo apenas tocar na orla de Seu manto. Mas, naquele momento, sentiu-se curada de sua doença. Instantaneamente, a saúde e a energia tomaram o lugar da fraqueza e da dor. Ela havia concentrado uma vida inteira de fé naquele toque que a recuperou completamente da doença. — The Spirit of Prophecy, vol. 2, p. 320.

5B) Em seguida, como Jesus reconheceu publicamente a oração silenciosa da fé? Marcos 5:30-34. O que isso nos ensina sobre a fé?
Mc 5:30-34 — E logo Jesus, percebendo em Si mesmo que saíra dEle poder, virou-Se no meio da multidão e perguntou: Quem Me tocou as vestes? 31 Responderam-Lhe os seus discípulos: Vês que a multidão Te aperta, e perguntas: Quem Me tocou? 32 Mas Ele olhava em redor para ver a que isto fizera. 33 Então a mulher, atemorizada e trêmula, cônscia do que nela se havia operado, veio e prostrou-se diante dEle, e declarou-Lhe toda a verdade. 34 Disse-lhe ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre desse teu mal.

Jesus não deixa de responder à oração silenciosa da fé. Aquele que simplesmente toma a Deus em Sua Palavra, e estende a mão para se conectar ao Salvador, receberá Sua bênção em troca. — Ibidem, p. 322.

Sexta-feira, 27 de julho - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Mesmo que não possamos nos ajoelhar diante de Deus, que privilégio nos é estendido quando estamos em necessidade? Como podemos fazer isso?
2. Será que Jesus ouve as secretas e silenciosas orações vindas de um coração sincero?
3. Nossos atos podem servir como uma oração? De que maneira?
4. De que tipo de cura todos nós precisamos? Quão disposto está Jesus a nos ajudar nesse sentido?
5. Jesus age apenas sobre as palavras que falamos ou também sobre os pensamentos que não expressamos?



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