Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos (João 6:53).
Os seguidores de Cristo devem ser participantes de Sua experiência. Devem receber e assimilar a Palavra de Deus de tal maneira que ela se torne a força propulsora da vida e de seus atos. Pelo poder de Cristo, devem ser transformados à Sua semelhança e refletir os atributos divinos. Devem comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus, ou não haverá vida neles. — Patriarcas e profetas, p. 278.
Estudo adicional: Patriarcas e profetas, pp. 273-280 (capítulo 24: “A Páscoa”).
Domingo, 26 de janeiro - 1. UMA MISERICORDIOSA ADVERTÊNCIA
1A) Como Moisés era considerado pelos egípcios? Êxodo 11:3 (última parte).
Ex 11:3 [ú. p.] — [...] Além disso, o homem Moisés era muito importante na terra do Egito, aos olhos dos subordinados do Faraó e aos olhos do povo.
1B) Que castigo foi anunciado antes da décima praga, e o que Faraó e seus servos fariam? Êxodo 11:1, 4-8; Êxodo 12:12.
Ex 11:1, 4-8 — O Senhor disse a Moisés: Trarei mais uma praga sobre o Faraó e sobre o Egito. Depois disso, ele vos deixará partir daqui e, ao deixar ir todos vós, na verdade vos expulsará. [...] 4 Depois disso, Moisés disse ao Faraó: Assim diz o Senhor: À meia-noite atravessarei o Egito, 5 e todos os primogênitos na terra do Egito morrerão, desde o primogênito do Faraó, o herdeiro do seu trono, até o primogênito da escrava que trabalha no moinho, e todos os primogênitos dos animais. 6 Então haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve nem jamais haverá. 7 Mas contra os israelitas nem mesmo um cão latirá, nem contra homem nem contra animal, para que saibais que o Senhor faz distinção entre os egípcios e os israelitas. 8 Então todos esses teus subordinados virão a mim e se inclinarão diante de mim, dizendo: Vai embora, tu e todo o povo que te segue. Depois disso, sairei. E Moisés saiu furioso da presença do Faraó.
Ex 12:12 — Porque naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei de morte todos os primogênitos na terra do Egito, tanto dos homens como dos animais; e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
1C) O que podemos aprender sobre o caráter de Deus mediante os muitos alertas que Ele deu aos egípcios antes de enviar a décima praga? 2 Pedro 3:9.
2Pe 3:9 — O Senhor não retarda a Sua promessa, ainda que alguns a considerem demorada. Mas Ele é paciente convosco e não quer que ninguém pereça, mas que todos venham a se arrepender.
O castigo de que o Egito tinha sido, a princípio, avisado, deveria ser o último a ser infligido. Deus é longânimo e cheio de misericórdia. Tem terno cuidado pelos seres formados à Sua imagem. Se a perda das colheitas, rebanhos e animais tivesse levado o Egito ao arrependimento, os filhos não teriam sido atingidos; mas a nação persistentemente resistiu à ordem divina, e agora o golpe final estava prestes a ser desferido. — Patriarcas e profetas, p. 273.
O Senhor não deseja que nenhuma alma pereça. Suas misericórdias são inumeráveis. — Olhando para o alto, p. 150.
Segunda-feira, 27 de janeiro - 2. A PÁSCOA É INSTITUÍDA
2A) A quem era permitido comer do cordeiro pascoal? Êxodo 12:43, 48 e 49.
Ex 12:43, 48 e 49 — O Senhor disse a Moisés e a Arão: Esta é a regulamentação da Páscoa: Nenhum estrangeiro comerá dela [...] 48 Quando, porém, algum estrangeiro estiver vivendo entre vós e quiser celebrar a Páscoa do Senhor, deverá circuncidar todos os homens da família; então poderá celebrá-la e será como o natural da terra. Mas nenhum incircunciso comerá dela. 49 Haverá uma só lei para o natural da terra e para o estrangeiro que estiver vivendo entre vós.
2B) O que os israelitas foram instruídos a fazer com o sangue, e qual era o objetivo dessa ordem? Êxodo 12:7, 13 e 23.
Ex 12:7, 13 e 23 — Depois, pegarão um pouco do sangue e colocarão nos batentes e na viga da porta, nas casas em que tomarem refeição. [...] 13 Mas o sangue servirá de sinal nas casas em que estiverdes. Se Eu vir o sangue, passarei adiante, e não haverá praga entre vós para vos destruir, quando Eu ferir a terra do Egito. [...] 23 Porque o Senhor passará para ferir de morte os egípcios e, quando vir o sangue na viga da porta e nos batentes, seguirá adiante e não deixará o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir.
Antes de serem libertos, os escravos deviam mostrar fé no grande livramento prestes a ocorrer. O sinal de sangue devia ser posto em suas casas, e deviam, com as famílias, separar-se dos egípcios e reunir-se dentro de seus próprios lares. Se os israelitas tivessem desrespeitado em qualquer detalhe as instruções dadas, se houvessem negligenciado separar seus filhos dos egípcios, se tivessem matado o cordeiro mas não houvessem borrifado o sangue no umbral, ou se alguém tivesse saído de casa, não ficariam livres de perigo. Poderiam sinceramente ter a certeza de que cumpriram tudo à risca, mas sua sinceridade não os teria salvado. Todos os que deixassem de obedecer às instruções divinas perderiam o primogênito pela mão do destruidor.
O povo devia demonstrar sua fé pela obediência. Assim, todos os que esperam ser salvos pelos méritos do sangue de Cristo devem entender que eles mesmos têm algo a fazer para alcançar a salvação. Se bem que apenas Cristo é quem pode nos salvar da pena da transgressão, devemos nos afastar do pecado rumo à obediência. O homem deve ser salvo pela fé, e não pelas obras; porém, a fé deve ser comprovada pelas obras. — Patriarcas e profetas, pp. 278 e 279.
2C) Quem devia matar o cordeiro pascoal e aplicar o sangue no umbral da porta? Êxodo 12:21 e 22. Que significado isso tem para nós hoje?
Ex 12:21 e 22 — Então Moisés chamou todos os anciãos de Israel e disse-lhes: Ide, escolhei os cordeiros segundo as vossas famílias e sacrificai a Páscoa. 22 Pegareis um ramo de hissopo, o embebereis do sangue que estiver na bacia e marcareis com ele a viga da porta e os dois batentes; mas nenhum de vós sairá da porta de casa até o amanhecer.
O pai deveria agir como sacerdote do lar; contudo, se o pai estivesse morto, o filho mais velho deveria realizar esse solene ato de borrifar o umbral da porta com sangue. Esse é um símbolo da obra a ser feita em cada família. Os pais devem reunir os filhos em casa e apresentar Cristo perante eles como sua Páscoa. O pai deve dedicar todo membro de sua casa a Deus e fazer uma obra que é representada pela festa da Páscoa. É arriscado entregar essa solene incumbência às mãos de outros. — O lar adventista, p. 324.
Terça-feira, 28 de janeiro - 3. O SIGNIFICADO DA PÁSCOA
3A) Como os israelitas deveriam comer o cordeiro e as outras provisões da ceia da Páscoa? Êxodo 12:8-11. Que mudança ocorreu após se estabelecerem em sua própria terra?
Ex 12:8-11 — E, naquela noite, comerão a carne assada no fogo, com pães sem fermento; sim, a comerão com ervas amargas. 9 Não o comereis cru, nem cozido em água, mas assado no fogo, junto com a cabeça, as pernas e as vísceras. 10 Não deverá sobrar nada para a manhã seguinte. O que sobrar até de manhã deverá ser queimado no fogo. 11 E vós o comereis assim: com vossos cintos na cintura, vossos sapatos nos pés e vosso cajado na mão; e o comereis às pressas. Esta é a Páscoa do Senhor.
Ao tempo de sua libertação do Egito, os filhos de Israel comeram a ceia pascoal em pé, lombos cingidos e com o cajado na mão, prontos para a viagem. O modo como celebraram essa ordenança estava em harmonia com sua situação na época, pois estavam prestes a ser expulsos da terra do Egito, e deviam iniciar uma penosa e difícil jornada através do deserto. Porém, no tempo de Cristo, a situação era outra. Não estavam agora sendo expulsos de um país estranho, mas eram cidadãos de sua própria pátria. Em harmonia com o descanso que haviam recebido, o povo participava agora da ceia pascoal em posição reclinada. — O Desejado de Todas as Nações, p. 653.
3B) Como a maravilhosa libertação do Egito foi mantida viva na mente dos israelitas? Êxodo 12:26 e 27.
Ex 12:26 e 27 — E quando vossos filhos vos perguntarem: Que significa este ritual? 27 Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito, quando feriu de morte os egípcios e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou.
A Páscoa tinha sido ordenada para comemorar o livramento de Israel da escravidão egípcia. Deus havia orientado que, de ano em ano, quando os filhos perguntassem o motivo dessa ordenança, a história desse episódio fosse repetida. Assim, o maravilhoso livramento se conservaria vivo na memória de todos. — Ibidem, p. 652.
3C) Qual é a relação entre o serviço da Páscoa e a ceia do Senhor? Que obra é mantida viva em nossa mente pelo serviço da comunhão? Mateus 26:17-19, 26-29; 1 Coríntios 11:26.
Mt 26:17-19, 26-29 — No primeiro dia da festa dos Pães sem Fermento, os discípulos foram a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a refeição da Páscoa? 18 Ele respondeu: Ide à cidade, a certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O Meu tempo está próximo; celebrarei a Páscoa com os Meus discípulos em tua casa. 19 Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a refeição da Páscoa. [...] 26 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei; isto é o Meu corpo. 27 E, tomando um cálice, rendeu graças e o deu a eles, dizendo: Bebei dele todos; 28 pois isto é o Meu sangue, o sangue da aliança derramado em favor de muitos para perdão dos pecados. 29 Mas digo-vos que desde agora não mais beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo convosco, no reino de Meu Pai.
1Co 11:26 — Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice proclamais a morte do Senhor, até que Ele venha.
Ao comer a Páscoa com Seus discípulos, [Cristo] instituiu em seu lugar o serviço que havia de comemorar Seu grande sacrifício. A festa nacional dos judeus seria extinta para sempre. O serviço que Cristo estabeleceu devia ser observado por Seus seguidores em todas as terras e por todos os séculos. [...] A ordenança da ceia do Senhor foi estabelecida para comemorar a grande libertação operada em resultado da morte de Cristo. Essa ordenança há de ser celebrada até que Ele volte a segunda vez em poder e glória. É o meio pelo qual Sua grande obra em nosso favor deve ser conservada viva em nossa mente. — Ibidem, pp. 652 e 653.
Quarta-feira, 29 de janeiro - 4. O SÍMBOLO E O FUNDAMENTO
4A) Quem era simbolizado pelo cordeiro pascoal? João 1:29; 1 Coríntios 5:7.
Jo 1:29 — No dia seguinte, João viu Jesus, que vinha em sua direção, e disse: Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
1Co 5:7 — Removei o fermento velho, para que sejais massa nova sem fermento, assim como, de fato, sois. Porque Cristo, nosso Cordeiro da Páscoa, já foi sacrificado.
Deus desejava ensinar a Israel que a dádiva que os reconciliava com Ele provinha de Seu próprio amor. — O Desejado de Todas as Nações, p. 113.
O cordeiro sacrifical representa o “Cordeiro de Deus”, em quem se encontra nossa única esperança de salvação. Diz o apóstolo: “Cristo, nosso Cordeiro da Páscoa, já foi sacrificado” (1 Coríntios 5:7). Não bastava que o cordeiro pascoal fosse morto; seu sangue devia ser borrifado no umbral; assim, os méritos do sangue de Cristo devem ser aplicados à alma. Devemos crer que Ele morreu não somente pelo mundo, mas por nós individualmente. Devemos tomar posse da virtude do sacrifício expiatório. — Patriarcas e profetas, p. 277.
4B) Quem é simbolizado pelo pão, e que realidade isso deve nos trazer à mente? João 6:47, 48 e 51.
Jo 6:47, 48 e 51 — Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o Pão da Vida. [...] 51 Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que Eu darei pela vida do mundo é a Minha carne.
Devemos até mesmo esta vida terrena à morte de Cristo. O pão que comemos é o preço de Seu quebrantado corpo. A água que bebemos é comprada com Seu derramado sangue. Não existe ninguém, seja santo ou pecador, que não seja nutrido pelo corpo e pelo sangue de Cristo ao tomar seu alimento diário. Cada pão é carimbado com a cruz do Calvário. Ela se reflete em cada fonte de água. Cristo ensinou tudo isso ao indicar os emblemas de Seu grande sacrifício. A luz que brilha daquele serviço de comunhão no cenáculo santifica cada provisão de nossa vida diária. A mesa familiar se torna a mesa do Senhor, e cada refeição, uma santa ceia.
E muito mais verdadeiras são as palavras de Cristo quanto à nossa natureza espiritual! Declara Ele: “Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna” (João 6:54). É ao receber a vida por nós derramada na cruz do Calvário que podemos viver uma vida de santidade. E essa vida nos é transmitida quando recebemos Sua palavra, fazendo as coisas que Ele ordenou. Então nos tornamos um com Ele. [João 6:54, 56 e 57 é citado aqui.] Essa escritura se aplica, em sentido especial, à santa comunhão. Quando a fé contempla o grande sacrifício de nosso Senhor, a alma absorve a vida espiritual de Cristo. Essa alma receberá vigor espiritual de cada santa ceia. O serviço cria uma viva conexão pela qual o crente é ligado a Cristo, e desse modo ao Pai. Isso forma, num sentido especial, uma união entre os dependentes seres humanos e Deus. — O Desejado de Todas as Nações, pp. 660 e 661.
Quinta-feira, 30 de janeiro - 5. DÉCIMA PRAGA — A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS
5A) Descreva a décima e última praga. Êxodo 12:29 e 30.
Ex 12:29 e 30 — E aconteceu que, à meia-noite, o Senhor feriu de morte todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito do Faraó, herdeiro do trono, até o primogênito do prisioneiro que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. 30 O Faraó levantou-se de noite, ele, todos os seus subordinados e todos os egípcios; e houve muito choro no Egito, pois não havia casa em que não houvesse um morto.
5B) Como os israelitas foram expulsos da terra do Egito? Por quê? Êxodo 12:31-33.
Ex 12:31-33 — Então, de noite, o Faraó chamou Moisés e Arão e disse: Levantai-vos. Saí do meio do meu povo, vós e os israelitas, e ide cultuar o Senhor, como pedistes. 32 Levai também convosco os vossos rebanhos e o vosso gado, como dissestes. Ide e abençoai a mim também. 33 E os egípcios insistiam com o povo, com pressa de expulsá-lo da terra, pois diziam: Vamos todos morrer.
Por todo o vasto reino do Egito, o orgulho de cada lar havia sido humilhado. Os gritos e lamentações dos que pranteavam enchiam o ar. Rei e nobres, com rosto pálido e membros trementes, ficaram apavorados ante o horror que dominava a todos. Faraó se lembrou de como certa vez havia dito: “Quem é o Senhor, cuja voz Eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel.” Agora, estando humilhado até o pó aquele seu orgulho, que afrontava os Céus, ele “chamou Moisés e Arão e disse: Levantai-vos. Saí do meio do meu povo, vós e os israelitas, e ide cultuar o Senhor, como pedistes. Levai também convosco os vossos rebanhos e o vosso gado, como dissestes. Ide e abençoai a mim também”. Os conselheiros do rei juntamente com o povo rogavam aos israelitas que partissem, “com pressa de expulsá-los da terra, pois diziam: Vamos todos morrer”. — Patriarcas e profetas, p. 280.
Sexta-feira, 31 de janeiro - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Como Deus demonstrou misericórdia em Suas advertências antes de cada praga, especialmente antes da décima?
2. Como o serviço da Páscoa simboliza o modo como a fé e as obras devem ser combinadas? Como isso se relaciona com a minha própria experiência pessoal?
3. Que libertação a Ceia do Senhor comemora? Por que precisamos observá-la com regularidade?
4. Como nossa alma pode se apropriar do sangue salvador de Cristo?
5. Semelhante a Faraó, como temos aguardado, às vezes, até Deus nos humilhar para que possamos obedecer à Sua voz?