Atravessando o Mar Vermelho

Pois repreendeu o Mar Vermelho, e este secou; Ele os fez caminhar pelas profundezas como por um deserto (Salmos 106:9).

A poderosa mão de Cristo reverteu as águas do Mar Vermelho, de modo que se ergueram como um muro. Assim, abriu uma passagem seca pelo mar, e Israel atravessou sobre terra seca. — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 1, p. 1101.

Estudo adicional: Patriarcas e profetas, pp. 284-290 (capítulo 25: “O êxodo”).

Domingo, 9 de fevereiro - 1. CONFORTANDO OS TEMEROSOS

1A) Como os israelitas expressaram seus temores ao verem o mar à sua frente e o exército de Faraó à sua retaguarda? Êxodo 14:10-12.

Ex 14:10-12 — Enquanto o Faraó se aproximava, os israelitas levantaram os olhos e viram que os egípcios marchavam atrás deles. Então os israelitas ficaram apavorados e clamaram ao Senhor. 11 E disseram a Moisés: Foi por falta de sepulturas no Egito que nos tiraste de lá para morrermos neste deserto? O que fizeste conosco, tirando-nos do Egito? 12 Por acaso não foi isto que te dissemos no Egito: Deixa-nos servir os egípcios? Pois teria sido melhor servir os egípcios do que morrer no deserto.

Os hebreus estavam acampados à beira-mar, cujas águas apresentavam uma barreira aparentemente intransponível diante deles, enquanto ao sul uma escarpada montanha impedia seu avanço. De repente, viram à distância a brilhante armadura e os carros em movimento, indicando a linha de frente de um grande exército. [...] O terror encheu o coração de Israel. — Patriarcas e profetas, pp. 283 e 284.

1B) Com que palavras Moisés tentou acalmar os temores? Êxodo 14:13 e 14.

Ex 14:13 e 14 — Moisés, porém, disse ao povo: Não temais. Acalmai-vos e vede o livramento que o Senhor vos trará hoje; porque nunca mais vereis os egípcios que hoje vedes. 14 O Senhor guerreará por vós. Por isso, acalmai-vos.

Moisés ficou grandemente preocupado pelo fato de seu povo manifestar uma fé tão pequena em Deus, pois haviam repetidamente testemunhado a manifestação de Seu poder em favor deles. Como poderiam acusá-lo dos perigos e dificuldades da situação, quando ele havia seguido a expressa ordem de Deus? Na verdade, não havia chance de livramento, a não ser que o próprio Deus agisse para libertá-los; mas, tendo sido levados àquela situação em obediência à ordem divina, Moisés não temeu as consequências. — Ibidem, p. 284.

Segunda-feira, 10 de fevereiro - 2. DEUS PROVÊ UM MEIO DE ESCAPE

2A) Em vista do perigo iminente, que instrução o Senhor deu a Moisés? Êxodo 14:15-18. Como Cristo deu uma orientação semelhante a Seus discípulos quando estavam cercados por dificuldades? João 16:33.

Ex 14:15-18 — Então o Senhor disse a Moisés: Por que clamas a Mim? Ordena aos israelitas que marchem. 16 E tu, ergue e estende a tua mão com a vara sobre o mar e abre-o, para que os israelitas passem pelo meio do mar em terra seca. 17 Endurecerei o coração dos egípcios, que entrarão atrás deles; e serei glorificado por meio do Faraó e de todo o seu exército, com seus carros e cavaleiros. 18 E os egípcios saberão que Eu sou o Senhor, quando Me glorificar por meio do Faraó, com seus carros e cavaleiros.
Jo 16:33 — Eu vos tenho dito essas coisas para que tenhais paz em Mim. No mundo tereis tribulações; mas não vos desanimeis! Eu venci o mundo.

Cristo não fracassou nem Se desanimou; e Seus discípulos deviam mostrar o mesmo tipo persistente de fé. Deviam trabalhar como Ele havia trabalhado, buscando forças nEle. Embora o caminho fosse interrompido por aparentes impossibilidades, deveriam avançar por Sua graça, de nada desesperando mas esperando por tudo. — Atos dos apóstolos, p. 23.

2B) Como o Anjo de Deus abriu caminho para os filhos de Israel escaparem através do mar? Êxodo 14:19-22.

Ex 14:19-22 — Então o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, retirou-Se e colocou-Se atrás dele. A coluna de nuvem também se retirou de diante deles e ficou atrás, 20 colocando-se entre as divisões egípcias e as divisões israelitas, de modo que havia luz para Israel e escuridão para os egípcios. Assim, durante toda a noite, não se aproximaram uns dos outros. 21 Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar; e, com um forte vento do leste, o Senhor fez recuar o mar toda aquela noite, tornando o mar em terra seca. As águas se dividiram, 22 e os israelitas entraram pelo meio do mar em terra seca; e as águas ficaram como um muro à direita e à esquerda deles.

Mas agora, quando o exército egípcio se aproximava esperando torná-los uma presa fácil, a coluna de nuvem ergueu-se majestosamente para o céu, passou por cima dos israelitas e desceu entre eles e o exército egípcio. Um muro de trevas separou os perseguidos de seus perseguidores. Os egípcios não puderam mais avistar o acampamento dos hebreus e foram forçados a parar. Mas, à medida que a escuridão da noite se aprofundava, a coluna de nuvens se tornou uma grande luz para os hebreus, inundando todo o acampamento com o brilho do dia. — Patriarcas e profetas, pp. 284 e 287.

2C) Que lição devemos tirar dessa experiência? Romanos 8:31.

Rm 8:31 — Portanto, que poderemos dizer diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Em cada crise, Seu povo pode declarar com toda confiança: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31). Por mais enganosas que sejam as armadilhas de Satanás e seus agentes, Deus pode detectá-las, anulando todos os seus conselhos. Hoje, a resposta da fé deve ser a que Neemias deu: “Nosso Deus pelejará por nós”; pois Ele está na obra, e nenhum homem poderá impedir o sucesso final dela. — Profetas e reis, p. 645.

Terça-feira, 11 de fevereiro - 3. PROBLEMAS PARA OS EGÍPCIOS

3A) Como o Senhor dificultou o avanço do exército egípcio? Êxodo 14:23-25 (primeira parte); Salmos 77:15-18.

Ex 14:23-25 [p. p] — E os egípcios os perseguiram e entraram atrás deles até o meio do mar, com todos os cavalos, os carros e os cavaleiros do Faraó. 24 Na vigília da manhã, o Senhor, desde a coluna de fogo e de nuvem, olhou para o acampamento dos egípcios e o tumultuou. 25 Ele travou as rodas dos seus carros para andarem com dificuldade [...].
Sl 77:15-18 — Com Teu braço, remiste Teu povo, os filhos de Jacó e de José. 16 As águas Te viram, ó Deus, as águas Te viram e tremeram; os abismos também se abalaram. 17 As nuvens derramaram chuva; houve trovões nos céus; Teus raios também atravessaram de um lado para o outro. 18 O som do Teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos clarearam o mundo; a Terra se abalou e tremeu.

Os egípcios ousaram se aventurar no caminho que Deus havia preparado para o Seu povo, e anjos do Senhor percorreram o exército e removeram as rodas dos carros. Com isso, foram atormentados. Seu progresso foi muito lento, e começaram a enfrentar problemas. Lembraram-se dos castigos que o Deus de Israel lhes havia mandado no Egito para obrigá-los a deixar os hebreus partir, e entenderam que o Senhor poderia entregá-los nas mãos dos israelitas. Compreenderam que Deus estava lutando por Seu povo e ficaram terrivelmente apavorados. — Spiritual Gifts, vol. 3, p. 235.

3B) Quando os egípcios se viram lutando para perseguir os israelitas, o que disseram uns aos outros? Êxodo 14:25 (última parte).

Ex 14:25 [ú. p.] — [...] Então os egípcios disseram: Fujamos de Israel, pois o Senhor combate por eles contra os egípcios.

3C) O que aconteceu assim que os israelitas alcançaram a segurança além do mar e Moisés estendeu novamente sua vara? Êxodo 14:26-30. Como Deus irá operar um livramento semelhante por Seu povo nas fronteiras da Canaã celestial?

Ex 14:26-30 — Então o Senhor disse a Moisés: Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem sobre os egípcios, sobre seus carros e cavaleiros. 27 Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e este retomou a sua força ao amanhecer, e os egípcios fugiram, indo de encontro ao mar. Assim o Senhor derrubou os egípcios no meio do mar. 28 As águas voltaram e cobriram os carros e os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que haviam entrado no mar atrás deles. E não restou nem um deles sequer. 29 Mas os israelitas caminharam em terra seca, pelo meio do mar, tendo as águas como um muro à direita e à esquerda deles. 30 Assim, naquele dia, o Senhor salvou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.

Os egípcios ficaram tomados de confusão e espanto. Em meio à fúria dos elementos, na qual ouviam a voz de um Deus irado, fizeram de tudo para voltar pelo mesmo caminho e alcançar a praia que haviam deixado. Moisés, porém, estendeu a vara, e as águas acumuladas, zumbindo, rugindo e famintas por sua presa, se juntaram violentamente, engolindo o exército egípcio em suas negras profundidades.
Quando a manhã surgiu, revelou às multidões de Israel tudo que havia sobrado do seu poderoso inimigo: os corpos, vestidos de malha, arremessados à praia. Do mais terrível perigo brotou um completo livramento. — Patriarcas e profetas, pp. 287 e 288.
Os seres celestes, anjos magníficos em poder, estão à espera, obedientes à ordem divina, para se unirem aos instrumentos humanos; e o Senhor Se interporá quando tudo tiver chegado a tal ponto que nada a não ser o poder divino poderá impedir os agentes satânicos em operação. Quando Seu povo estiver em maior perigo, aparentemente impossibilitado de resistir ao poder de Satanás, Deus operará em seu favor. Os extremos do homem são a oportunidade de Deus. — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 373.

Quarta-feira, 12 de fevereiro - 4. UM GRANDE LIVRAMENTO

4A) Como o salmista descreveu a passagem do povo de Israel pelo Mar Vermelho? Salmos 77:19 e 20; Salmos 106:8-11.

Sl 77:19 e 20 — Teu caminho passou pelo mar e tuas veredas, pelas grandes águas, e teu rastro não foi encontrado. 20 Pelas mãos de Moisés e Arão, guiaste Teu povo como a um rebanho.
Sl 106:8-11 — Apesar disso, ele os salvou, por amor do Seu nome, para manifestar Seu poder. 9 Pois repreendeu o Mar Vermelho, e este secou; ele os fez caminhar pelas profundezas como por um deserto. 10 Salvou-os da mão do adversário, livrou-os do poder do inimigo. 11 Mas as águas cobriram seus adversários; nem um só sobreviveu.

4B) O que era necessário da parte dos israelitas para que Deus lhes abrisse o Mar Vermelho? Hebreus 11:29.

Hb 11:29 — Pela fé, os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como se estivessem em terra seca. Ao tentarem fazer o mesmo, os egípcios afogaram-se.

Deus, em Sua providência, levou os israelitas ao aperto das montanhas, em frente ao mar, para que pudesse manifestar Seu poder no livramento deles e humilhar de maneira extraordinária o orgulho de seus inimigos. Ele poderia tê-los salvado de qualquer outro modo, mas escolheu esse para lhes provar a fé e fortalecer sua confiança nEle. O povo estava cansado e aterrorizado; no entanto, caso tivessem permanecido imóveis quando Moisés lhes ordenou avançar, Deus jamais lhes teria aberto o caminho. Foi “pela fé” que “passaram o Mar Vermelho, como por terra seca” (Hebreus 11:29). Ao descerem caminhando para a própria água, demonstraram crer na Palavra de Deus conforme havia sido proferida por Moisés. Fizeram tudo que estava ao seu alcance, e então o Poderoso de Israel dividiu o mar a fim de abrir um caminho para os seus pés. — Patriarcas e profetas, p. 290.

4C) Como os israelitas reagiram à maravilhosa libertação que o Senhor lhes havia proporcionado? Êxodo 14:31; Salmos 106:12. Que lição essa experiência nos ensina?

Ex 14:31 — Israel viu a grande obra que o Senhor havia realizado contra os egípcios, de modo que o povo temeu o Senhor e creu no Senhor e em Moisés, Seu servo.
Sl 106:12 — Então creram nas palavras dEle e cantaram-Lhe louvor.

A grande lição ali ensinada é para todos os tempos. Frequentemente, a vida cristã é cercada por perigos, e parece difícil de cumprir o dever. A imaginação pinta uma ruína iminente diante de nós, e atrás, a escravidão ou a morte. Contudo, a voz de Deus fala claramente: “Avante!” Devemos obedecer a essa ordem mesmo que nosso olhar não consiga ver em meio à escuridão, e sintamos as frias ondas sobre nossos pés. Os obstáculos que prejudicam nossa jornada nunca desaparecerão diante de um espírito que se detém ou duvida. Aqueles que adiam a obediência até que toda sombra de incerteza desapareça, e não reste perigo nenhum de fracasso ou derrota, jamais obedecerão. A incredulidade sussurra: “Esperemos até que os obstáculos sejam removidos e possamos ver com clareza a estrada”; mas a fé corajosamente insiste em avançar, esperando tudo e crendo em tudo. — Idem.

Quinta-feira, 13 de fevereiro - 5. ENTOANDO O CÂNTICO DE VITÓRIA

5A) Como o povo expressou sua felicidade? Quais são alguns dos principais pensamentos do Cântico de Moisés? Êxodo 15:1-21.

Ex 15:1-21 — Então Moisés e os israelitas entoaram este cântico ao Senhor: Cantarei ao Senhor, pois triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. 2 O Senhor é a minha força e o meu cântico; Ele Se tornou a minha salvação; Ele é o meu Deus, portanto, eu O louvarei; é o Deus de meu pai, por isso O exaltarei. 3 O Senhor é homem de guerra; Senhor é o Seu nome. 4 Lançou no mar os carros do Faraó e o seu exército; os seus capitães de elite foram afogados no Mar Vermelho. 5 Os abismos os cobriram; desceram às profundezas como pedra. 6 A Tua mão direita, ó Senhor, é gloriosa em poder; a Tua mão direita, ó Senhor, despedaça o inimigo. 7 Na grandeza da Tua excelência derrubas os que se levantam contra Ti; envias o Teu furor, que os devora como palha. 8 Com o sopro das Tuas narinas amontoaram-se as águas, as correntes pararam como muralha; os abismos coalharam-se no coração do mar. 9 O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos; o meu desejo se fartará deles; arrancarei a minha espada, a minha mão os destruirá. 10 Sopraste com o Teu vento, e o mar os cobriu; afundaram como chumbo em águas profundas. 11 Quem entre os deuses é como Tu, ó Senhor? Quem é como Tu, poderoso em santidade, admirável em louvores, capaz de maravilhas? 12 Estendeste a mão direita, e a terra os tragou. 13 No Teu amor guiaste o povo que redimiste; na Tua força o conduziste à Tua santa habitação. 14 Os povos ouviram e estremeceram; o terror apoderou-se dos habitantes da Filístia. 15 Então os chefes de Edom ficaram pasmos; dos poderosos de Moabe apoderou-se um tremor; derreteram-se todos os habitantes de Canaã. 16 Medo e pavor caíram sobre eles; pela grandeza do Teu braço emudeceram como pedra, até que o Teu povo passasse, ó Senhor, até que passasse este povo que adquiriste. 17 Ó Senhor, Tu os conduzirás e os plantarás no monte da Tua herança, no lugar que preparaste para a Tua habitação, no santuário que as Tuas mãos estabeleceram, ó Senhor. 18 O Senhor reinará eterna e perpetuamente. 19 Porque os cavalos do Faraó, com os seus carros e os seus cavaleiros, entraram no mar, e o Senhor fez voltar as águas do mar sobre eles, mas os israelitas passaram em terra seca pelo meio do mar. 20 Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, pegou um tamborim, e as outras mulheres a acompanharam tocando tamborins e dançando. 21 E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.

Esse cântico e o grande livramento que comemora causaram uma impressão que nunca se apagaria da memória do povo hebreu. Era após era, ecoava pelos profetas e cantores de Israel, testemunhando que Jeová é a força e a libertação daqueles que nEle confiam. — Patriarcas e profetas, p. 289.

5B) Quando, onde e por quem um cântico semelhante será novamente entoado? Apocalipse 15:2-4.

Ap 15:2-4 — Vi algo como um mar de vidro misturado com fogo; e os que haviam vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome estavam em pé junto ao mar de vidro com harpas de Deus. 3 Eles cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as Tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações. 4 Senhor, quem não Te temerá e não glorificará o Teu nome? Pois só Tu és santo; por isso todas as nações virão e se prostrarão diante de Ti, porque os Teus juízos são manifestos.

Esse cântico não pertence apenas ao povo judeu. Ele representa a destruição de todos os inimigos da justiça e a vitória final do Israel de Deus. — Idem.
E cantavam “um cântico novo” diante do trono — cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro, um hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência — e nunca ninguém teve experiência semelhante. — O grande conflito, pp. 648 e 649.

Sexta-feira, 14 de fevereiro - PARA VOCÊ REFLETIR