Mas eu afirmo: Andai pelo Espírito e nunca satisfareis os desejos da carne (Gálatas 5:16).
É nosso dever manter os apetites e hábitos de vida em conformidade com a lei natural. — Santificação, p. 29.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 37-50 (Capítulo 3: “Vendendo os direitos de primogenitura”).
Domingo 5 de julho - 1. O NECESSÁRIO DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER
1A) O que precisamos compreender quando temos um forte desejo por algo, mesmo que não seja alguma coisa que possamos considerar errada? Provérbios 19:21.
Pv 19:21 — Há muitos planos no coração do homem, mas o propósito do Senhor prevalecerá.
Dia e noite, o assunto [da primogenitura] ocupava os pensamentos [de Jacó], até que se tornou o principal interesse da vida. Mas ainda que Jacó estimasse as bênçãos eternas mais do que as seculares, não tinha um conhecimento prático do Deus a quem venerava. Seu coração não tinha sido renovado pela graça divina. Acreditava que a promessa relativa a si não poderia se cumprir enquanto Esaú mantivesse os direitos de primogênito, e procurava constantemente descobrir um modo pelo qual pudesse conseguir a bênção que era tão pouco valorizada pelo irmão, mas tão preciosa para si. — Patriarcas e profetas, pp. 178 e 179.
1B) O que Jacó deveria ter feito nessa fase da vida, e o que também sempre devemos lembrar? Salmos 37:5-7.
Sl 37:5-7 — Entrega teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará. 6 Fará tua justiça sobressair como a luz, e teu direito, como o meio-dia. 7 Descansa no Senhor e espera nEle; não te aborreças por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do que trama o mal.
Por vezes, parece difícil esperar pacientemente até que chegue o tempo apontado por Deus para defender o que é certo. Mas foi-me mostrado que, se ficamos impacientes, perdemos um rico galardão. — Testemunhos para a igreja, vol. 3, p. 327.
Segunda-feira, 6 de julho - 2. TOTALMENTE SEDUZIDO
2A) Como Jacó se aproveitou da fraqueza de Esaú? Gênesis 25:29-31.
Gn 25:29-31 — Jacó havia feito um guisado, quando Esaú chegou do campo, faminto; 30 e Esaú disse a Jacó: Deixa-me comer desse guisado vermelho, porque estou faminto. Por isso se chamou Edom. 31 Jacó respondeu: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura.
Um dia, quando voltava para casa abatido e cansado da caça, Esaú pediu um pouco da comida que Jacó estava preparando. Assim, o irmão mais novo, para quem um pensamento estava acima de qualquer outro, aproveitou-se da situação. — Patriarcas e profetas, p. 179.
Jacó aproveitou-se da ocasião a fim de usar a necessidade de Esaú em seu próprio benefício, e propôs servi-lo com o guisado vermelho se renunciasse toda posse sobre seu direito de primogenitura. — Spiritual Gifts, vol. 3, p. 114.
2B) Embora a ideia de Jacó tenha sido esperta, por que sua astuta armadilha contra o irmão tentado não foi um plano ideal aos olhos de Deus? Provérbios 3:29.
Pv 3:29 — Não trames o mal contra teu próximo, que convive contigo em confiança.
A [Palavra de Deus] nos ensina a nos colocar na posição daqueles com quem estamos lidando, para considerar não apenas o que é nosso, mas também o que é dos outros. Aquele que se aproveita da desgraça de alguém para seu próprio benefício, ou que busca lucros por meio da fraqueza ou incompetência de outros, é um transgressor tanto dos princípios quanto dos preceitos da Palavra de Deus. — A ciência do bom viver, p. 187.
2C) O que Esaú decidiu fazer? Por quê? Gênesis 25:32 e 33.
Gn 25:32 e 33 — Então Esaú afirmou: Estou a ponto de morrer; de que me servirá o direito de primogenitura? 33 Então Jacó disse: Jura-me primeiro. Ele jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.
[Esaú] por tanto tempo estava habituado a satisfazer o eu que não sentiu qualquer necessidade de fugir do prato tentador e cobiçado. Pensou nele, sem fazer nenhum esforço especial para restringir o desejo, até que o poder do apetite se sobrepôs a qualquer outra consideração, e controlou-o, levando-o a imaginar que sofreria grande prejuízo, talvez até mesmo a morte, se não conseguisse aquele determinado prato. Quanto mais nele pensava, mais seu desejo era fortalecido, até que sua primogenitura, que era algo sagrado, perdeu seu valor e santidade. Ele pensou: Se eu a vender agora, facilmente poderei reconquistá-la. Trocou-a, porém, pelo seu prato favorito, gabando-se de que poderia abrir mão dela à vontade e recuperá-la quando quisesse. — Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 38 e 39.
Terça-feira, 7 de julho - 3. UM BOCADO MUITO CARO
3A) Que advertência nos traz a apressada decisão de Esaú de trocar a primogenitura pela comida que Jacó lhe ofereceu? Gênesis 25:34.
Gn 25:34 — Jacó deu pão e o guisado de lentilhas a Esaú; ele comeu e bebeu; e, levantando-se, seguiu seu caminho. Assim, Esaú desprezou o seu direito de primogenitura.
E por um prato de guisado vermelho, [Esaú] renunciou à primogenitura e confirmou o negócio por meio de um juramento. Um pouco mais de tempo, quando muito, e teria alimento garantido nas tendas do pai; mas, para satisfazer o desejo do momento, negociou, indiferente, a gloriosa herança que o próprio Deus havia prometido a seus pais. Todo o seu interesse estava no momento. Estava pronto para sacrificar as coisas celestes pelas terrestres, para trocar um bem futuro por uma satisfação momentânea. “Assim Esaú desprezou o seu direito de primogenitura” (Gênesis 25:34). Ao renunciar a ela, experimentou uma sensação de alívio. Agora, seu caminho estava desimpedido; podia fazer o que quisesse. Por esse prazer desenfreado, erroneamente chamado liberdade, quantos ainda têm vendido o seu direito de primogenitura — uma herança pura e incontaminada, eterna, nos Céus! — Patriarcas e profetas, p. 179.
3B) O que deveríamos entender da advertência de Deus quanto à herança de Esaú? Malaquias 1:2 e 3; Romanos 9:13 e 14.
Ml 1:2 e 3 — Eu sempre vos amei, diz o Senhor. Mas vós perguntais: De que maneira nos tens amado? Por acaso não era Esaú irmão de Jacó?, diz o Senhor. No entanto, amei Jacó 3 e rejeitei Esaú. Fiz dos seus montes uma desolação e dei sua herança aos chacais do deserto.
Rm 9:13 e 14 — Como está escrito: Amei a Jacó, mas rejeitei a Esaú. 14 Que diremos? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum.
Não houve uma preferência arbitrária da parte de Deus que O tenha levado a excluir de Esaú as bênçãos da salvação. Os dons da graça por meio de Cristo são gratuitos a todos. Não existe eleição, senão a própria escolha, pela qual se possa perecer. Deus estabeleceu em Sua Palavra as condições pelas quais todos são candidatos à vida eterna: obediência aos mandamentos, pela fé em Cristo. Deus elegeu um caráter em harmonia com Sua Lei, e qualquer que atinja a norma que Ele exige terá entrada no reino de glória. [...]
Eleita é toda alma que opera a própria salvação com temor e tremor. É eleito aquele que vestir a armadura e combater o bom combate da fé. É eleito quem vigiar e orar, quem examinar as Escrituras e fugir da tentação. Eleito é aquele que continuamente tiver fé, e que for obediente a toda palavra que sai da boca de Deus. As providências tomadas para a redenção são abertas a todos; os resultados da redenção serão desfrutados por aqueles que satisfazem as condições. — Ibidem, pp. 207 e 208. [Grifos originais.]
Quarta-feira, 8 de julho - 4. CONTROLANDO NOSSO APETITE
4A) Deus nos deu o apetite para apreciarmos o alimento; porém, o que mais precisamos entender sobre isso? 1 Coríntios 6:19.
1Co 6:19 — Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?
Cada parte do homem deve ser guardada; devemos tomar cuidado para que o conteúdo depositado no estômago não expulse da mente os pensamentos elevados e santos.
“Não posso fazer comigo o que me agrada?”, perguntam alguns, como se estivéssemos tentando privá-los de um grande bem quando lhes apresentamos a necessidade de comer de maneira inteligente a fim de conformarem todos os seus hábitos às leis que Deus estabeleceu.
Nosso corpo não nos pertence, para tratá-lo como quisermos, para incapacitá-lo por meio de hábitos que levam à degradação, tornando impossível prestar a Deus um serviço perfeito. Nossa vida e todas as nossas faculdades pertencem a Ele. — Refletindo a Cristo, p. 138.
4B) Explique como a mente do cristão se mantém saudável. Romanos 8:1-6.
Rm 8:1-6 — Portanto, agora já não há condenação alguma para os que estão em Cristo Jesus. 2 Porque a Lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. 3 Pois o que para a Lei era impossível, visto que se achava fraca por causa da carne, Deus o fez na carne, condenando o pecado e enviando o Seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado e como sacrifício pelo pecado, 4 para que a justa exigência da Lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. 5 Os que vivem segundo a carne pensam nas coisas da carne; mas os que vivem segundo o Espírito, nas coisas do Espírito. 6 Pois a mentalidade da carne é morte; mas a mentalidade do Espírito é vida e paz.
Tudo que nos diminui a força física enfraquece a mente e a torna menos capaz de discernir entre o certo e o errado. Ficamos menos aptos para escolher o bem, e temos menos força de vontade para fazer aquilo que sabemos ser justo.
O mau uso de nossas forças físicas reduz o tempo que nossa vida pode ser usada para a glória de Deus. E nos incapacita para cumprir a obra que o Senhor nos deu para fazer. Condescendendo com a formação de maus hábitos, deitando-nos tarde, satisfazendo o apetite com prejuízo da saúde, implantamos os fundamentos da fraqueza. Negligenciando os exercícios físicos, sobrecarregando a mente ou o corpo, desequilibramos o sistema nervoso. Os que assim desprezam as leis naturais encurtam a vida e se desqualificam para a obra, são culpados de roubo para com Deus; e, além disso, também estão roubando a seus semelhantes. A oportunidade de abençoar a outros, que é justamente a obra para cuja execução Deus os enviou ao mundo, foi encurtada por seu próprio comportamento. [...] O Senhor nos considera culpados quando, por nossos hábitos prejudiciais, privamos o mundo do bem.
Transgressão da lei física é transgressão da Lei moral; pois Deus é tão verdadeiramente o autor de uma quanto da outra. — Parábolas de Jesus, pp. 346 e 347.
Quinta-feira, 9 de julho - 5. VITÓRIA POR MEIO DE CRISTO
5A) Embora Jacó tivesse apresentado ao irmão um prato tentador, por que Esaú foi responsável pela própria escolha? Tiago 1:14 e 15.
Tg 1:14 e 15 — Mas cada um é tentado quando atraído e seduzido por seu próprio desejo. 15 Então o desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, após se consumar, gera a morte.
5B) Quais são os segredos da vitória sobre os clamores de um apetite descontrolado? Gálatas 2:20; Gálatas 5:16, 24 e 25; 1 Coríntios 15:57.
Gl 2:20 — Portanto, não sou mais eu quem vive, mas é Cristo quem vive em mim. E essa vida que vivo agora no corpo, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim.
Gl 5:16, 24 e 25 — Mas eu afirmo: Andai pelo Espírito e nunca satisfareis os desejos da carne. [...] 24 Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne juntamente com suas paixões e desejos. 25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também sob a direção do Espírito.
1Co 15:57 — Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Sentindo o terrível poder da tentação e o fascínio do desejo que leva à fraqueza, muito homem clama em desespero: “Não posso resistir ao mal”. Diga-lhe que pode, sim, e que deve resistir. Pode ter sido derrotado várias vezes, mas não é preciso ser sempre assim. Ele é fraco em poder moral, controlado pelos hábitos de uma vida de pecado. Suas promessas e resoluções são como cordas de areia. A consciência das promessas quebradas e dos compromissos desfeitos enfraquece-lhe a confiança na própria sinceridade e faz com que sinta que Deus não pode aceitá-lo nem colaborar com seus esforços. Mas ele não precisa se desesperar.
Aqueles que confiam em Cristo não devem ser escravizados por nenhum hábito nem tendência hereditária ou cultivada. Em vez de serem mantidos como escravos da natureza inferior, devem governar todo apetite e paixão. Deus não nos deixou a lutar contra o mal em nossa própria força finita. Quaisquer que sejam nossas tendências herdadas ou cultivadas para o mal, podemos vencer pelo poder que Ele está pronto a comunicar. — A ciência do bom viver, pp. 174-176.
Para toda alma que luta a fim de se erguer de uma vida de pecado para outra de pureza, o grande elemento de poder reside no único nome “debaixo do Céu”, dado “entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). — Ibidem, p. 179.
Sexta-feira, 10 de julho - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Em que sentido a armadilha de Jacó para prender Esaú revelou falta de fé?
2. Cite algumas maneiras pelas quais o inimigo nos tenta da mesma forma com que tentou a Esaú.
3. Quantos hoje cometem essencialmente o mesmo erro de Esaú?
4. Por que nós, que estamos nos preparando para a eternidade, devemos controlar seriamente nosso apetite?
5. Como todos os que lutam contra o apetite podem entender que há esperança?