“Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos” (1 Pedro 2:15).
“Devemos elevar a coroa de Cristo acima do brasão das autoridades terrestres.” — Atos dos apóstolos, p. 68.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 1, pp. 358-361 (capítulo 69: “A rebelião”).
Domingo 5 de maio - 1. EVITANDO TUDO O QUE COMBATE CONTRA A ALMA
1A) Qual é uma das batalhas mais importantes e desafiadoras para cada peregrino? 1 Pedro 2:11; 1 João 2:15 e 16.
1Pe 2:11 — Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma.
1Jo 2:15 e 16 — Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
“O apóstolo Pedro entendia a relação entre a mente e o corpo, e ergueu a voz em advertência aos irmãos: ‘Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma’. Muitos consideram esse versículo apenas como uma advertência contra a conduta de sensualidade imoral, mas tem um significado mais amplo. Ele proíbe toda gratificação prejudicial do apetite ou da paixão. Todo apetite pervertido se torna uma paixão combativa. O apetite nos foi dado para um bom propósito, não para se tornar um instrumento de morte ao ser pervertido, e assim se degradar em ‘concupiscências que combatem contra a alma’. [...]
“A força da tentação de ceder ao apetite só pode ser avaliada pela inexprimível angústia de nosso Redentor naquele longo jejum no deserto. Ele sabia que, ao se entregar ao apetite pervertido, o ser humano teria suas percepções tão enfraquecidas que não conseguiria discernir as sagradas verdades. [...] Se o poder do apetite pervertido era tão forte sobre a humanidade que, para quebrar seu domínio o divino Filho de Deus teve de passar por um jejum de quase seis semanas em favor do ser humano, que tarefa desafiadora está diante do cristão! No entanto, por maior que seja a luta, o crente ainda pode vencer. Com a ajuda desse poder divino [...], ele também pode ser totalmente vitorioso em sua guerra contra o mal, e, por fim, pode receber a coroa do vencedor no reino de Deus.” — Conselhos sobre o regime alimentar, pp. 166 e 167.
Segunda-feira 6 de maio - 2. PREGANDO MEDIANTE AS BOAS OBRAS
2A) Por que todos os verdadeiros cristãos são vistos como estrangeiros e até mesmo como inimigos deste mundo? 1 Pedro 2:12; 1 Coríntios 1:18 e 23; 1 Coríntios 2:14.
1Pe 2:12 — Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
1Co 1:18 e 23 — Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. [...] 23 Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
1Co 2:14 — Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
“Entre os ouvintes judeus [de Paulo] havia muitos que ficariam irados com a mensagem que ele estava prestes a anunciar. Na avaliação dos gregos, as palavras do apóstolo seriam uma completa loucura. Eles o considerariam ingênuo ou pouco inteligente por tentar mostrar como a cruz poderia ter algum vínculo com a elevação da raça ou a salvação da humanidade.
“No entanto, para Paulo, a cruz era o único objeto de supremo interesse.” — Atos dos apóstolos, p. 245.
“A mentalidade do mundo não está mais em harmonia com o espírito de Cristo hoje do que em épocas passadas, e aqueles que pregam a Palavra de Deus em sua pureza não serão recebidos com mais boa-vontade hoje do que naqueles tempos. As formas de oposição à verdade podem mudar, a hostilidade pode ser mais disfarçada porque é mais sutil; mas a mesma resistência ainda existe e continuará a se manifestar até o fim dos tempos.” — O grande conflito, p. 144.
2B) O que Pedro indica como a melhor técnica na pregação do evangelho e no trato com a “ignorância dos homens insensatos”? 1 Pedro 2:12 e 15.
1Pe 2:12 e 15 — Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem. [...] 15 Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos.
“Nossos pastores e mestres devem representar o amor de Deus a um mundo caído. Com o coração sensibilizado pela ternura, que a palavra da verdade seja dita. Que todos os que estão em erro sejam tratados com a gentileza de Cristo. Se aqueles por quem você trabalha não compreendem imediatamente a verdade, não os censure, não os critique nem os condene. Lembre-se de que você deve representar a mansidão, a gentileza e o amor de Cristo. Devemos esperar encontrar incredulidade e oposição. A verdade sempre teve de enfrentar esses elementos. Todavia, embora você deva enfrentar a oposição mais amarga, não acuse nem difame os oponentes [...].
“Você deve se comportar com humildade para com aqueles que estão em erro, pois você mesmo não estava recentemente em cegueira, envolvido em pecados? E devido à paciência de Cristo para com você, você não deveria também ser terno e paciente para com os outros? Deus tem nos aconselhado repetidamente para que manifestemos grande bondade para com aqueles que se opõem a nós, para que não influenciemos uma pessoa na direção errada.” — Testemunhos para a igreja, vol. 6, pp. 120 e 121.
Terça-feira 7 de maio - 3. SUBMISSÃO CRISTÃ
3A) Descreva a atitude que devemos ter para com as autoridades civis e as leis do país. 1 Pedro 2:13-17.
1Pe 2:13-17 — Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; 14 Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. 15 Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos; 16 Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. 17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.
“O apóstolo descreveu claramente a atitude que os crentes devem manter para com as autoridades civis: ‘Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana’.” — Atos dos apóstolos, p. 522.
3B) Dê exemplos de como devemos agir e da atitude que precisamos tomar nos casos em que a lei do país entra em conflito com a Lei de Deus. Atos 5:29; Êxodo 1:15-17; Daniel 6:7-10, 21 e 22.
At 5:29 — Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.
Ex 1:15-17 — E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá), 16 E disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva. 17 As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera, antes conservavam os meninos com vida.
Dn 6:7-10, 21 e 22 — Todos os presidentes do reino, os capitães e príncipes, conselheiros e governadores, concordaram em promulgar um edito real e confirmar a proibição que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. 8 Agora, pois, ó rei, confirma a proibição, e assina o edito, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar. 9 Por esta razão o rei Dario assinou o edito e a proibição. 10 Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. [...] 21 Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! 22 O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
“Vi que é nosso dever obedecer às leis de nosso país em todos os casos, a menos que elas entrem em conflito com a Lei superior que Deus proclamou com voz audível do alto do Sinai.” — Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 361.
“Não somos obrigados a desafiar as autoridades. Nossas palavras, sejam elas faladas ou escritas, devem ser cuidadosamente consideradas para que não [...] pareçamos contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer ou fazer nada que bloqueie sem necessidade o caminho. Devemos avançar em nome de Cristo, defendendo as verdades que Ele nos confiou. Se os homens nos proibirem de fazer essa obra, então podemos dizer, como fizeram os apóstolos, ‘julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido’ [Atos 4:19 e 20].” — Atos dos apóstolos, p. 69.
“Aquele que tem a Lei de Deus escrita no coração obedecerá a Deus e não aos homens. [...] A sabedoria e a autoridade da Lei divina são supremas.
“Foi-me mostrado que o povo de Deus, que é Seu tesouro peculiar, não pode se envolver nessa guerra complicada [a Guerra Civil Americana, entre 1861 e 1865], pois ela se opõe a cada princípio de sua fé. No exército, não podem obedecer à verdade e, ao mesmo tempo, cumprir as exigências dos oficiais. Haveria uma violação contínua da consciência.” — Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 361.
3C) Se somos servos em nosso local de trabalho, que tipo de funcionário devemos ser? 1 Pedro 2:18; Colossenses 3:23.
1Pe 2:18 — Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus.
Cl 3:23 — E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.
“Há conhecimento, habilidades e técnicas na forma mais humilde de serviço, e se todos assim entendessem, veriam nobreza no trabalho.” — Fundamentos da educação cristã, p. 315.
Quarta-feira 8 de maio - 4. SOFRENDO INJUSTAMENTE
4A) Qual deve ser nossa atitude para com aqueles que nos maltratam, ofendem, desprezam ou zombam de nós? 1 Pedro 2:19 e 20; Romanos 12:19-21.
1Pe 2:19 e 20 — Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. 20 Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.
Rm 12:19-21 — Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. 20 Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
“Não podemos nos dar ao luxo de nos irritarmos com qualquer erro ou suposta ofensa que tenhamos sofrido. O eu é o inimigo que mais precisamos temer. Nenhuma forma de vício tem um efeito mais maligno sobre o caráter do que a paixão humana sem o controle do Espírito Santo. Nenhuma outra vitória que possamos alcançar será tão preciosa quanto a que obtemos sobre o próprio eu.
“Não devemos permitir que nossos sentimentos sejam facilmente feridos. Devemos viver, mas não para proteger nossos sentimentos ou nossa reputação, e sim para salvar almas. [...] O que quer que os outros pensem de nós ou façam conosco, não precisa perturbar nossa unidade com Cristo [...].
“Não revide. Na medida do possível, remova toda causa de mal-entendidos. Evite a aparência do mal. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, mas sem sacrificar princípios, a fim de manter a harmonia com os outros [...].
“Se você receber palavras impacientes, nunca responda no mesmo tom.” — A ciência do bom viver, pp. 485 e 486.
4B) Por que Deus nos permite sofrer nas mãos de pessoas cruéis e perversas? Mateus 5:11, 12, 43-48.
Mt 5:11, 12, 43-48 — Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. 12 Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. [...] 43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; 45 Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. 46 Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? 48 Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
“A misteriosa providência que permite aos justos sofrerem perseguição nas mãos dos ímpios tem sido causa de grande perplexidade para muitos que são fracos na fé. Alguns estão até prontos para rejeitar sua confiança em Deus só porque Ele permite que o mais vil dos homens prospere, enquanto os melhores e mais puros passam por aflição e tormentos sob o poder cruel dos maus. Como, perguntam a si mesmos, pode Aquele que é justo e misericordioso, infinito em poder, tolerar tal injustiça e opressão? Essa é uma questão com a qual não temos nada que ver. Deus nos deu evidências suficientes de Seu amor, e não devemos duvidar de Sua bondade só porque não podemos entender a operação de Sua providência [...].
“[O Senhor] não Se esquece de Seus filhos nem os abandona, mas permite que os ímpios revelem seu verdadeiro caráter para que ninguém que deseje cumprir Sua vontade se engane com respeito a eles. Repito: os justos são colocados na fornalha da aflição para que eles mesmos possam ser purificados.” — O grande conflito, pp. 47 e 48.
Quinta-feira 9 de maio - 5. SEGUINDO O EXEMPLO
5A) Depois de encorajar os cristãos a enfrentarem as aflições e perseguições com alegria, qual é o argumento mais forte que Pedro apresenta para agir assim? 1 Pedro 2:21-24.
1Pe 2:21-24 — Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. 22 O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. 23 O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; 24 Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
“Jesus sofreu por nós mais do que qualquer um de Seus seguidores pode sofrer por causa da crueldade dos maus. Os que são chamados a suportar a tortura e o martírio estão apenas seguindo os passos do querido Filho de Deus.” — O grande conflito, p. 47.
5B) Que ilustração encorajadora o apóstolo traz no final de seus pensamentos sobre como devemos enfrentar as aflições? 1 Pedro 2:25; João 10:11.
1Pe 2:25 — Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas.
Jo 10:11 — Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
“Cristo é representado como aquele que sai em busca da ovelha perdida. É o Seu amor que nos envolve, levando-nos de volta ao aprisco. Seu amor nos dá o privilégio de nos sentarmos com Ele nos lugares celestiais.” — Testemunhos para a igreja, vol. 6, p. 479.
“Todos os nossos obreiros — ministros, professores, médicos, diretores — precisam se lembrar de que estão comprometidos a cooperar com Cristo. [...] Devem alimentar um constante senso do amor do Mestre, de Sua eficiência, vigilância e ternura. Devem olhar para Ele como o pastor e bispo de suas almas. Assim, terão a simpatia e o apoio dos anjos celestiais. Cristo será sua alegria e coroa de regozijo. O Espírito de Deus controlará seu coração, e terão um conhecimento da verdade que os crentes de nome nunca poderão alcançar.” — Conselhos aos professores, pais e estudantes, p. 284.
Sexta-feira 10 de maio - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Como posso ser libertado da escravidão do apetite e das paixões?
2. O que tornará minha vida um testemunho vivo do poder do evangelho?
3. Quais são algumas das maneiras pelas quais posso manifestar melhor a obediência às autoridades?
4. Quando me acusarem falsamente ou mesmo gritarem comigo, qual deve ser minha reação?
5. O que me tornará verdadeiramente disposto a sofrer por Jesus?