A autoridade do Filho

“Porque, como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em Si mesmo; e deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem” (João 5:26 e 27).

“A autoridade que tenho, disse [Jesus], para realizar a obra da qual vocês Me acusam, é que sou o Filho de Deus, um com Ele em natureza, vontade e propósito. Coopero com o Pai em todas as Suas obras de criação e providência.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 208.

Estudo adicional: O maior discurso de Cristo, pp. 125–129 (cap. 6: “Não julgar, mas praticar”).

1. IGUAL A DEUS | Domingo, 16 de março

1A) Além da cura do homem com deficiência no sábado, que outros motivos existiam para os judeus odiarem Jesus? João 5:17 e 18.

Jo 5:17 e 18 — E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. 18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.

“Jesus afirmou ter direitos iguais aos de Deus. [...]
“Como toda a nação hebraica chamava a Deus de Pai, eles não teriam ficado tão irados se Cristo tivesse Se apresentado na mesma relação para com Deus. Mas eles O acusaram de blasfêmia, o que mostra sua compreensão de que Ele afirmava isso no sentido mais profundo.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 207 e 208.

1B) Como Cristo defendeu a autoridade dos mandamentos de Deus acima das tradições humanas? Mateus 15:1-9 e 13.

Mt 15:1-9 e 13 — ENTÃO chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo: 2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão. 3 Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição? 4 Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. 5 Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe, 6 E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. 7 Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: 8 Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. 9 Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens. [...] 13 Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada.

“Os inimigos de Cristo não tinham argumentos para enfrentar as verdades que Ele apresentava à consciência. Eles só conseguiam mencionar os costumes e tradições, que se mostravam fracos e sem vida quando comparados aos argumentos que Jesus tirava da Palavra de Deus e do contínuo funcionamento da natureza.” — Ibidem, p. 208.

2. UNIDADE COM O PAI | Segunda-feira, 17 de março

2A) Como Jesus explicou Seu relacionamento com o Pai? João 5:19 e 20.

Jo 5:19 e 20 — Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. 20 Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.

2B) Que autoridade e poder Cristo afirmou possuir, que também pertenciam ao Pai? João 5:21-23.

Jo 5:21-23 — Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. 22 E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; 23 Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.

“Os sacerdotes e líderes se colocaram como juízes para condenar a obra de Cristo, mas Ele é que Se declarou juiz deles e de toda a Terra. O Pai entregou o mundo às mãos de Cristo, e por meio do Filho todas as bênçãos de Deus alcançam a humanidade caída. Ele já era Redentor antes da encarnação, e continuou sendo depois. Assim que o pecado passou a existir, também houve um Salvador. Ele deu luz e vida a todos, e cada um será julgado de acordo com a medida da luz que recebeu. E Aquele que concede a luz, Aquele que segue a pessoa com a mais terna súplica, procurando ganhá-la do pecado para a santidade, é, ao mesmo tempo, seu advogado e juiz.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 210.

2C) Descreva a mudança de atitude que ocorre quando percebemos que Cristo é nosso juiz. Romanos 2:1-3; Mateus 7:1.

Rm 2:1-3 — PORTANTO, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. 2 E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. 3 E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
Mt 7:1 — NÃO julgueis, para que não sejais julgados.

“Aquele que alimenta um espírito acusador tem uma culpa maior do que a pessoa a quem acusa, pois ele não apenas comete o mesmo pecado, mas acrescenta a esse mal a presunção e a crítica.
“Cristo é o único padrão verdadeiro de caráter, e a pessoa que se coloca como padrão para as outras está assumindo o lugar de Cristo. Por isso, já que o Pai ‘deu ao Filho todo juízo’ (João 5:22), quem se atreve a julgar os motivos dos outros está novamente tomando para si uma autoridade exclusiva do Filho de Deus. Esses supostos juízes e críticos estão se posicionando ao lado do anticristo, ‘o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus’ (2 Tessalonicenses 2:4).” — O maior discurso de Cristo, pp. 125 e 126.
“Não podemos ler o coração humano. Nós mesmos somos falhos, e, por isso, não estamos qualificados para julgar os outros. Seres humanos finitos só podem julgar pela aparência externa. Somente Aquele que conhece as origens secretas dos atos, e que trata com ternura e compaixão, é que recebeu o poder de decidir o caso de cada pessoa.” — Ibidem, p. 124.

3. A PRECIOSA CERTEZA | Terça-feira, 18 de março

3A) Que garantia todo crente dedicado em Cristo recebe? João 5:24.

Jo 5:24 — Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.

“Em cada mandamento e em cada promessa da Palavra de Deus estão o poder e a própria vida divina pela qual podemos cumprir o mandamento e receber a promessa. Aquele que recebe a Palavra pela fé também está recebendo a própria vida e caráter de Deus.” — Parábolas de Jesus, p. 38.
“A justificação é a grande obra que Cristo opera pelo pecador manchado pelo mal. Aquele que diz a verdade é que também o declara justo. O Senhor atribui a justiça de Cristo ao crente e o declara justo perante o universo. Ele transfere seus pecados para Jesus, o representante, substituto e certeza do pecador. Deus coloca sobre Cristo a iniquidade de toda alma que crê. ‘Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus’ (2 Coríntios 5:21). [...]
“Embora como pecadores estejamos sob a condenação da Lei, Cristo, por Sua obediência a ela, assegura para a pessoa arrependida o mérito de Sua própria justiça. Visando alcançar a justiça de Cristo, o pecador precisa conhecer o arrependimento que opera uma mudança radical na mente, no coração e nos atos. A obra transformadora deve começar no coração e manifestar seu poder em todas as habilidades. Contudo, o ser humano é incapaz de criar um arrependimento como esse, e só pode experimentá-lo mediante Cristo, que subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.” — Mensagens escolhidas, vol. 1, pp. 392 e 393.

3B) Que direitos especiais e divinos Cristo demonstrou possuir? João 5:25-29.

Jo 5:25-29 — Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. 26 Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo; 27 E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem. 28 Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. 29 E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.

“Por Ele ter provado as últimas gotas de aflição e tentação humanas, e entender as fraquezas e pecados dos humanos; por ter resistido às tentações de Satanás até a vitória, Ele usará justiça e bondade para tratar com aqueles por quem derramou Seu sangue a fim de que sejam salvos. Por isso, Deus apontou o Filho do homem para executar o juízo.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 210.
“Cristo é investido de poder para dar vida a todas as criaturas.” — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 249.

4. JESUS, O TEMA CENTRAL DAS ESCRITURAS | Quarta-feira, 19 de março

4A) Como Jesus explicou a causa da incredulidade dos judeus? João 5:37 e 38.

Jo 5:37 e 38 — E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer. 38 E a sua palavra não permanece em vós, porque naquele que ele enviou não credes vós.

“Em vez de se desculpar pelo ato de que se queixaram, ou de explicar Seu motivo por ter agido assim, Jesus Se voltou para os governantes, e o Acusado Se tornou o Acusador. Ele os repreendeu pela dureza de coração e por conhecerem tão mal as Escrituras. Cristo disse que eles tinham rejeitado a Palavra divina na medida em que rejeitaram Aquele que Deus enviou.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 211.

4B) Por que os judeus fracassaram em entender as Escrituras? João 5:39 e 40.

Jo 5:39 e 40 — Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; 40 E não quereis vir a mim para terdes vida.

“Cada página do Antigo Testamento, independentemente de ter histórias, preceitos ou profecias, recebe os raios da glória do Filho de Deus. No que diz respeito a ser uma instituição divina, todo o sistema judaico era uma profecia abrangente do evangelho. De Cristo, ‘dão testemunho todos os profetas’ (Atos 10:43). Da promessa feita a Adão, passando pela linhagem patriarcal e pelo sistema hebraico, a gloriosa luz do Céu preparou os passos do Redentor. Profetas viram a Estrela de Belém, o futuro Siló, enquanto as visões do porvir passavam diante deles em misteriosa sucessão. Cada sacrifício revelava a morte de Cristo. Sua justiça subia em cada nuvem de incenso. Em cada trombeta do jubileu, Seu nome soava. Sua glória habitava no tremendo mistério do lugar santíssimo.
“Os judeus tinham a posse das Escrituras, e achavam que o simples conhecimento externo da Palavra lhes daria a vida eterna. Mas Jesus disse: ‘E a Sua Palavra não permanece em vós’. Ao rejeitarem a Cristo em Sua Palavra, eles O rejeitaram como pessoa. Jesus lhes disse: ‘E não quereis vir a Mim para terdes vida’.
“Os líderes judeus estudaram os ensinamentos dos profetas sobre o reino do Messias, mas não com um desejo sincero de conhecer a verdade. O que eles queriam era encontrar provas que sustentassem suas esperanças ambiciosas. Quando Cristo veio de uma maneira diferente da que esperavam, eles não O aceitaram, e tentaram provar que Ele era um enganador. Depois de colocarem os pés nesse caminho, foi fácil para Satanás fortalecer sua oposição a Cristo. As próprias palavras que deveriam ter recebido como sinal de Sua divindade, os líderes interpretaram contra Ele. Assim, eles transformaram a verdade de Deus em mentira.” — Ibidem, pp. 211 e 212.

5. A GLÓRIA DE DEUS | Quinta-feira, 20 de março

5A) O que levou os judeus a rejeitarem a Jesus e a buscarem falsos mestres? João 5:41-44.

Jo 5:41-44 — Eu não recebo glória dos homens; 42 Mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus. 43 Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis. 44 Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus?

“Jesus disse: ‘Eu não recebo glória dos homens’. Não era a aprovação do Sinédrio que Ele desejava. Ele não poderia receber verdadeira honra dessa aprovação. O Pai é que O investiu com a honra e autoridade do Céu. Se Ele pedisse, os anjos teriam vindo homenageá-lO; o Pai teria confirmado Sua divindade em público outra vez. Por amor a esses líderes, e por amor à nação que governavam, é que Jesus queria que aqueles príncipes judeus discernissem Seu caráter e recebessem as bênçãos que Ele veio trazer.
“‘Eu vim em nome de Meu Pai, e não Me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis’. Jesus veio pela autoridade de Deus, trazendo a imagem divina, cumprindo a Palavra do Senhor e buscando a glória do Pai, mas os líderes de Israel não O receberam. Porém, quando outros viessem afirmando ser o Cristo, mas agindo por conta própria e buscando a glória pessoal, a esses os judeus receberiam. E por quê? Porque os que buscam a própria glória apelam para o desejo de exaltação própria no coração dos outros. A esses apelos, os judeus poderiam atender. Eles receberiam o falso mestre porque esse impostor lhes alimentaria o orgulho ao apoiar suas opiniões e tradições tão queridas. Mas o ensino de Cristo não coincidia com suas ideias. O ensinamento de Cristo era espiritual e exigia o sacrifício do eu, mas eles não aceitariam isso. Pelo fato de não conhecerem a Deus, para eles a voz do Salvador era a voz de um estranho.
“A mesma situação não se repete hoje? Não há muitos, até mesmo líderes religiosos, que estão endurecendo o coração contra o Espírito Santo, tornando-lhes impossível reconhecer a voz de Deus? Será que eles não estão rejeitando a Palavra de Deus para manterem as próprias tradições?” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 212 e 213.

PARA VOCÊ REFLETIR | Sexta-feira, 21 de março