“E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos” (João 9:39).
“Satanás inflige o sofrimento, mas Deus o dirige para propósitos de misericórdia, conforme a história de Jó o revela.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 471.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 3, pp. 570-575.
1. COMPREENSÃO INCORRETA | Domingo, 25 de maio
1A) Que pergunta os discípulos fizeram a Jesus quando viram um cego de nascença? João 9:1 e 2.
Jo 9:1 e 2 — E, PASSANDO Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
1B) Que ideia errada sobre a aflição os judeus, inclusive os discípulos, mantinham, e como Satanás se aproveitava desse pensamento corrompido? João 9:34 (primeira parte).
Jo 9:34 [p.p.] — Responderam eles, e disseram-lhe: Tu és nascido todo em pecados, e nos ensinas a nós? [...]
“Em geral, os judeus acreditavam que as pessoas recebiam nesta vida a punição pelo pecado. Eles consideravam qualquer aflição como um castigo por alguma falta, fosse do próprio sofredor fosse de seus pais. Sim, todo sofrimento é consequência da quebra da Lei de Deus, mas essa verdade havia se corrompido. Satanás, o autor do pecado e de todos os seus resultados, levou as pessoas a considerarem a doença e a morte como vindas de Deus, como punição aplicada de modo arbitrário sobre o pecado. Portanto, alguém que estivesse passando por grande aflição ou calamidade ainda tinha de suportar o peso adicional de ser considerado um grande pecador.
“Isso preparou o caminho para que os judeus rejeitassem Jesus. Eles consideraram Aquele que ‘tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si’ como ‘aflito, ferido de Deus, e oprimido’; e viraram o rosto contra Ele.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 471.
2. PARA A GLÓRIA DE DEUS | Segunda-feira, 26 de maio
2A) Que resposta de Jesus esclareceu a relação entre sofrimento e pecado? João 9:3-5.
Jo 9:3-5 — Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. 4 Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
“Os discípulos de Cristo tinham a mesma crença dos judeus quanto à relação entre pecado e sofrimento. Embora Jesus tenha corrigido o erro, não explicou a causa da aflição do homem, mas simplesmente disse qual seria o resultado. Graças a essa enfermidade, as obras de Deus se manifestariam. ‘Enquanto estou no mundo’, disse Ele, ‘sou a luz do mundo’.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 471.
2B) O que Jesus fez logo em seguida, e como o cego cooperou com Ele? João 9:6 e 7.
Jo 9:6 e 7 — Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. 7 E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.
“Em seguida, Jesus ungiu os olhos do cego e o mandou se lavar no tanque de Siloé, e a cegueira do homem foi curada. Assim, Jesus respondeu à interrogação dos discípulos de uma forma prática, como geralmente respondia a perguntas motivadas por curiosidade. Os discípulos não deviam discutir a questão de quem tinha ou não pecado, mas precisavam compreender a misericórdia e o poder de Deus em dar visão aos cegos. Era óbvio que não havia poder de cura no barro ou no tanque em que o cego se lavou, mas a virtude estava em Cristo.” — Idem.
2C) Descreva as várias reações dos vizinhos do homem recém-curado, e relate a conversa que ele teve com essas pessoas. João 9:8-12.
Jo 9:8-12 — Então os vizinhos, e aqueles que dantes tinham visto que era cego, diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendigava? 9 Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu. 10 Diziam-lhe, pois: Como se te abriram os olhos? 11 Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi. 12 Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei.
“Os vizinhos do rapaz, e aqueles que o conheceram quando era cego, perguntaram: ‘Não é este aquele que estava assentado e mendigava?’ Ficaram em dúvida quando o viram porque, quando ele passou a enxergar, seu semblante mudou e se iluminou, e parecia outro homem. Como resultado, a pergunta passou de boca em boca. Alguns diziam: ‘É ele’. Mas outros falavam: ‘Não. Apenas se parece com ele’. Contudo, aquele que recebeu a grande bênção encerrou o debate dizendo: ‘Sou eu’.” — Ibidem, pp. 471 e 472.
3. UMA QUESTÃO SE AGRAVA | Terça-feira, 27 de maio
3A) Para quem os líderes judeus levaram o homem que havia nascido cego? Por quê? Em que dia ele foi curado? João 9:13 e 14.
Jo 9:13 e 14 — Levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego. 14 E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.
3B) Descreva a reação dos fariseus. João 9:15 e 16.
Jo 9:15 e 16 — Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe como vira, e ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me, e vejo. 16 Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.
“Os fariseus esperavam transformar Jesus em um pecador, não em Messias. Não sabiam que Aquele que havia curado o cego também era o criador do sábado, e conhecia todas as exigências desse dia. Eles pareciam incrivelmente zelosos da obediência ao sábado, mas estavam planejando matar alguém nesse mesmo dia.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 472.
3C) A quem os fariseus chamaram para prestar depoimento sobre o jovem recém-curado? João 9:18 e 19.
Jo 9:18 e 19 — Os judeus, porém, não creram que ele tivesse sido cego, e que agora visse, enquanto não chamaram os pais do que agora via. 19 E perguntaram-lhes, dizendo: É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora?
“[Os fariseus] chamaram os pais do rapaz e perguntaram a eles: ‘É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego?’
“Ali estava o próprio homem declarando que havia sido cego e agora via, mas os fariseus preferiram negar a evidência dos próprios sentidos a admitir que estavam errados. Tão poderoso é o preconceito, tão distorcida é a justiça farisaica!” — Idem.
3D) Como somos alertados contra o mal devastador de ter uma opinião preconcebida? Provérbios 18:13.
Pv 18:13 — O que responde antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua.
“Há muitos que obrigam os ouvintes a crerem na sua própria interpretação, fazendo com que o pensamento pareça muito diferente da fala original da pessoa. Alguns, ouvindo através dos filtros dos próprios preconceitos ou predisposições, compreendem o assunto do jeito que querem, ou seja, da forma que melhor se encaixa aos seus objetivos.” — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 695.
4. ENFRENTANDO INTIMIDAÇÃO | Quarta-feira, 28 de maio
4A) De que modo os fariseus tentaram intimidar os pais do rapaz recém-curado, e como eles reagiram? João 9:20 e 21. Por que não responderam de forma direta, mas evasiva? João 9:22 e 23.
Jo 9:20 e 21 — Seus pais lhes responderam, e disseram: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego; 21 Mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe tenha aberto os olhos, não sabemos. Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo; e ele falará por si mesmo.
Jo 9:22 e 23 — Seus pais disseram isto, porque temiam os judeus. Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga. 23 Por isso é que seus pais disseram: Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo.
“Os fariseus tinham uma última esperança: intimidar os pais do homem. Com falsa sinceridade, eles perguntaram: ‘Como, então, ele agora enxerga?’ Os pais temiam se comprometer; pois havia sido declarado que quem reconhecesse Jesus como o Cristo seria ‘expulso da sinagoga’, ou seja, excluído por trinta dias. Durante esse tempo, a família do infrator não poderia levar menino algum para ser circuncidado nem realizar rituais fúnebres de algum familiar. A sentença era vista como grande calamidade. Além disso, se não produzisse arrependimento, uma penalidade muito pior se seguiria. O grande milagre trouxe convicção aos pais, mas eles responderam: ‘Sabemos que ele é nosso filho e nasceu cego, mas como ele agora consegue enxergar, não sabemos, nem conhecemos quem lhe abriu os olhos. É maior de idade; perguntem a ele, e ele mesmo dirá’. Assim, transferiram toda a responsabilidade para o filho, pois não se atreveram a confessar a Cristo.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 472 e 473.
4B) O que devemos ter em mente quando formos pressionados por ameaças e intimidações? Salmos 118:6.
Sl 118:6 — O Senhor está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem.
“Permaneça firme. Jamais cometa uma ação errada para evitar ser chamado de covarde. Não permita que deboches, ameaças ou comentários sarcásticos o levem a violar a consciência no mínimo que seja.” — Fundamentos da educação cristã, p. 93.
“O verdadeiro caráter cristão deve ser firme e determinado, que nem a Terra nem o inferno podem abalar. Quem se deixa seduzir pelas honras terrestres, que teme ameaças e cede às tentações, será, sem perceber, derrotado pelos artifícios de Satanás.” — Testemunhos para a igreja, vol. 4, pp. 543 e 544.
“Receberemos a mais feroz oposição dos adventistas que se opõem à Lei de Deus. Mas, semelhante aos construtores dos muros de Jerusalém, não devemos nos desviar ou ser impedidos de trabalhar devido a maus relatos, a mensageiros que desejam debater ou confrontar, a ameaças intimidatórias, à publicação de falsidades ou a qualquer outra armadilha que Satanás possa lançar.” — Ibidem, vol. 3, p. 574.
5. A HISTÓRIA SE REPETE | Quinta-feira, 29 de maio
5A) Descreva a cena que o povo que guarda os mandamentos de Deus terá de enfrentar. Como devemos reagir a isso? Apocalipse 12:17; Atos 4:18-20.
Ap 12:17 — E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.
At 4:18-20 — E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. 19 Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; 20 Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.
“À medida que a controvérsia se espalha para novos campos, e a atenção do povo se dirige à oprimida Lei de Deus, Satanás fica inquieto. O poder que acompanha a mensagem apenas enfurecerá os que se opõem a ela. Líderes religiosos farão esforços quase sobre-humanos para bloquear a luz com o objetivo de que não brilhe sobre os membros de suas igrejas. Por todos os meios tentarão impedir a discussão dessas questões vitais. A igreja apela ao braço forte do poder civil, e católicos e protestantes se unem nessa obra. À medida que o movimento pela imposição do domingo se torna mais ousado e decidido, as autoridades usarão a força da lei contra os guardadores dos mandamentos. Alguns serão ameaçados com multa e prisão, e a outros serão oferecidas posições de influência e outras recompensas e vantagens como incentivo para renunciarem à fé. Mas sua resposta firme é: ‘Mostrem-nos pela Palavra de Deus onde erramos’. Esse é o mesmo pedido que Lutero fez em circunstâncias semelhantes. Os que são acusados perante os tribunais fazem forte defesa da verdade, e alguns que os ouvem são levados a tomar posição para guardar todos os mandamentos de Deus. Desse modo, a luz alcançará milhares que de outra forma jamais conheceriam essas verdades.” — O grande conflito, p. 607.
5B) O que sempre devemos ter em mente ao enfrentar a oposição? João 9:39; Atos 4:33; Mateus 10:28.
Jo 9:39 — E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos.
At 4:33 — E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Mt 10:28 — E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
“Ameaças não podiam deter nem intimidar [os apóstolos].” — Atos dos apóstolos, p. 48.
PARA VOCÊ REFLETIR | Sexta-feira, 30 de maio
1. Como os líderes judeus viam os doentes e sofredores?
2. Quem e o que realmente curou o cego?
3. Por que os vizinhos do cego estavam confusos?
4. Que situação o jovem precisou enfrentar após sua cura?
5. Como preciso evitar cair na armadilha que pressionou os pais dele?