LIÇÃO 1

Jesus diante de Anás e Caifás

4º trimestre de 2025
Sábado, 04 de Outubro de 2025
“Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca” (Isaías 53:7).
“Cristo não falhou nem se desanimou, e Seus seguidores devem manifestar uma fé da mesma natureza perseverante. Devem viver como Ele viveu e trabalhar como Ele trabalhou, porque dependem dEle como o grande Obreiro-Mestre.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 679.
Estudo adicional: O Desejado de Todas as Nações, pp. 698-715 (capítulo 75: “Perante Anás e o tribunal de Caifás”).

Domingo, 28 de setembro | 1. DIANTE DAS AUTORIDADES JUDAICAS
1A) Após ser preso no Getsêmani, a quem Jesus foi levado com violência? João 18:12-14; Mateus 26:57.
Jo 18:12-14 — Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram. 13 E conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. 14 Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.
Mt 26:57 — E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.

“Anás era o chefe da família sacerdotal em exercício, e, por consideração à sua idade, era reconhecido pelo povo como sumo sacerdote. Seu conselho era considerado e seguido como se fosse a própria voz de Deus. Ele precisava ver Jesus primeiro, como prisioneiro do poder sacerdotal. Tinha de estar presente ao interrogatório do preso, com receio de que o inexperiente Caifás não conseguisse atingir o objetivo pelo qual estavam trabalhando. Sua astúcia, sagacidade e sutileza deveriam ser empregadas nessa ocasião.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 698.

1B) Quais discípulos acompanharam o julgamento de Cristo à distância? João 18:15.
Jo 18:15 — E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote.

“Após abandonarem o Mestre no jardim, dois dos discípulos ousaram seguir à distância a multidão que levava Jesus sob custódia. Esses discípulos eram Pedro e João. Os sacerdotes reconheceram João como um discípulo conhecido de Jesus e permitiram que ele entrasse no ambiente, esperando que, ao testemunhar a humilhação de seu Líder, ele rejeitasse a ideia de que alguém assim pudesse ser o Filho de Deus. João pediu em favor de Pedro e conseguiu também sua entrada.” — Ibidem, p. 710.

Segunda-feira, 29 de setembro | 2. PEDRO NEGA JESUS
2A) Onde Pedro se posicionou? João 18:16 e 18.
Jo 18:16 e 18 — E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro. [...] 18 Ora, estavam ali os servos e os servidores, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também.

“Alguns dos discípulos haviam ganhado coragem para entrar onde Jesus estava e testemunhar Seu julgamento. Esperavam que Ele manifestasse Seu poder divino, livrando-Se das mãos dos inimigos e punindo-os por sua crueldade. [...] Eles não conseguiam crer que Ele morreria. Ainda tinham esperança de que Ele Se erguesse em poder e, com Sua voz imponente, dispersasse aquela multidão sedenta de sangue, como havia feito ao entrar no templo e expulsar os que ali negociavam, os quais fugiram diante dEle como se perseguidos por soldados armados. Os discípulos ainda esperavam que Jesus manifestasse Seu poder e convencesse a todos de que era o Rei de Israel.” — Primeiros escritos, p. 171.
“As pessoas acenderam fogo no pátio, pois era a hora mais fria da noite, pouco antes do amanhecer. Um grupo se reuniu em volta do fogo, e Pedro, presunçosamente, tomou lugar entre eles. O discípulo não queria ser reconhecido como seguidor de Jesus. Misturando-se despreocupadamente com a multidão, esperava que o confundissem com um dos que haviam levado Jesus preso ao tribunal.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 710.

2B) Como Pedro negou seu Senhor? João 18:17, 25-27; Lucas 22:56-60.
Jo 18:17, 25-27 — Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou [...]25 E Simão Pedro estava ali, e aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou. 26 E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele? 27 E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.
Lc 22:56-60 — E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele. 57 Porém, ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço. 58 E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou. 59 E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu. 60 E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.

“Pedro seguiu seu Senhor após a traição. Estava ansioso para ver o que fariam com Jesus. Mas, ao ser acusado de ser um dos discípulos, o medo pela própria segurança o levou a declarar que não conhecia aquele Homem.” — Primeiros escritos, p. 169.
“Pedro não queria revelar seu verdadeiro caráter. Ao assumir um ar de indiferença, colocou-se no terreno do inimigo e se tornou presa fácil da tentação. Se tivesse sido chamado a lutar por seu Mestre, teria sido um soldado corajoso; mas, quando foi alvo do deboche, mostrou-se covarde. Muitos que não recuam diante de batalhas ativas pelo Senhor são levados a negar sua fé pela zombaria. Ao se associarem com pessoas que deveriam evitar, colocam-se no terreno da tentação. Convidam o inimigo a tentá-los, e acabam dizendo e fazendo coisas que, em outras circunstâncias, jamais fariam. O discípulo de Cristo que hoje esconde sua fé por medo de sofrimento ou reprovação, nega seu Senhor tão verdadeiramente quanto Pedro na sala de julgamento.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 712.

Terça-feira, 30 de setembro | 3. A CONVERSÃO DE PEDRO
3A) Após negar o Mestre pela terceira vez e ouvir o canto do galo, do que Pedro se lembrou, e o que fez? Mateus 26:75; Marcos 14:72.
Mt 26:75 — E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.
Mc 14:72 — E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E, retirando-se dali, chorou.

“Pedro mal havia acabado de proferir aqueles juramentos degradantes, e o canto estridente do galo ainda ecoava em seus ouvidos, quando o Salvador desviou o olhar dos juízes irados para encarar diretamente Seu pobre discípulo. Ao mesmo tempo, os olhos de Pedro também encontraram os do Mestre. Naquele semblante gentil o discípulo leu profunda compaixão e tristeza, e não encontrou ira alguma.
“A visão daquele rosto pálido e sofredor, dos lábios trêmulos, daquele olhar de misericórdia e perdão, atingiu sua alma como uma flecha. A consciência se despertou. A memória se ativou. Pedro recordou sua promessa de poucas horas antes, de que acompanharia o Senhor até a prisão e a morte. Lembrou-se de sua tristeza quando o Salvador lhe disse, no cenáculo, que naquela mesma noite O negaria três vezes. Pedro recém havia declarado que desconhecia Jesus, mas agora percebeu, com amarga dor, que seu Mestre é quem o conhecia de fato — e com que precisão havia lido sua alma, cuja falsidade ele mesmo ignorava.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 712 e 713.

3B) Para onde foi o discípulo humilhado? Qual foi a causa de seu grande pecado? Lucas 22:62.
Lc 22:62 — E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.

“[Pedro] continuou em solidão e trevas, sem saber nem se importar para onde ia. Por fim, deu-se conta de que estava no Getsêmani. A cena de algumas horas antes lhe veio claramente à lembrança. O rosto sofredor de seu Mestre, manchado de suor misturado com sangue e convulsionado pela angústia, surgiu diante dele. Lembrou-se, com amargo remorso, de que Jesus havia chorado e agonizado sozinho em oração, enquanto aqueles que deveriam ter unido forças com Ele naquela hora de prova estavam dormindo. [...]
“Foi por ter dormido, quando Jesus lhe pediu que vigiasse e orasse, que Pedro preparou o caminho para seu grande pecado. Todos os discípulos, ao dormirem naquela hora crítica, sofreram grande perda. Cristo sabia da ardente provação pela qual passariam. Sabia como Satanás atuaria para lhes paralisar os sentidos a fim de que continuassem despreparados para a prova. Por isso lhes deu a advertência. Se aquelas horas no jardim tivessem sido aproveitadas em vigília e oração, Pedro não teria ficado sob o controle de sua própria fraqueza. Não teria negado seu Senhor.” — Ibidem, pp. 713 e 714.

Quarta-feira, 1º de outubro | 4. O INTERROGATÓRIO DE CRISTO
4A) Que pergunta Anás dirigiu a Jesus? João 18:19.
Jo 18:19 — E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.

“Se fosse condenado por ter criado uma revolta, isso garantiria [a Jesus] a sentença de morte pelos romanos. A segunda acusação foi a que Anás tentou estabelecer primeiro. Questionou Jesus acerca de Seus discípulos e de Suas doutrinas, esperando que o prisioneiro dissesse algo que lhe desse margem para agir. Esperava extrair alguma declaração que provasse que o Preso estava tentando fundar uma sociedade secreta visando estabelecer um novo reino. Assim, os sacerdotes poderiam entregá-lO aos romanos como perturbador da paz e criador de revoluções.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 699.

4B) Relate a prova de paciência que Jesus suportou. João 18:20-23; Isaías 53:7.
Jo 18:20-23 — Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto. 21 Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito. 22 E, tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? 23 Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres?
Is 53:7 — Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.

“A resposta [de Jesus] acabou silenciando Anás. [...] Um de seus oficiais, tomado de ira ao ver Anás calado, bateu no rosto de Jesus, dizendo: ‘Assim respondes ao sumo sacerdote?’ [...]
“[Cristo] não proferiu palavras duras de retaliação. Sua resposta calma partiu de um coração sem pecado, paciente e manso, que não podia ser provocado.
“Jesus sofreu profundamente sob os abusos e insultos. Ele sofreu todo tipo de indignidade às mãos dos seres que Ele mesmo havia criado, e por quem estava fazendo um sacrifício infinito. Além do mais, sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade e ao ódio que tinha contra o pecado. Seu julgamento da parte de homens que agiam como demônios era para Ele uma tortura contínua. Estar cercado por seres humanos sob o controle de Satanás era-Lhe revoltante. E Ele sabia que, num momento, com a manifestação de Seu poder divino, poderia lançar Seus cruéis carrascos por terra. Isso tornava a prova ainda mais difícil de suportar.
“Os judeus esperavam um Messias que se revelasse com demonstração exterior. Esperavam que, com um ato de vontade contra o qual seria impossível resistir, Ele mudasse o curso dos pensamentos humanos e os forçasse a reconhecer Sua supremacia. Criam que Ele obteria desse modo Sua exaltação e satisfaria as ambições deles. Por isso, quando Cristo foi tratado com desprezo, surgiu nEle uma forte tentação para manifestar Seu caráter divino. Com uma só palavra, com um simples olhar, poderia forçar Seus perseguidores a confessarem que Ele era Senhor acima de reis e governantes, sacerdotes e templo. Mas Sua difícil tarefa era manter a posição que tinha escolhido como sendo um de nós.” — Ibidem, p. 700.

Quinta-feira, 2 de outubro | 5. CONDENADO POR SE IDENTIFICAR
5A) Não encontrando evidência conclusiva para condenar Jesus, que pergunta Caifás fez ao Salvador? Mateus 26:63.
Mt 26:63 — Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.

5B) Qual foi a resposta de Cristo a Caifás, e como essa resposta foi usada como suposta evidência contra Ele? Mateus 26:64-66.
Mt 26:64-66 — Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. 65 Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia. 66 Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.

“Por fim, Caifás, erguendo a mão direita ao Céu, dirigiu-se a Jesus sob a forma de um juramento solene: ‘Conjuro-Te pelo Deus vivo, que nos digas se Tu és o Cristo, o Filho de Deus’.
“Cristo não poderia permanecer em silêncio diante desse apelo. Há tempo de estar calado e tempo de falar. Ele não havia dito nada até ser diretamente questionado. Sabia que, ao responder agora, garantiria Sua própria condenação à morte. Mas o apelo havia sido feito pela mais alta autoridade reconhecida da nação, e em nome do Altíssimo. Cristo não deixaria de demonstrar o devido respeito pela Lei. Mais do que isso, Sua própria relação com o Pai estava sendo questionada. Ele precisava afirmar com clareza Seu caráter e missão. Jesus tinha dito a Seus discípulos: ‘Portanto, qualquer que Me confessar diante dos homens, Eu o confessarei também diante de Meu Pai, que está nos Céus’ (Mateus 10:32). Agora, por Seu próprio exemplo, repetia essa lição.
“Todos os ouvidos se inclinavam para ouvir, e todos os olhos estavam fixos em Seu rosto quando respondeu: ‘Tu o disseste’. Uma luz celestial parecia iluminar Seu semblante pálido quando acrescentou: ‘Digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu’.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 706 e 707.

Sexta-feira, 3 de outubro | PARA VOCÊ REFLETIR
1. Que tentações devo resistir para evitar negar meu Senhor?
2. Que pecado eu cometerei se esconder minha fé?
3. Compreendo, assim como Pedro, o significado do verdadeiro arrependimento?
4. Relate o diálogo entre Anás e Jesus.
5. Que profecia estava inclusa na resposta de Cristo a Caifás?



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