As mãos de Moisés, porém, ficaram cansadas. Por isso, pegaram uma pedra e puseram-na debaixo dele para que se sentasse. Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, cada um de um lado. Então as suas mãos ficaram firmes até o pôr do sol (Êxodo 17:12).
Feliz o pastor que tem fiéis como Arão e Hur para fortalecer suas mãos quando se tornam cansadas, e sustentá-las por meio de fé e oração. Tal apoio é uma ajuda poderosa aos servos de Cristo em Sua obra, e com frequência fará a causa da verdade triunfar gloriosamente. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 531.
Estudo adicional: Patriarcas e profetas, pp. 297-300 (capítulo 26: “Do Mar Vermelho ao Sinai”).
Domingo, 1º de março - 1. O POVO RECLAMA MAIS UMA VEZ
1A) Como os filhos de Israel murmuraram contra Moisés quando chegaram a Refidim? Por quê? Êxodo 17:1-3.
Ex 17:1-3 — Toda a comunidade dos israelitas partiu do deserto de Sim, avançando aos poucos, conforme instrução do Senhor. E acamparam em Refidim, mas ali não havia água para o povo beber. 2 Então o povo começou a discutir com Moisés, dizendo: Dá-nos água para beber. Moisés lhes respondeu: Por que discutis comigo? Por que colocais o Senhor à prova? 3 Mas o povo, sentindo sede, murmurou contra Moisés, questionando: Por que nos fizeste sair do Egito? Para nos matar de sede junto com nossos filhos e nosso gado?
O Senhor guiou-lhes a rota para onde não havia água, a fim de prová-los e ver se, depois de receber tantas evidências de Seu poder, tinham aprendido a buscá-lO em suas aflições, e se arrependido de suas anteriores queixas rebeldes contra Ele. Haviam acusado a Moisés e Arão de terem ambições egoístas ao tirá-los do Egito a fim de matar a eles e a seus filhos de fome para, então, se aproveitarem de suas posses. Assim fazendo, os israelitas atribuíam ao homem aquilo que haviam recebido como sendo irrefutáveis evidências vindas unicamente de Deus, cujo poder é ilimitado. Essas maravilhosas manifestações do poder divino deveriam ter sido atribuídas somente a Ele, e Seu nome, glorificado sobre a Terra. [...] Se não glorificavam a Deus em suas provações e sofrimentos, em suas viagens através do deserto para Canaã, enquanto Deus lhes dava constantes e irrefutáveis evidências de Seu poder, glória e cuidado, não Lhe engrandeceriam o nome nem O glorificariam quando se estabelecessem na terra de Canaã, cercados de bênçãos e prosperidade. — Testemunhos para a igreja, vol. 2, p. 107.
Segunda-feira, 2 de março - 2. DEUS PROVÊ
2A) O que Moisés fez após ouvir as reclamações deles? Êxodo 17:4; Jeremias 29:12.
Ex 17:4 — Então Moisés clamou ao Senhor: Que farei com este povo? Daqui a pouco me apedrejarão!
Jr 29:12 — Então Me invocareis e vireis orar a Mim, e Eu vos ouvirei.
O Senhor diz: “Invoca-Me no dia da angústia” (Salmos 50:15). Convida-nos a Lhe expormos nossas perplexidades e carências, e nossa necessidade de auxílio divino. Incentiva-nos a perseverar na oração. Logo que surjam dificuldades, devemos apresentar-Lhe nossas petições sinceras e fervorosas. Pelas orações insistentes demonstramos nossa forte confiança em Deus. O senso de nossa necessidade nos induz a orar com fervor, e nosso Pai celestial é tocado por nossas súplicas. — Parábolas de Jesus, p. 172.
2B) A que lugar e com quais instruções específicas Deus enviou Moisés em busca de água? Como a água foi miraculosamente fornecida? Êxodo 17:5 e 6.
Ex 17:5 e 6 — Então o Senhor disse a Moisés: Passa adiante do povo e leva contigo alguns dos anciãos de Israel. Leva na mão a vara com que feriste o rio e vai em frente. 6 Ali estarei diante de ti sobre a rocha, no Horebe. Bate na rocha, e dela sairá água para que o povo possa beber. E assim fez Moisés diante dos anciãos de Israel.
Com angústia, clamou Moisés ao Senhor: “Que farei a este povo?” Recebeu a ordem de tomar os anciãos de Israel e a vara com que tinha operado prodígios no Egito, e se apresentar diante do povo. E o Senhor lhe disse: “Ali estarei diante de ti sobre a rocha, no Horebe. Bate na rocha, e dela sairá água para que o povo possa beber.” Ele obedeceu, e as águas irromperam como um riacho vivo que supriu abundantemente o acampamento. Em vez de mandar Moisés erguer a vara e invocar alguma praga terrível, semelhante às que caíram no Egito, sobre os líderes daquela queixa incrédula, o Senhor, em Sua grande misericórdia, fez da vara o meio para operar o livramento do povo. — Patriarcas e profetas, p. 298.
2C) Que outros nomes Moisés deu àquele lugar, e por que ele o rebatizou? Êxodo 17:7.
Ex 17:7 — E deu ao lugar o nome de Massá e Meribá, por causa da discussão com os israelitas e porque eles colocaram o Senhor à prova, questionando: O Senhor está ou não no meio de nós?
Em sua sede, o povo havia tentado a Deus, dizendo: “O Senhor está ou não no meio de nós?” “Se Deus nos trouxe aqui, por que não nos dá água assim como nos deu pão?” A incredulidade de tal modo manifestada era criminosa, e Moisés temeu que os castigos de Deus caíssem sobre eles. Por isso, chamou aquele lugar pelo nome de Massá, “tentação”, e Meribá, “contenda”, em lembrança de seu pecado. — Idem.
Terça-feira, 3 de março - 3. SÍMBOLOS DE CRISTO
3A) Quem é simbolizado pela rocha ferida? 1 Coríntios 10:4.
1Co 10:4 — E todos beberam da mesma bebida espiritual, porque bebiam da rocha espiritual que os acompanhava; e essa rocha era Cristo.
Moisés feriu a rocha, mas era o Filho de Deus que, oculto pela coluna de nuvem, estava ao lado de Moisés e fez jorrar a água doadora de vida. Não apenas Moisés e os anciãos, mas toda a congregação que permanecia à distância viram a glória do Senhor; no entanto, se a nuvem fosse removida, teriam sido mortos pelo terrível fulgor dAquele que nela habitava. — Patriarcas e profetas, p. 298.
3B) Em que outro sentido Jesus é chamado de rocha? Salmos 94:22; Marcos 12:10.
Sl 94:22 — Mas o Senhor tem sido meu alto refúgio e meu Deus, a rocha onde me refugio.
Mc 12:10 — Nunca lestes esta Escritura: A pedra que os construtores rejeitaram, tornou-se a pedra angular?
Com infinita sabedoria, Deus escolheu a pedra fundamental, e Ele mesmo a colocou. Chamou-a de “firme fundamento” (Isaías 33:6, Nova Versão Internacional). O mundo inteiro pode depositar sobre ela seus fardos e pesares; ela suporta tudo. Podem construir sobre ela com perfeita segurança. Cristo é uma “pedra já provada” (Isaías 28:16). Nunca decepciona aqueles que nEle confiam. Suportou todas as provas. Resistiu ao peso da culpa de Adão e dos seus descendentes, e saiu mais que vencedor dos poderes do mal. Tem suportado os fardos sobre Ele depositados por todo pecador arrependido. Em Cristo, o coração culpado encontra alívio. Ele é o firme fundamento. Todos quantos fazem dEle sua confiança, descansam em segurança perfeita. [...]
E pela ligação com Cristo, a Pedra Viva, todos quantos edificam sobre esse fundamento se tornam pedras vivas. Muitas pessoas são lavradas, polidas e embelezadas por seus próprios esforços; não podem, no entanto, tornar-se “pedras vivas” porque não estão ligadas a Cristo. Sem essa ligação, homem algum pode ser salvo. Sem a vida de Cristo em nós, não podemos resistir às tempestades das tentações. — O Desejado de Todas as Nações, pp. 598 e 599.
3C) O que é simbolizado pela água que fluiu da rocha ferida? João 4:10-14; João 7:37-39.
Jo 4:10-14 — Jesus lhe respondeu: Se conhecesses o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me um pouco de água, tu Lhe pedirias e Ele te daria água viva. 11 E a mulher lhe disse: Senhor, Tu não tens com que tirar a água, e o poço é fundo; onde, pois, tens essa água viva? 12 Por acaso és maior que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, assim como também seus filhos e seu gado? 13 Jesus respondeu: Quem beber desta água voltará a ter sede; 14 mas quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.
Jo 7:37-39 — No último dia da festa, o dia mais importante, Jesus Se colocou em pé e exclamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. 38 Como diz a Escritura, rios de água viva correrão do interior de quem crê em Mim. 39 Ele disse isso referindo-Se ao Espírito que os que nEle cressem haveriam de receber; porque o Espírito ainda não havia sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado.
Quem bebe da água viva se torna uma fonte de vida. O receptor se torna um doador. A graça de Cristo na alma é como uma fonte no deserto, brotando para refrigerar a todos, e fazendo com que aqueles que estão prestes a perecer estejam ansiosos para beber da água da vida. — O Desejado de Todas as Nações, p. 195.
Quarta-feira, 4 de março - 4. A BATALHA CONTRA AMALEQUE
4A) Em seguida, que perigo ameaçou o povo de Israel? Êxodo 17:8.
Ex 17:8 — Então os amalequitas vieram e atacaram Israel em Refidim.
Por causa da desobediência de Israel e de seu afastamento de Deus, foi-lhes permitido sofrer adversidades e chegar a situações angustiantes; foi permitido que seus inimigos os enfrentassem a fim de humilhá-los e levá-los a buscarem a Deus quando perturbados e perplexos. “Então os amalequitas vieram e atacaram Israel em Refidim” (Êxodo 17:8). Isso aconteceu imediatamente após os filhos de Israel terem se queixado e feito acusações injustas e irrazoáveis contra os líderes que Deus havia apontado e capacitado para conduzi-los através do deserto à terra de Canaã. — Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 106 e 107.
4B) Como Deus derrotou os amalequitas? Êxodo 17:9-12.
Ex 17:9-12 — E Moisés disse a Josué: Escolhe alguns homens e sai para enfrentar os amalequitas. Amanhã estarei no alto da colina, com a vara de Deus na mão. 10 Josué fez como Moisés lhe havia falado e lutou contra os amalequitas; e Moisés, Arão e Hur subiram ao alto da colina. 11 E acontecia que, quando Moisés levantava as mãos, Israel vencia; mas quando ele abaixava as mãos, os amalequitas venciam. 12 As mãos de Moisés, porém, ficaram cansadas. Por isso, pegaram uma pedra e puseram-na debaixo dele para que se sentasse. Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, cada um de um lado. Então as suas mãos ficaram firmes até o pôr do sol.
Quando os amalequitas vieram atacar o acampamento de Israel no deserto, Moisés sabia que o seu povo não estava preparado para o confronto. Enviou Josué com um grupo de soldados ao encontro do inimigo, enquanto ele mesmo, com Arão e Hur, tomaram posição sobre uma colina de onde podiam ver o campo de batalha. Ali, o homem de Deus apresentou o caso ao Único que era capaz de lhes dar a vitória. Com as mãos erguidas ao Céu, Moisés orou fervorosamente pela vitória do exército de Israel. Observou-se que, enquanto suas mãos estavam erguidas, Israel tinha vantagem contra o inimigo, mas quando ele as abaixava devido ao cansaço, Amaleque prevalecia. Arão e Hur ergueram as mãos de Moisés até que a vitória, plena e completa, foi decidida para o lado de Israel, e seus inimigos foram expulsos do campo.
Esse exemplo deve ser uma lição para todo o Israel até o fim do tempo, de que Deus é a força de Seu povo. Quando Israel triunfava, era porque Moisés estava erguendo as mãos ao Céu, intercedendo em favor deles; assim, quando todo o Israel de Deus vence, é pelo fato de o Todo-Poderoso ter assumido o seu caso e lutado as suas batalhas por eles. Moisés não pediu nem acreditou que Deus derrotasse seus inimigos enquanto Israel permanecesse inativo. Dispôs todas as suas forças e as enviou tão bem preparadas quanto suas condições permitiam, e em seguida levou todo o assunto a Deus em oração. Moisés sobre a montanha está pleiteando com Deus, enquanto Josué, com seus corajosos seguidores, está embaixo, fazendo o seu melhor para enfrentar e expulsar os inimigos de Israel e de Deus. — Ibidem, vol. 4, pp. 530 e 531.
Quinta-feira, 5 de março - 5. AMALEQUE É VENCIDO
5A) Depois que os amalequitas foram derrotados, que sentença foi pronunciada contra eles? Êxodo 17:14; Deuteronômio 25:17-19.
Ex 17:14 — Então o Senhor disse a Moisés: Escreve isto para memorial num livro e confirma a Josué que apagarei totalmente a lembrança de Amaleque de debaixo do Céu.
Dt 25:17-19 — Lembra-te do que Amaleque te fez no caminho, quando saías do Egito; 18 como foi ao teu encontro no caminho e matou na tua retaguarda todos os fracos que seguiam mais atrás, quando estavas cansado e desgastado; e não temeu a Deus. 19 Portanto, quando o Senhor, teu Deus, te der descanso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança para possuir, apagarás a lembrança de Amaleque de debaixo do Céu. Não te esqueças disso.
Os prodígios operados por Moisés diante dos egípcios foram motivo de zombaria para o povo de Amaleque, e eles ridicularizaram os temores das nações ao redor. Fizeram juramento, pelos seus deuses, de que destruiriam os hebreus, de modo que nem um escapasse, e vangloriavam-se de que o Deus de Israel seria impotente para lhes resistir. Não tinham sido ofendidos ou ameaçados pelos israelitas. Seu ataque não foi motivado por qualquer provocação. Foi para manifestar seu ódio e rebeldia contra Deus que procuraram destruir Seu povo. [...] Quando os homens de Amaleque atacaram as cansadas e indefesas fileiras de Israel, selaram a sorte de sua nação. O cuidado de Deus está sobre os mais fracos de Seus filhos. Ato algum de crueldade ou opressão para com eles deixa de ser notado pelo Céu. Sobre todos aqueles que O amam e temem, Sua mão se estende como um abrigo; cuidem os homens para não ferirem essa mão, pois ela maneja a espada da justiça. — Patriarcas e profetas, p. 300.
5B) Hoje, do que deveríamos nos lembrar quando somos perseguidos de maneira semelhante à de Israel pelos amalequitas? Mateus 5:11 e 12. Como Deus considera os que perseguem seus próprios irmãos?
Mt 5:11 e 12 — Bem-aventurados sois, quando vos insultarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa. 12 Alegrai-vos e exultai, pois a vossa recompensa no Céu é grande; porque assim perseguiram os profetas que viveram antes de vós.
Se Deus assim puniu a crueldade de uma nação pagã, como considerará os que, professando ser Seu povo, farão guerra aos próprios irmãos que são obreiros desgastados e cansados em Sua causa? — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 245.
Sexta-feira, 6 de março - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Como a prova e a adversidade são um teste para nós hoje, como foram para os israelitas?
2. Quando oramos fervorosamente em situações difíceis, o que isso revela?
3. Qual é o segredo para nos tornarmos uma pedra viva?
4. Às vezes, qual é a causa de sermos levados a situações difíceis?
5. Que pecado selou a desgraça de Amaleque? Como, às vezes, somos culpados da mesma maldade?