“O amor jamais acaba” (1 Coríntios 13:8, Nova Almeida Atualizada).
Nunca devemos passar por uma alma sofredora sem procurar transmitir a ela o consolo com o qual somos consolados por Deus. — O Desejado de Todas as Nações, p. 505.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 133-136 (capítulo 18: “O verdadeiro amor”).
Domingo, 11 de setembro - 1. UMA MOTIVAÇÃO PODEROSA
1A) O que o mordomo cristão pode aprender com a motivação do apóstolo Paulo? 1 Coríntios 9:16-19; 2 Coríntios 5:14 e 15.
1Co 9:16-19 — Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! 17 E, por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada. 18 Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo, para não abusar do meu poder no evangelho. 19 Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais.
2Co 5:14 e 15 — Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram. 15 E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.
1B) Por outro lado, que exortações a Bíblia dá para nos motivar? 1 Pedro 1:22 e 23.
1Pe 1:22 e 23 — Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro; 23 sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.
“Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós” [Mateus 7:12]. Resultados benditos surgiriam como fruto dessa atitude. “Com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo” [Lucas 6:38]. Aqui estão fortes motivos que devem nos constranger a amar os outros com um coração puro, fervoroso. Cristo é nosso exemplo. Ele andou fazendo o bem. Viveu para abençoar os outros. O amor embelezava e enobrecia todos os Seus atos. A ordem que recebemos não é para fazer a nós mesmos o que gostaríamos que outros nos fizessem; pelo contrário, devemos fazer a outros o que gostaríamos que eles nos fizessem em circunstâncias semelhantes. A medida com que medimos é sempre a medida com que também nos medirão. O amor puro é simples em suas atuações e difere de qualquer outro princípio de ação. O amor à influência e o desejo de ser estimado por outros podem produzir uma vida bem ordenada e, muitas vezes, uma fala irrepreensível. O respeito próprio pode nos induzir a evitar a aparência do mal. Um coração egoísta pode praticar atos generosos, reconhecer a verdade presente e até expressar humildade e afeição de maneira externa, mas os motivos podem ser enganosos e impuros. As ações que fluem de tal coração não têm o sabor da vida nem os frutos da verdadeira santidade, o que as deixa destituídas dos princípios do amor puro. O amor deve ser nutrido e cultivado, pois sua influência é divina. — Testemunhos para a igreja, vol. 2, p. 136. [Itálicos no texto original.]
Segunda-feira, 12 de setembro - 2. O FRUTO DO AMOR
2A) Como o amor altruísta de Paulo deu frutos nas circunstâncias mais desagradáveis? Filipenses 1:12-14; Filipenses 2:15-17.
Fp 1:12-14 — E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho. 13 De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares; 14 e muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a Palavra mais confiadamente, sem temor.
Fp 2:15-17 — Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; 16 retendo a Palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão. 17 E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
Não foram os sermões de Paulo, mas suas algemas, que atraíram a atenção da corte para o cristianismo. Foi como prisioneiro que ele partiu as correntes que prendiam tantas almas na escravidão do pecado. Mas isso não era tudo. Ele declarou: “Muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a Palavra mais confiadamente, sem temor” (Filipenses 1:14).
A paciência e a alegria de Paulo durante a longa e injusta prisão, assim como sua coragem e fé, eram um sermão constante. Sua índole, tão diferente da do mundo, deu testemunho de que um poder superior ao da Terra estava nele. Por seu exemplo, os cristãos foram estimulados à maior energia como defensores da causa dos trabalhos públicos, dos quais Paulo havia sido retirado. Dessa maneira, as algemas do apóstolo eram influentes, de modo que, quando seu poder e utilidade pareciam eliminados, e aparentemente só pudesse realizar o mínimo, foi quando reuniu conversos para Cristo em campos dos quais parecia totalmente excluído. — Atos dos apóstolos, p. 464.
2B) Como cada um de nós pode ser inspirado e fortalecido pela coragem de Paulo? 2 Coríntios 4:5-10; 2 Coríntios 11:24-28.
2Co 4:5-10 — Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; 9 perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos.
2Co 11:24-28 — Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; 25 três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; 26 em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; 27 em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez. 28 Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.
A paciência, assim como a coragem, tem suas vitórias. Pode-se ganhar almas para Cristo tanto pela paciência sob provação quanto pela ousadia ao empreender. O cristão que manifesta paciência e otimismo sob privação e sofrimento, que enfrenta até a própria morte com a paz e a calma de uma fé inabalável, pode realizar pelo evangelho mais do que poderia ter feito por uma longa vida de trabalho fiel. Muitas vezes, quando o servo de Deus é retirado do serviço ativo, a misteriosa providência que nossa curta visão lamentaria é destinada por Deus a realizar uma obra que de outra forma jamais teria sido feita.
Quando não é mais possível trabalhar aberta e ativamente por Deus e Sua verdade, não pense o seguidor de Cristo que não há serviço a prestar nem recompensa a garantir. As verdadeiras testemunhas de Cristo nunca são desprezadas. Na saúde e na doença, na vida e na morte, Deus ainda as usa. — Atos dos apóstolos, p. 465.
Terça-feira, 13 de setembro - 3. AMOR VITORIOSO
3A) Como o mordomo cristão pode vencer palavras e atitudes erradas? Tiago 3:2, 10-12; Ezequiel 36:25 e 26.
Tg 3:2, 10-12 — Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo. [...] 10 de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. 11 Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? 12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.
Ez 36:25 e 26 — Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. 26 E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.
O cultivo mais cuidadoso das conveniências e cortesias externas da vida não tem poder suficiente para eliminar toda irritação, crítica cortante e linguagem imprópria. A sincera benevolência deve habitar no coração. O amor concede graça, correção e gracioso comportamento a quem o possui. O amor ilumina o rosto e controla a voz; refina e eleva o ser humano por inteiro. Ele o coloca em harmonia com Deus, pois é um atributo celestial. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, pp. 559 e 560.
3B) Que experiências podem nos ensinar o poder infalível do amor? 2 Coríntios 8:1-5; 1 João 5:1-4.
2Co 8:1-5 — Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. 2 No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. 3 Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria 4 eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. 5 E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus. [Nova Versão Internacional.]
1Jo 5:1-4 — Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus, e todo aquele que ama o Pai ama também ao que dEle foi gerado. 2 Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a Deus e obedecendo aos Seus mandamentos. 3 Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos Seus mandamentos. E os Seus mandamentos não são pesados. 4 O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. [Nova Versão Internacional.]
A oposição que enfrentamos pode ser de muitas formas uma bênção para nós. Se o cristão a suportar adequadamente, desenvolverá virtudes que nunca teriam surgido se ele não tivesse nada a enfrentar. Assim, fé, paciência, tolerância, mentalidade celestial, confiança na Providência e sincera empatia para com os que erram são os frutos de provações bem suportadas. Essas são as graças do Espírito que brotam, florescem e dão frutos em meio a provações e adversidades. Mansidão, humildade e amor sempre crescem na árvore cristã. Se um coração bom e honesto receber a Palavra, a alma rebelde será dominada, e a fé, agarrando-se às promessas e confiando em Jesus, será triunfante. “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” [1 João 5:4]. — The Review and Herald, 28 de junho de 1892.
Decepções inesperadas virão. Jesus muitas vezes Se entristece com a dureza de coração das pessoas, e você passará por experiências semelhantes. Suas orações, lágrimas e súplicas talvez não despertem uma resposta. Os corações estão mortos em ofensas e pecados. Parece não haver arrependimento, mas só indiferença e oposição, e por parte de alguns, até desprezo, quando se espera uma vitória certa. Entretanto, você não deve afrouxar os esforços. Se um se recusar, procure outro. Tenha fé que o Consolador efetuará a obra que a você é impossível cumprir. Tenha fé em todas as benditas promessas que Cristo lhe deu. Trabalhe com amor e coragem invencíveis, pois você tem de fazer isso se quiser obter sucesso. “Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” [Gálatas 6:9]. — The Signs of the Times, 30 de novembro de 1891.
Quarta-feira, 14 de setembro - 4. AMOR DURADOURO
4A) O que existe de único na planta do amor? 1 Coríntios 13:8 (primeira parte).
1Co 13:8 [p. p.] — A caridade nunca falha [...].
Devemos entender que nosso próximo é a aquisição do sangue de Cristo. Se tivermos esse amor uns pelos outros, cresceremos em amor a Deus e à verdade. Nosso coração dói ao ver que em nosso meio se nutre tão pouco amor. Ele é uma planta de origem celestial e, se quisermos que floresça em nosso coração, devemos cultivá-lo diariamente. Mansidão, benignidade, longanimidade, ser pouco sensível à provocação, suportar todas as provas, resistir a todas as adversidades — esses são os frutos da preciosa árvore do amor. — The Review and Herald, 5 de junho de 1888.
À luz do Calvário se verá que a lei do amor altruísta é a lei da vida para a Terra e o Céu; que o amor que “não busca os seus interesses” nasce no coração de Deus; e que na pessoa mansa e humilde se manifesta o caráter dAquele que habita na luz inacessível a qualquer ser humano. — O Desejado de Todas as Nações, p. 20.
4B) O que deve encorajar o mordomo cristão a trabalhar pelas pessoas que o sangue de Cristo adquiriu? Gálatas 5:1.
Gl 5:1 — Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.
[Na escola da eternidade] todos os que trabalharam com altruísmo receberão o fruto do próprio trabalho. Ali se observará a atuação de todo princípio correto e ação nobre. Podemos constatar algo disso aqui. Contudo, nesta vida, o praticante vê muito pouco do resultado da mais nobre obra! Quantos trabalham altruisticamente e de modo incansável por aqueles que andam além de seu alcance e conhecimento! [...] Assim, concedem-se os dons, suportam-se os fardos e realiza-se a obra. Os humanos espalham a semente da qual outros, andando sobre suas sepulturas, obtêm benditas colheitas. Plantam árvores para que outros comam do fruto delas. Estão felizes aqui por saber que iniciaram operações para a eternidade. O futuro revelará a ação e a reação de todos esses agentes.
Mantém-se no Céu um registro de toda dádiva divina que levou os humanos ao esforço altruísta. Traçar isso em amplas linhas, contemplar aqueles a quem nossos esforços enalteceram e enobreceram, e observar na história deles a atuação de verdadeiros princípios — esse será um dos estudos e recompensas da escola celestial. — Educação, pp. 305 e 306.
Quinta-feira, 15 de setembro - 5. O VÍNCULO DA PERFEIÇÃO
5A) Por que o amor é necessário para o aperfeiçoamento do caráter cristão? Colossenses 3:14; 1 João 4:7-12.
Cl 3:14 — E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição.
1Jo 4:7-12 — Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade. 9 Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. 10 Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. 11 Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. 12 Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a Sua caridade.
Em nossa vida terrena, ainda que restrita ao pecado, a maior alegria e a mais elevada educação se encontram no serviço. E no futuro estado, livres das limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação — testemunhando (e aprendendo novamente sempre que assim o fizermos) “as riquezas da glória deste mistério”, “que é Cristo em vós, a esperança da glória” (Colossenses 1:27). — Educação, p. 309.
5B) Qual é o maior exemplo de amor infalível que brilhará por toda a eternidade? Zacarias 13:6.
Zc 13:6 — E, se alguém Lhe disser: Que feridas são essas nas Tuas mãos?, dirá Ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos Meus amigos.
Nosso Redentor sempre levará as marcas da crucifixão. Sobre a cabeça ferida, na lateral, nas mãos e nos pés estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado realizou. Diz o profeta, contemplando Cristo em Sua glória: “Raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força” (Habacuque 3:4). Na lateral perfurada, de onde fluía a corrente carmesim que reconciliou o homem com Deus — ali está a glória do Salvador, onde fica “o esconderijo de Seu poder”. “Poderoso para salvar” (Isaías 63:1), por meio do sacrifício da redenção, Ele foi, portanto, forte para executar justiça sobre aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus. As cicatrizes da humilhação são Sua maior honra; pelas eras eternas as feridas do Calvário manifestarão Seu louvor e declararão Seu poder. — O grande conflito, p. 674.
Sexta-feira, 16 de setembro - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Como o mordomo cristão deve entender Mateus 7:12?
2. Que resultados o amor pode alcançar, mesmo em meio às dificuldades?
3. Como podemos nos beneficiar com as provações?
4. Por que o serviço amoroso nunca se perde?
5. Onde se encontra a maior alegria da vida e a mais elevada educação?