“Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus” (Salmo 10:4).
Que seu espírito seja purificado de toda mundanidade, de todos os pensamentos profanos e cruéis. Que suas palavras sejam limpas, santificadas, vivificando e revigorando todos com quem você entra em contato. Não se deixe provocar facilmente. — Nossa alta vocação, p. 174.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 707-709 (capítulo 81: “Responsabilidade pela luz recebida”).
Domingo, 4 de setembro - 1. DESENVOLVENDO NOBRES QUALIDADES
1A) O que deve caracterizar nossa conduta para com todos, e o que pode nos ajudar a manter tal atitude? 1 Tessalonicenses 5:14, 15 e 23; 1 Coríntios 9:25.
1Ts 5:14, 15 e 23 — Rogamo-vos também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais pacientes para com todos. 15 Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui, sempre, o bem, tanto uns para com os outros como para com todos. [...] 23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
1Co 9:25 — E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.
1B) Como o progresso na vida do mordomo cristão se torna perceptível, e por que meios ele pode alcançá-lo? Colossenses 3:8-10 e 13; Tiago 3:17 e 18.
Cl 3:8-10 e 13 — Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. 9 Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, 10 e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem dAquele que o criou; [...] 13 suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
Tg 3:17 e 18 — Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. 18 Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.
Quando você enfrentar pequenas dificuldades que parecem difíceis, pense em Jesus, o querido Salvador, no quanto Ele sofreu e suportou para salvar pecadores mortais. — Manuscript Releases, vol. 3, p. 124.
Você será mal interpretado. Deixe com Deus os erros que você pensa existir. Seja tratável e não facilmente provocado. Não diga palavras raivosas devido a algo que você ouviu. Isso prejudica sua influência. Que a graça de Deus o ajude a ser paciente. — Manuscript Releases, vol. 19, p. 149.
Não devemos nutrir o que é falsamente chamado de amor, que nos levaria a amar o pecado e estimar pecadores, mas devemos nutrir a caridade e a sabedoria bíblicas, que são primeiro puras, depois pacíficas, tratáveis, cheias de misericórdia e bons frutos. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 558.
Segunda-feira, 5 de setembro - 2. MORDOMOS NO LAR E NA COMUNIDADE
2A) Que princípios devem se combinar no preparo de nossos filhos? Salmo 85:10.
Sl 85:10 — A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.
A desobediência e a rebelião devem ser punidas, mas lembre-se de que a punição deve ser aplicada no espírito de Cristo. Exija obediência, mas nunca com uma tempestade de palavras raivosas, e sim com firmeza e bondade. E quando chamado a disciplinar um filho, lembre-se de sua própria relação com o Pai celestial. Você anda perfeitamente diante dEle? Você não é rebelde e desobediente? Você não O entristece com regularidade? Apesar disso, Ele trata você com raiva? Lembre-se também de que é de você que seus filhos receberam as tendências para o mal. Lembre-se de quantas vezes você age como uma criança crescida. Apesar de seus anos de experiência cristã, apesar das muitas oportunidades de autodisciplina, com que facilidade você pode ser levado à ira. Desse modo, trate gentilmente seus filhos, lembrando-se de que não tiveram as oportunidades que você teve para adquirir autocontrole. — The Review and Herald, 8 de julho de 1902.
2B) Que forma de agir dá crédito e vida ao nosso empenho missionário na comunidade? Lucas 6:28-30.
Lc 6:28-30 — Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. 29 Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses. 30 E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.
Em todos os nossos contatos com incrédulos, estejamos alerta para não lhes dar ocasião de julgar mal nossa fé, ou de censurar a causa da verdade que defendemos. Muitos restringem o caminho por sua própria atitude. Há alguma indiscrição da parte deles. São sensíveis à provocação. Pequenas dificuldades surgem no comércio ou em alguma outra área secular que os levam a pensar que foram mal interpretados ou injustiçados. Isso tudo pode criar frieza ou mal-estar, e assim fechar a porta de acesso àqueles que podem ser alcançados pela verdade. Nunca devemos permitir que assuntos de interesse secular apaguem nosso amor pelas almas. Irmãos, sejam bondosos e corteses em todas as ocasiões. Nunca sejam ásperos, críticos ou exigentes nos negócios. Se houver alguma vantagem a ser obtida, passem-na ao próximo, a quem você deve amar como a si mesmo. Com a paciência e o amor de Jesus observem as oportunidades de serem bondosos para com eles. Que vejam na religião que professamos algo que não fecha nem congela as avenidas da alma, tornando-nos insensíveis e exigentes. — The Review and Herald, 22 de maio de 1888.
Terça-feira, 6 de setembro - 3. EXERCENDO O AMOR
3A) Como a amargura para com nossos irmãos afeta nossa posição perante o mundo? Hebreus 12:15.
Hb 12:15 — Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros. Assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:34 e 35). Essas palavras não são humanas, mas de nosso Redentor, e como é importante que cumpramos a instrução que Ele nos deu! Não há nada que possa enfraquecer tanto a influência da igreja quanto a falta de amor. Cristo diz: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” [Mateus 10:16]. Se tivermos de enfrentar a oposição de nossos inimigos, representados como lobos, tomemos cuidado para não manifestar o mesmo espírito entre nós. O inimigo bem sabe que se não tivermos amor uns pelos outros, ele pode alcançar seu objetivo, ferir e enfraquecer a igreja causando divergências entre os irmãos. Pode levá-los a suspeitar mal, criticar, acusar, condenar e odiar uns aos outros. Desse modo, desonramos a causa de Deus, ofendemos o nome de Cristo, e causamos irreparável dano à alma dos homens. — The Review and Herald, 5 de junho de 1888.
3B) O que acontecerá se cultivarmos diariamente o amor? Mateus 12:35 (primeira parte); Colossenses 3:12-15.
Mt 12:35 [p. p.] — O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro [...].
Cl 3:12-15 — Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, 13 suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. 14 E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição. 15 E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.
Se você tem amor no coração, procurará estabelecer e edificar seu irmão nesta bendita fé. Se ouvir uma só palavra que seja prejudicial ao caráter de seu amigo ou irmão, não encoraje essa maledicência. Essa é a obra do inimigo. Por favor, lembre a quem fala que a Palavra de Deus proíbe esse tipo de conversa. Devemos esvaziar o coração de tudo o que contamina o templo da alma para que Cristo habite nele. Nosso Redentor nos disse como podemos revelá-lO ao mundo. Se nutrirmos Seu Espírito, se manifestarmos o amor divino aos outros, se guardarmos os interesses uns dos outros, se formos bondosos, pacientes e tolerantes, o mundo terá uma evidência, pelos frutos que produzimos, de que somos filhos de Deus. É a unidade na igreja que a capacita a exercer uma influência consciente sobre os incrédulos e mundanos. — The Review and Herald, 5 de junho de 1888.
Quarta-feira, 7 de setembro - 4. UM PROBLEMA HABITUAL
4A) Cite um mal encontrado com frequência na igreja. Levítico 19:16 (primeira parte); Jeremias 20:10; Provérbios 16:17-20.
Lv 19:16 [p. p] — Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo [...].
Jr 20:10 — Porque ouvi a murmuração de muitos: Há terror de todos os lados! Denunciai, e o denunciaremos! Todos os que têm paz comigo aguardam o meu manquejar, dizendo: Bem pode ser que se deixe persuadir; então, prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele.
Pv 16:17-20 — A vereda do justo evita o mal; quem guarda o seu caminho preserva a sua vida. 18 O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda. 19 Melhor é ter espírito humilde entre os oprimidos do que partilhar despojos com os orgulhosos. 20 Quem examina cada questão com cuidado, prospera, e feliz é aquele que confia no Senhor. [Nova Versão Internacional.]
Muitas vezes, as fofocas são as destruidoras da união entre os crentes. Há alguns que estão sempre com os ouvidos atentos para pegar o escândalo no ar. Reúnem pequenos incidentes, que podem ser insignificantes, mas que são repetidos e exagerados até que um homem se torne um criminoso por uma palavra. O lema desses parece ser: “Conte, e nós espalharemos”. Esses contadores de história fazem a obra do diabo com surpreendente fidelidade, sem jamais imaginar o quanto essa atitude ofende a Deus. Se gastassem metade da energia e do zelo investido nessa obra profana investigando o próprio coração, encontrariam tanto a fazer para purificar a alma da impureza, que não teriam tempo nem disposição para criticar os irmãos, e eles não cairiam sob o poder dessa tentação. A porta da mente deve ser fechada contra o “estão dizendo” ou o “ouvi dizer”. Em vez de permitir que ciúmes ou desconfianças penetrem nosso coração, por que não vamos até nossos irmãos e, após expor francamente, mas com bondade, os detalhes que ouvimos contra seu caráter e influência, peçamos para orar com eles e por eles? — The Review and Herald, 3 de junho de 1884.
4B) Como podemos escapar do hábito da fofoca? Provérbios 14:15; Provérbios 25:9 e 10.
Pv 14:15 — O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos.
Pv 25:9 e 10 — Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo e não descubras o segredo de outro; 10 para que não te desonre o que o ouvir, não se apartando de ti a infâmia.
4C) Se descobrirmos que um irmão (ou irmã) é realmente culpado de algum erro, qual é o nosso dever pessoal? Gálatas 6:1; Tiago 5:19 e 20.
Gl 6:1 — Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.
Tg 5:19 e 20 — Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, 20 saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.
Quando virmos erros nos outros, lembremo-nos de que talvez tenhamos faltas mais graves aos olhos de Deus do que o erro que condenamos em nosso irmão. Em vez de publicar os defeitos alheios, peça a Deus que abençoe esse irmão e o ajude a vencer esse erro. Cristo aprovará esse espírito e atitude, e abrirá o caminho para você dizer uma palavra de sabedoria que fortalecerá e ajudará ao que está fraco na fé. — The Review and Herald, 5 de junho de 1888.
Quinta-feira, 8 de setembro - 5. AMANDO NOSSO PRÓXIMO
5A) Que mudanças se veem quando não somos facilmente provocados e não pensamos mal dos outros (1 Coríntios 13:5)? Efésios 4:23-25; Efésios 5:9-12.
1Co 13:5 — Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.
Ef 4:23-25 — E vos renoveis no espírito do vosso sentido, 24 e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade. 25 Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.
Ef 5:9-12 — (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), 10 aprovando o que é agradável ao Senhor. 11 E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as. 12 Porque o que eles fazem em oculto, até dizê-lo é torpe.
A pessoa que cultiva a preciosa planta do amor será altruísta e não perderá o autocontrole mesmo sob provocação. Ela não atribuirá motivos errados e más intenções a outros, mas sentirá profundamente o pecado quando descoberto em qualquer um dos discípulos de Cristo. — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 123.
O amor não suspeita mal, mas concede a mais favorável intenção aos motivos e atos dos outros. O amor nunca exporá desnecessariamente as falhas dos outros. Não ouve com curiosidade os relatos desfavoráveis, mas menciona algumas boas qualidades de quem está sendo difamado. — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 169.
5B) Como o mundo pode ver em nossa vida um crescimento diário em Cristo? Tito 2:7, 8, 11-14.
Tt 2:7, 8, 11-14 — Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, 8 linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. [...] 11 Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, 12 ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, 13 aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, 14 o qual Se deu a Si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para Si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Que cada um se pergunte: “Possuo a graça do amor?” “Aprendi a sofrer muito e a ser gentil?” Talentos, aprendizado e eloquência sem essa qualidade celestial serão tão inúteis quanto o soar do bronze ou o tinir do sino. — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 169.
Enquanto ainda não somos capazes de amar nem de ter comunhão com os amargos inimigos de Cristo, devemos cultivar aquela mansidão e aquele amor que caracterizaram nosso Mestre — um amor que não pensa mal e não é sensível à provocação. — The Review and Herald, 3 de junho de 1884.
Sexta-feira, 9 de setembro - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Descreva a reforma citada em Colossenses 3:8-10 e 13.
2. Como podemos representar melhor a Cristo em assuntos seculares?
3. Como podemos vencer o problema comum que assola muitas igrejas?
4. O que há de errado com o “estão dizendo” e o “ouvi dizer”?
5. Descreva algumas maneiras pelas quais a mordomia do amor de Deus pode se manifestar em favor de outros.