“Vinde, então, e argui-Me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Isaías 1:18).
A Lei de Deus era a base desse [novo] concerto, que era simplesmente
um mecanismo para harmonizar novamente os homens
com a vontade divina, colocando-os onde pudessem obedecer à
Lei de Deus. — Patriarcas e profetas, p. 371.
Estudo adicional: O maior discurso de Cristo, pp. 45-77 (“A espiritualidade da Lei”).
Domingo 19 de março - 1. OS DOIS CONCERTOS
1A) Para sermos justificados perante Deus, que tipo de acordo é necessário de nossa parte? Salmos 50:5.
Sl 50:5 — Congregai os meus santos, aqueles que fizeram comigo um concerto com sacrifícios.
1B) Para assumirmos um acordo como esse, que atitude devemos ter? Isaías 1:18.
Is 1:18 — Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.
1C) Quais opções de concertos nos são oferecidas? Hebreus 8:6-13.
Hb 8:6-13 — Agora, porém, o ministério que Jesus recebeu é superior ao deles, assim como também a aliança da qual ele é mediador é superior à antiga, sendo baseada em promessas superiores. 7 Pois se aquela primeira aliança fosse perfeita, não seria necessário procurar lugar para outra. 8 Deus, porém, achou o povo em falta e disse: “Estão chegando os dias, declara o Senhor, quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá. 9 Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; visto que eles não permaneceram fiéis à minha aliança, eu me afastei deles”, diz o Senhor. 10 “Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias”, declara o Senhor. “Porei minhas leis em suas mentes e as escreverei em seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. 11 Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: ‘Conheça ao Senhor’, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior. 12 Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados”. 13 Chamando “nova” esta aliança, ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido, está a ponto de desaparecer. (Nova Versão Internacional.)
Os termos do “antigo concerto” eram obedecer e viver: “os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles” (Ezequiel 20:11; Levítico 18:5); por outro lado, “maldito aquele que não confirmar todas as palavras desta lei para as cumprir” (Deuteronômio 27:26). O “novo concerto” foi confirmado com “melhores promessas” — a promessa de perdão dos pecados e da graça de Deus para renovar o coração e harmonizá-lo com os princípios da Lei de Deus. “Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a Minha Lei no seu interior e a escreverei no seu coração. [...] Porque perdoarei a sua maldade e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados” (Jeremias 31:33 e 34). — Patriarcas e profetas, p. 372. [Grifo da autora.]
Segunda-feira 20 de março - 2. POR QUE É NECESSÁRIO UM CONCERTO?
2A) O que nos separa da comunhão com nosso Criador? Isaías 59:2. O que merecemos? Gênesis 2:17; Romanos 6:23.
Is 59:2 — Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.
Gn 2:17 — Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Rm 6:23 — Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.
No mesmo instante em que Adão cedeu às tentações de Satanás e fez as mesmas coisas que Deus lhe havia dito para não fazer, Cristo, o Filho de Deus, Se pôs entre os vivos e os mortos, dizendo: “Que a punição recaia sobre Mim. Eu tomarei o lugar do homem. Dêlhe outra chance.” A transgressão colocou o mundo inteiro sob sentença de morte. Mas no Céu se ouviu uma voz a dizer: “Já achei resgate”. Aquele que não conheceu pecado Se fez pecado em favor da humanidade caída. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” [João 3:16]. Cristo removeu o próprio manto e coroa reais e renunciou ao comando sobre todo o Céu. Revestiu a divindade com a humanidade para que pudesse suportar todas as doenças e tentações dos seres humanos. Era um homem de dores, experimentado nos trabalhos. Foi ferido por nossas transgressões e moído por nossas iniquidades. O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Por nossa causa Se fez pobre para que por Sua pobreza enriquecêssemos. Em nosso favor renunciou à adoração dos anjos em troca dos insultos e maldições de uma multidão enlouquecida pelos sacerdotes e governantes. — The Signs of the Times, 27 de junho de 1900.
2B) Desde o início, que provisão Deus fez para evitar essa sentença de morte? Jó 33:24; compare com 1 João 4:19; Apocalipse 13:8.
Jó 33:24 — Então, terá misericórdia dele e lhe dirá: Livra-o, que não desça à cova; já achei resgate.
1Jo 4:19 — Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.
Ap 13:8 — E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
O plano para nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado após a queda de Adão. Foi uma revelação do “mistério que desde tempos eternos esteve oculto” (Romanos 16:25). Foi um desdobramento dos princípios que desde as eras eternas têm sido o fundamento do trono de Deus. Desde o princípio, Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás e da queda do homem pelo poder enganador do apóstata. Deus não ordenou a existência do pecado, mas previu-lhe a chegada e tomou medidas para enfrentar a terrível emergência. Tão grande foi Seu amor pelo mundo que fez um concerto, de dar Seu Filho unigênito para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). — O Desejado de Todas as Nações, p. 22.
Terça-feira 21 de março - 3. A SEMENTE DA MULHER
3A) Quando aquela velha serpente, o diabo, enganou nossos primeiros pais no Éden, que promessa Deus fez para trazer esperança aos seres humanos? Gênesis 3:15.
Gn 3:15 — E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Nossas tendências naturais, a menos que sejam corrigidas pelo Espírito Santo de Deus, já carregam em si as sementes da morte moral. A menos que tenhamos uma ligação vital com Deus, não conseguiremos resistir aos efeitos profanos do amor-próprio, do comodismo e da tentação para pecar. — Testemunhos para a igreja, vol. 8, pp. 315 e 316.
3B) Quem é essa semente da mulher? Gênesis 22:18; Gálatas 3:8 e 16; Hebreus 2:14.
Gn 22:18 — E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.
Gl 3:8 e 16 — Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. [...] 16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo.
Hb 2:14 — E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo.
Desde a primeira pregação do sermão do evangelho, quando se declarou no Éden que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente, Cristo havia sido exaltado como o caminho, a verdade e a vida. Ele era o caminho quando Adão viveu, quando Abel apresentou a Deus o sangue do cordeiro morto representando o sangue do Redentor. Cristo foi o caminho pelo qual os patriarcas e profetas se salvaram. É o único caminho pelo qual podemos ter acesso a Deus. — O Desejado de Todas as Nações, p. 663.
3C) Uma vez que Abraão não confiou em nenhum outro além de Cristo para o perdão dos pecados (Gálatas 3:6-8), no que esse tipo de fé resultou? Gênesis 26:5.
Gl 3:6-8 — É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 7 Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. 8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
Gn 26:5 — Porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
A morte de Cristo na cruz garantiu a destruição daquele que tem o poder da morte, o originador do pecado. Quando Satanás for destruído, não haverá quem tente para o mal; a expiação nunca precisará se repetir, e não haverá perigo de outra rebelião no universo de Deus. O único que pode efetivamente impedir o pecado neste mundo de trevas impedirá o pecado no Céu. Santos e anjos verão o significado da morte de Cristo. Os humanos caídos não poderiam ter um lar no paraíso de Deus sem a existência do Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Não devemos então exaltar a cruz de Cristo? Os próprios anjos atribuem honra e glória a Cristo, pois mesmo eles não estão seguros se não contemplarem os sofrimentos do Filho de Deus. A eficácia da cruz é que protege os anjos celestes da apostasia. Sem a cruz, não estariam mais seguros contra o mal do que os anjos antes da queda de Satanás. A perfeição angelical fracassou no Céu. A perfeição humana fracassou no Éden, o paraíso da bem-aventurança. Todos os que desejam segurança na Terra ou no Céu devem olhar para o Cordeiro de Deus. — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 5, p. 1132.
Quarta-feira 22 de março - 4. A CONFIRMAÇÃO DO CONCERTO
4A) Embora esse concerto tenha sido firmado com Adão e renovado com Abraão, quando poderia ser confirmado, e, portanto, chamado de novo ou segundo concerto? Hebreus 9:16.
Hb 9:16 — Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador.
Se bem que esse concerto houvesse sido feito com Adão e renovado com Abraão, não podia ser confirmado antes da morte de Cristo. Existia pela promessa de Deus desde que o primeiro sinal de redenção havia sido dado; foi aceito pela fé, mas quando confirmado por Cristo, é chamado de novo concerto. — Patriarcas e profetas, pp. 370 e 371. [Grifo da autora.]
4B) Se esse concerto não foi confirmado até a morte de Cristo, como se aplica aos filhos do Rei celestial que viveram antes da cruz? Hebreus 6:13-18.
Hb 6:13-18 — Quando Deus fez a sua promessa a Abraão, por não haver ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, 14 dizendo: “Esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes numerosos”. 15 E foi assim que, depois de esperar pacientemente, Abraão alcançou a promessa. 16 Os homens juram por alguém superior a si mesmos, e o juramento confirma o que foi dito, pondo fim a toda discussão. 17 Querendo mostrar de forma bem clara a natureza imutável do seu propósito para com os herdeiros da promessa, Deus o confirmou com juramento, 18 para que, por meio de duas coisas imutáveis nas quais é impossível que Deus minta, sejamos firmemente encorajados, nós, que nos refugiamos nele para tomar posse da esperança a nós proposta. (Nova Versão Internacional.)
A aliança abraâmica foi confirmada pelo sangue de Cristo, e é chamada de “segundo” ou “novo” concerto porque o sangue que o selou foi derramado depois do sangue da primeira aliança. Que o novo concerto era válido nos dias de Abraão é evidente pelo fato de que foi então confirmado tanto pela promessa quanto pelo juramento divino — “para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta” (Hebreus 6:18). — Patriarcas e profetas, p. 371.
A palavra divina está empenhada. Os montes tremerão e os outeiros serão removidos, mas a Sua benignidade não se afastará do Seu povo, nem será removida a aliança da Sua paz. Ouve-se Sua voz dizendo: “Com amor eterno te amei” (Jeremias 31:3). “Com benignidade eterna Me compadecerei de ti” (Isaías 54:8). Como é maravilhoso esse amor ao ponto de Deus condescender em retirar toda causa de dúvida e questionamento dos temores e fraquezas humanos e segurar a mão trêmula estendida a Ele com fé; e nos ajuda a confiar nEle por meio de garantias e certezas multiplicadas. Fez-nos um acordo vinculativo sob a condição de nossa obediência, e vem ao nosso encontro em nossa própria compreensão das coisas. Entendemos que uma promessa ou juramento de nossos semelhantes, se registrada, ainda precisa de uma garantia. Jesus enfrentou todos esses temores pessoais e confirmou Sua promessa com um juramento: “Pelo que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do Seu conselho aos herdeiros da promessa, Se interpôs com juramento”. [...] O que mais nosso Senhor poderia fazer para fortalecer nossa fé em Suas promessas? — Para conhecê-lO, p. 262.
Quinta-feira 23 de março - 5. AS TÁBUAS DO CORAÇÃO
5A) Por causa do sacrifício de Cristo na cruz, que oportunidade recebemos? Hebreus 9:15.
Hb 9:15 — E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Que apelo Deus faz a cada um de nós pessoalmente ao avaliarmos nossa responsabilidade diante de Deus? 2 Coríntios 6:2.
2Co 6:2 — (Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.)
A mesma Lei gravada nas tábuas de pedra foi escrita pelo Espírito Santo nas tábuas do coração. Em vez de cuidarmos em estabelecer nossa própria justiça, aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue paga por nossos pecados. Sua obediência é aceita em nosso favor. Então, o coração renovado pelo Espírito Santo produzirá “o fruto do Espírito” (Gálatas 5:22). Mediante a graça de Cristo, viveremos em obediência à Lei de Deus escrita em nosso coração. Tendo o Espírito de Cristo, andaremos como Ele andou. Pelo profeta, Ele declarou a respeito de Si mesmo: “Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua Lei está dentro do Meu coração” (Salmos 40:8). E quando andou entre os homens, disse: “O Pai não Me tem deixado só, pois faço sempre o que Lhe agrada” (João 8:29).
O apóstolo Paulo apresenta claramente a relação entre a fé e a Lei no novo concerto. Ele diz: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. “Anulamos, então, a Lei pela fé? De maneira nenhuma; antes, estabelecemos a Lei”. “Porquanto, o que era impossível à Lei, visto como estava enferma pela carne” — não poderia justificar o homem, porque não podia guardar a Lei em sua natureza pecaminosa —, “Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da Lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 5:1; 3:31; 8:3 e 4). — Patriarcas e profetas, pp. 372 e 373. [Grifos da autora.]
Sexta-feira 24 de março - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Que experiências você já teve quanto a fazer pactos com Deus?
2. Por que Deus estava preparado quando Adão pecou?
3. Que ilustrações Deus usou para manter sempre em mente a vinda do Messias?
4. Como sabemos que Abraão vivia sob o novo concerto?
5. Que tipo de concerto ou aliança você está preparado para fazer com o Criador?