“E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade” (2 Pedro 1:5 e 6).
“Pedro nos apresenta a escada da verdadeira santificação, cuja base se firma na Terra, mas cujo topo alcança o trono do Infinito. Não podemos, com um único esforço e de uma única vez, chegar ao alto dessa escada. Devemos subir degrau por degrau. É nesse conflito que corremos o risco de ficar tontos, desmaiar e cair, a menos que mantenhamos os olhos fixos no alto, olhando para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé.” — The Review and Herald, 1º de dezembro de 1885.
Estudo adicional: A ciência do bom viver, pp. 497-502 (capítulo 42: “Desenvolvimento e serviço”).
Domingo, 7 de julho - 1. UMA QUALIDADE CRISTÃ ESSENCIAL
1A) Após edificarmos nossa fé com diligência, qual é o próximo passo? 2 Pedro 1:5 (primeira parte).
2Pe 1:5 [p.p.] — E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência [...].
“Depois de recebermos a fé do evangelho, nossa primeira obra é procurar acrescentar princípios virtuosos e puros, purificando dessa forma mente e o coração para recebermos o verdadeiro conhecimento.” — Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 552.
“É uma luta contínua estarmos sempre alerta para resistir ao mal. Contudo, vale a pena alcançar uma vitória após a outra sobre o eu e os poderes das trevas. [...]
“Sem virtude pura e imaculada, ninguém pode alcançar qualquer posição de honra. No entanto, ninguém herda os desejos nobres nem o amor à justiça. Não podemos comprar o caráter, mas devemos formá-lo por esforços severos para resistir à tentação. A formação de um caráter correto é a obra de uma vida inteira, e é o resultado se unir meditação e prece a um grande propósito. A excelência de caráter que você tem deve ser o resultado de seu próprio esforço. Os amigos podem encorajá-lo, mas não podem fazer essa obra por você. Desejar, ansiar e sonhar nunca farão de você uma pessoa grande ou boa. Você tem que subir por si mesmo. Portanto, prepare a mente e vá trabalhar usando todas as fortes habilidades de sua vontade.” — Fundamentos da educação cristã, p. 87.
Segunda-feira, 8 de julho - 2. O CONHECIMENTO NECESSÁRIO PARA A SALVAÇÃO
2A) Descreva o tipo de conhecimento que somos chamados a alcançar ao subir a escada de Pedro. 2 Pedro 1:5 (última parte); João 17:3.
2Pe 1:5 [ú.p.] — [...] acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência.
Jo 17:3 — E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
“O apóstolo apresenta aos fiéis a escada da perfeição cristã, e cada degrau dela representa um avanço contínuo no conhecimento de Deus. Assim, não deve haver pausa durante a subida. [...]
“Tendo recebido a fé do evangelho, a próxima obra do crente é acrescentar virtude ao caráter, purificando assim o coração e preparando a mente para receber o conhecimento de Deus. O conhecimento de Deus é a base de toda verdadeira educação e de todo verdadeiro serviço. É a única garantia real contra a tentação; e é somente isso que pode tornar alguém semelhante a Deus em caráter. Pelo conhecimento de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo, o crente recebe ‘tudo o que diz respeito à vida e à piedade’. O Senhor não nega nenhuma boa dádiva ao que deseja sinceramente obter a justiça de Deus.” — The Review and Herald, 19 de setembro de 1912.
“Devemos aprender de Cristo. Devemos saber o que Ele representa para aqueles a quem resgatou. Devemos perceber que, por meio da crença nEle, é nosso privilégio ser participantes da natureza divina e, assim, escapar da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Desse modo, somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter. Não precisamos manter uma só propensão pecaminosa. [...]
“Ao participarmos da natureza divina, as tendências hereditárias e cultivadas para o mal são eliminadas do caráter, e nos tornamos um poder vivo para o bem. Sempre aprendendo do Mestre divino, participando diariamente de Sua natureza, cooperamos com Deus para vencer as tentações de Satanás. Deus opera, e o ser humano coopera, para que a humanidade possa ser uma com Cristo assim como Ele é um com Deus.” — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 7, p. 943.
2B) Cite um segundo tipo de conhecimento necessário para o crescimento cristão. Salmos 77:6; 2 Coríntios 13:5.
Sl 77:6 — De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito esquadrinhou.
2Co 13:5 — Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
“Para receber a ajuda de Cristo, primeiro precisamos reconhecer nossa necessidade. Devemos ter um verdadeiro conhecimento de nós mesmos. Cristo só pode salvar quem se reconhece como pecador. Somente quando vemos nosso total desamparo e renunciamos a toda autoconfiança, é que nos apegamos ao poder divino.” — Testemunhos para a igreja, vol. 8, p. 316.
Terça-feira, 9 de julho - 3. A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO PRÓPRIO
3A) Sobre que assunto os mestres inspirados do evangelho se debruçam? Atos 24:24 e 25; Filipenses 4:5.
At 24:24 e 25 — E alguns dias depois, vindo Félix com sua mulher Drusila, que era judia, mandou chamar a Paulo, e ouviu-o acerca da fé em Cristo. 25 E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei.
Fp 4:5 — Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor.
“Falei ao povo durante uma hora e meia sobre a escada da santificação de Pedro, que contém oito degraus. Eu me detive na temperança e na importância de os pais ensinarem aos filhos a renúncia e o domínio próprio, protegendo o apetite e o paladar da transigência às custas da força mental, moral e física.
“As lições sobre domínio próprio e altruísmo devem ser recebidas pela educação ao longo da infância e da juventude. O apetite deve ser contido e educado, e essa obra é de responsabilidade dos pais. Os jovens das gerações anteriores têm sido o termômetro da sociedade de hoje.
“Se os pais tivessem cumprido o dever de suprir a mesa com alimentos saudáveis, eliminando substâncias irritantes e estimulantes e, ao mesmo tempo, tivessem ensinado aos filhos o domínio próprio e formado seu caráter para desenvolver força moral, não teríamos agora que lidar com a fera da intemperança. Depois que o hábito de ceder à satisfação do apetite se forma, cresce e se fortalece nas pessoas, como é difícil para aqueles que não foram devidamente educados na infância a abandonarem esses maus hábitos e a aprenderem a controlar tanto a si mesmos quanto a seus apetites antinaturais! Como é difícil ensinar essas pessoas e fazê-las sentir a necessidade da temperança cristã quando chegam à fase adulta. As lições de abnegação e domínio próprio devem começar enquanto o bebê ainda descansa no berço.” — The Review and Herald, 11 de maio de 1876.
3B) Qual é o próximo degrau da escada — e por quê? 2 Pedro 1:6 (primeira parte).
2Pe 1:6 [p.p.] — E à ciência a temperança [...].
“Deus não dá permissão a ninguém para violar as leis de seu ser. Mas o ser humano, ao ceder às tentações de Satanás e satisfazer a intemperança, permite que as faculdades superiores sejam dominadas pelos apetites e paixões animais. Desse modo, quando esses tomam o controle, a pessoa, que foi criada apenas um pouco menor do que os anjos e recebeu habilidades com potencial para o mais alto desenvolvimento, acaba se rendendo ao controle de Satanás. É assim que ele ganha acesso fácil àqueles que estão presos ao apetite. Pela intemperança, alguns sacrificam metade, e outros empenham até dois terços, de suas faculdades físicas, mentais e morais. Os que querem ter a mente clara e pronta para reconhecer e identificar as armadilhas de Satanás, devem manter os impulsos e desejos físicos sob o controle da razão e da consciência. A ação moral e enérgica das faculdades superiores da mente é essencial para a perfeição do caráter cristão.” — The Health Reformer, 1º de março de 1878.
Quarta-feira, 10 de julho - 4. É IMPOSSÍVEL TER PACIÊNCIA SEM TEMPERANÇA
4A) Como a temperança leva à próxima qualidade essencial em mais um degrau da escada? 2 Pedro 1:6 (segunda parte); Lucas 21:19.
2Pe 1:6 [2ª parte] — [...] e à temperança a paciência [...].
Lc 21:19 — Na vossa paciência possuí as vossas almas.
“Qualquer hábito ou prática que enfraqueça o poder do sistema nervoso e do cérebro e a força física, incapacita para o exercício da próxima graça que vem depois da temperança — a paciência. [...]
“Uma pessoa intemperante, que não refreia excessos ou vícios estimulantes — cerveja, vinho, bebidas fortes, chá e café, ópio, tabaco ou qualquer uma dessas substâncias prejudiciais à saúde — não pode ser alguém paciente. Portanto, a temperança é um dos degraus da escada em que devemos firmar nossos pés antes de podermos acrescentar a graça da paciência. Na alimentação, no vestuário, no trabalho, na regularidade de horários e no exercício saudável, devemos ser controlados pelo conhecimento que é nosso dever conseguir a fim de podermos, por um dedicado esforço, nos colocar em relação correta com a vida e a saúde.” — Nossa alta vocação, p. 69.
4B) Como a temperança ajuda no desenvolvimento da paciência? Por que ambas as qualidades são tão importantes nos últimos dias da história da Terra? Apocalipse 14:12.
Ap 14:12 — Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
“Os abusos do estômago pela satisfação do apetite são uma produtiva fonte da maior parte das provações da igreja. Aqueles que comem e trabalham de um modo desequilibrado e irracional, também falam e agem de modo irracional. Um ser humano intemperante também não pode ser um ser humano paciente. Não é necessário ingerir bebidas alcoólicas para se tornar um intemperante. O pecado de não se ter regra para comer, alimentando-se com muita frequência, comendo demais e consumindo alimentos muito calóricos ou prejudiciais, destrói a ação saudável dos órgãos digestivos, afeta o cérebro e perverte o entendimento, impedindo o raciocínio e a ação razoáveis, calmos e saudáveis. E essa é uma grande fonte de provações para a igreja. Portanto, para que o povo de Deus alcance um estado aceitável diante dEle, em que possam glorificá-lO no corpo e no espírito, os quais Lhe pertencem, devem negar com interesse e zelo a satisfação dos apetites e exercer temperança em todas as coisas. Só assim eles podem compreender a verdade em sua beleza e clareza, e cumpri-la na vida, e, por um comportamento prudente, sábio e direto, não dar aos inimigos de nossa fé nenhuma ocasião para reprovar a causa da verdade.” — Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 618.
Quinta-feira, 11 de julho - 5. O BELO RESULTADO DA PACIÊNCIA
5A) Como podemos desenvolver a paciência em nós? 2 Pedro 1:6 (última parte).
2Pe 1:6 [ú.p.] — [...] e à paciência a piedade.
“A impaciência traz conflito, acusação e tristeza, mas a paciência derrama o bálsamo da paz e do amor nas situações do dia a dia da vida doméstica. Quando praticamos a preciosa graça da paciência para com os outros, essas pessoas refletirão nossa atitude, e nos reuniremos com Cristo. A paciência buscará a unidade na igreja, na família e na comunidade. Devemos introduzir essa graça em nossa vida. Cada um deve se envolver nessa etapa de progresso e adicionar virtude à fé, e temperança à graça da paciência.
“‘E à paciência, piedade’. A piedade é o fruto do caráter cristão. Se permanecermos na Videira, daremos o fruto do Espírito. A vida da Videira se manifestará pelos ramos. Devemos ter uma ligação estreita e íntima com o Céu se mantivermos a graça da piedade. Se refletirmos a imagem de Jesus e mostrarmos que somos filhos e filhas do Altíssimo, o Salvador será um hóspede em nosso lar e um membro de nossa família. A religião é algo lindo de se ver em casa. Se o Senhor habitar conosco, sentiremos que somos membros da família de Cristo no Céu. Perceberemos que os anjos nos observam, e nossas atitudes serão gentis e tolerantes. Estaremos nos preparando para entrarmos nas cortes celestiais quando nutrimos cortesia e bondade. Nossa conversa será santa e nossos pensamentos estarão focados nos assuntos celestes.
“Enoque andou com Deus. Ele honrou a Deus em todos os assuntos da vida. Em sua casa e em seus negócios, ele perguntava: ‘Será que isso é aceitável ao Senhor?’ Por isso, ao se lembrar de Deus e ao seguir Seu conselho, Enoque teve o caráter transformado, tornando-se um homem piedoso, cujos caminhos agradaram ao Senhor.” — The Review and Herald, 21 de fevereiro de 1888.
Sexta-feira, 12 de julho - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Por que preciso alimentar as virtudes cristãs ativas e passivas?
2. Como posso conhecer melhor a Deus? Por que isso é essencial agora?
3. Em que áreas da vida preciso empregar maior temperança?
4. Por que a paciência é tão essencial numa sociedade cada vez mais hostil e agressiva?
5. Em que situações e de que modo a piedade se manifesta, como exemplificado por Enoque?