LIÇÃO 3

“Preferindo-vos em honra uns aos outros”

3º trimestre de 2024
Sábado, 20 de Julho de 2024
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10).
“Desenvolva a disposição de considerar os outros melhores do que você mesmo. Seja menos autossuficiente, confie menos em si mesmo e valorize a paciência, a tolerância e o amor fraternal.” — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 133.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 5, pp. 167-177 (capítulo 16: “Amor fraternal”).

Domingo, 14 de julho - 1. GENTILEZA
1A) O que deve fluir como resultado natural de um relacionamento genuíno com Deus? 2 Pedro 1:7 (primeira parte); Marcos 12:28-31.
2Pe 1:7 [p.p.] — E à piedade o amor fraternal [...].
Mc 12:28-31 — Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? 29 E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. 31 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.

“Ergam o padrão, ergam-no cada vez mais alto. Indiquem ao povo a leitura do capítulo 20 de Êxodo, que contém o registro da Lei de Deus. Os quatro primeiros dos Dez Mandamentos descrevem nosso dever para com nosso Criador. Aquele que é falso para com Deus não pode ser honesto e verdadeiro com o próximo. Aquele que ama a Deus acima de tudo amará o próximo como a si mesmo. O orgulho se ergue até a vaidade, levando o agente humano a fazer de si mesmo um Deus. O evangelho de Cristo santifica a alma, expulsando o amor-próprio.” — Testemunhos para a igreja, vol. 9, pp. 211 e 212. [Grifo da autora.]
“Ninguém pode amar a Cristo e não amar Seus filhos. Enquanto estivermos unidos ao Salvador, teremos a mente de Cristo. Pureza e amor brilham no caráter, e a mansidão e a verdade controlam a vida. A própria expressão do rosto é alterada. Habitando na alma, Cristo exerce um poder transformador, e a aparência externa confirma a paz e a alegria que reinam no coração. Por isso, bebemos do amor de Cristo assim como o ramo extrai a seiva da videira. Se formos enxertados em Cristo, se cada uma de nossas fibras se unirem à Videira Viva, revelaremos isso ao produzir ricos cachos de frutos vivos. Se estivermos conectados com a Luz, seremos canais de luz, e refletiremos a luz para o mundo mediante nossas palavras e obras.” — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 337.

Segunda-feira, 15 de julho - 2. BONDADE
2A) Como a bondade fraternal está intimamente ligada à verdadeira fé em Deus e a um testemunho adequado de Cristo? 1 João 4:20 e 21; Tiago 3:17.
1Jo 4:20 e 21 — Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? 21 E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão.
Tg 3:17 — Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.

“Somos exortados a acrescentar piedade, bondade fraternal. Oh, como precisamos dar esse passo a fim de agregar essa qualidade ao nosso caráter! Em muitos de nossos lares se manifesta uma atitude dura e combativa. Palavras acusadoras e atos indelicados são ofensivos a Deus. O Céu não aceita ordens ditatoriais e modos arrogantes e prepotentes. A razão por que existem tantas diferenças entre os irmãos é que eles fracassaram em adicionar bondade fraternal. Devemos demonstrar aos outros o mesmo amor que Cristo teve por nós. O Senhor do Céu concede ao ser humano o seu real valor. Se essa pessoa é indelicada em seu lar, é sinal de que não está qualificada para o lar celestial. Se insistir em fazer tudo do seu jeito, sem importar a quem vai ferir, ela não ficará satisfeita no Céu, a menos que possa governá-lo. O amor de Cristo deve controlar nosso coração, e, como resultado, a paz de Deus habitará em nosso lar. Busque a Deus com uma atitude humilde e contrita, e a compaixão pelos seus irmãos o tornará mais amável.” — The Review and Herald, 21 de fevereiro de 1888.

2B) Cite um passo básico para desenvolver a bondade fraternal. Mateus 6:12, 14 e 15; Efésios 4:32.
Mt 6:12, 14 e 15 — E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; [...] 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15 Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
Ef 4:32 — Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

“Pedimos que a misericórdia de Deus para conosco seja avaliada pela misericórdia que oferecemos aos outros. Cristo declara que esta é a regra pela qual o Senhor irá nos tratar. [Mateus 6:14 e 15 é citado aqui.] Oh, que condições maravilhosas, mas tão pouco compreendidas e observadas! Um dos pecados mais comuns, cuja transigência atrai os resultados mais terríveis, é a tolerância com uma atitude irreconciliável. Quantos alimentam rancor e vingança, e depois se prostram diante de Deus para pedir perdão assim como têm perdoado a quem os têm ofendido! Certamente essas pessoas não têm uma ideia real da importância dessa oração, ou não se atreveriam a pronunciá-la. Dependemos da misericórdia perdoadora de Deus a cada dia e a cada instante. Nesse caso, como podemos nutrir amargura e maldade para com nossos companheiros pecadores? Se os cristãos cumprissem os princípios dessa prece em todas as suas relações diárias, que bendita mudança ocorreria na igreja e no mundo! Esse seria o testemunho mais convincente em favor da realidade da religião bíblica.” — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 170.

Terça-feira, 16 de julho - 3. SUPERANDO OBSTÁCULOS À BONDADE FRATERNAL
3A) Descreva a abrangência da verdadeira bondade fraternal. Romanos 12:9 e 10; Filipenses 2:3.
Rm 12:9 e 10 — O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Fp 2:3 — Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

“Paulo deseja que façamos uma distinção entre o amor puro e altruísta, inspirado pelo Espírito de Cristo, e a pretensão enganosa e vazia, tão comum no mundo. Essa falsificação básica tem enganado muitas pessoas. Ela apagaria a distinção entre o certo e o errado ao concordar com o transgressor, em vez de lhe mostrar fielmente os erros. Tal atitude nunca surge de uma amizade verdadeira. A motivação que a inspira só existe no coração carnal. Embora o cristão seja sempre bom, compassivo e misericordioso, não consegue sentir nenhuma harmonia com o pecado. Ele odiará o mal e se apegará ao que é bom, mesmo que isso signifique sacrificar a associação ou amizade com os ímpios. O Espírito de Cristo nos levará a abominar o pecado, ao mesmo tempo em que estamos dispostos a fazer qualquer sacrifício para salvar o pecador.” — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 171.

3B) O que muitas vezes dificulta a bondade fraternal? Como podemos escapar dessa armadilha? Lucas 6:45; Hebreus 12:15.
Lc 6:45 — O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.
Hb 12:15 — Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.

“Lançam-se indiretas e críticas ácidas uns contra os outros, mas, ao mesmo tempo, os que lançam essas indiretas e críticas não conseguem ver as próprias falhas.” — Ibidem, vol. 4, p. 222.
“Falar mal é uma dupla maldição, que pesa mais sobre quem fala do que sobre quem ouve. Quem espalha as sementes da dissensão e da discórdia colhe em sua própria alma os frutos mortais. Como é desprezível o fofoqueiro, aquele que supõe e presume o mal! [...]
“O pecado de falar mal começa com o ato de nutrir maus pensamentos. A astúcia e a malícia incluem todas as formas de impureza. Tolerar um só pensamento impuro, nutrir um único desejo profano contamina a alma e compromete sua integridade. [...] Se quisermos evitar o pecado, não devemos iniciá-lo. Toda emoção e desejo devem ser mantidos em sujeição à razão e à consciência. Devemos afastar instantaneamente cada pensamento profano. Seguidores de Cristo, vão agora para o quarto. Orem com fé e de todo o coração. Satanás está vigiando para enredar seus pés. Vocês devem ter ajuda de cima se quiserem escapar das armadilhas dele.” — Ibidem, vol. 5, pp. 176 e 177.

Quarta-feira, 17 de julho - 4. EVIDÊNCIA GARANTIDA DE DISCIPULADO
4A) À medida que o amor de muitos esfria, que princípio bíblico muitas vezes esquecemos? Tito 3:2. Por outro lado, o que acontecerá se o respeitarmos? João 13:35.
Tt 3:2 — Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens.
Jo 13:35 — Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

“Se o ‘acusador dos irmãos’ conseguir espaço no coração de um desses homens [da mesma fé] e lhe controlar a mente e as imaginações, ciúmes surgirão, e ele nutrirá suspeita e inveja. Por fim, aquele que se considerava seguro no amor e na amizade de seu irmão, é alvo de desconfiança, e seus motivos são distorcidos. O falso irmão esquece as próprias fragilidades humanas; esquece seu dever de não pensar nem falar mal para não desonrar a Deus e ferir a Cristo na pessoa de Seus santos. Desse modo, todo defeito que a imaginação pintar é comentado sem piedade, e o caráter de um irmão é representado como sombrio e questionável.
“Há uma traição da sagrada confiança. Tudo que é dito num ambiente de confiança fraterna é repetido e distorcido. Como resultado, cada palavra, cada ato, por mais inocente e bem-intencionado que seja, é examinado pela crítica fria e invejosa daqueles que eram considerados nobres demais, honrados demais para tirar o menor proveito de um relacionamento amigável ou da confiança fraterna. Corações assim estão fechados à misericórdia, ao juízo e ao amor de Deus. Finalmente, revela-se a atitude fria, escarnecedora e desdenhosa que Satanás manifesta para com sua vítima.
“O Salvador do mundo foi tratado assim, e estamos expostos à influência da mesma mentalidade maligna. Chegou a época em que infelizmente não é seguro confiar mesmo num amigo ou irmão.
“Do mesmo modo que os espiões dos dias de Cristo andavam em Seu encalço, agora estão no nosso. Quando Satanás consegue usar crentes nominais para agir como acusadores dos irmãos, ele fica muito satisfeito, pois os que agem assim estão a servi-lo tão verdadeiramente quanto Judas quando traiu Jesus, embora possam estar fazendo isso sem se darem conta.” — The Review and Herald, 3 de junho de 1884.
“Se o pecado se manifesta num irmão, não o cochiche para outros, mas com amor pela alma desse irmão, com um coração cheio de compaixão, com profunda misericórdia, dirija-se a quem agiu mal, e então deixe a questão com ele e com o Senhor. Você cumpriu seu dever. Não cabe a você proferir a sentença.
“Tornou-se uma questão muito leve reprimir um irmão, condená-lo e mantê-lo sob condenação. Houve zelo por Deus, mas não com entendimento. Se cada um examinasse o próprio coração quando os irmãos se reunissem, seu testemunho estaria pronto e viria de uma alma plena, e as pessoas ao redor que não creem na verdade seriam tocadas. A manifestação do Espírito de Deus diria ao coração delas que vocês são filhos de Deus.” — Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 165.

Quinta-feira, 18 de julho - 5. ATÉ O FIM
5A) Que apelo Paulo faz à igreja até o fim dos tempos? Hebreus 13:1.
Hb 13:1 — Permaneça o amor fraternal.

“Um amor e uma boa vontade que existem apenas quando nossos amigos reconhecem nossos caminhos como corretos, não têm valor verdadeiro, pois isso é natural para o coração não regenerado. Aqueles que alegam ser filhos de Deus e afirmam andar na luz não devem se sentir irritados ou provocados quando alguém lhes cruza o caminho.
“Vocês amam a verdade e estão ansiosos por vê-la avançar. Vocês serão colocados em várias circunstâncias para serem testados e provados. Vocês podem desenvolver um verdadeiro caráter cristão desde que aceitem a disciplina. Seus interesses vitais estão em jogo. Aquilo de que vocês mais precisam é a verdadeira santidade e uma mentalidade altruísta. Podemos alcançar o conhecimento da verdade, desvendar seus mistérios mais ocultos e até mesmo oferecer nosso corpo para ser queimado por ela. Contudo, se não tivermos amor e caridade, não passaremos de um metal que ressoa ou de um címbalo que retine. [...]
“Vocês não sabem quase nada das provações do coração de pobres almas que estão presas nas correntes das trevas, e que precisam tanto de resolução e poder moral. Esforcem-se para entender a fraqueza dos outros. Ajudem os necessitados, crucifiquem a si mesmos e deixem Jesus tomar o controle da alma a fim de que vocês possam cumprir os princípios da verdade na vida diária. Então vocês serão uma bênção para a igreja e para todos aqueles com quem entrarem em contato.” — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 133.
“Se nossos irmãos e irmãs se tornassem missionários para Deus, e começassem a visitar os doentes e aflitos e trabalhassem paciente e gentilmente pelos errantes — ou seja, se imitassem o Padrão —, a igreja teria prosperidade em todas as suas fronteiras.” — Ibidem, vol. 5, p. 176.

Sexta-feira, 19 de julho - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Descreva o que os outros podem perceber na atitude de quem ama a Deus.
2. Como posso cultivar um senso mais forte de bondade fraterna em meu coração?
3. Entre aqueles que conheço, a quem devo mostrar a mais profunda bondade?
4. Como posso chamar o pecado pelo seu nome exato sem demonstrar uma atitude acusatória?
5. Por que tenho a tendência de ser implacável em meus pensamentos para com alguns que podem ser fracos?



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