“E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses 3:14).
“Quando os fiéis consagrados se reúnem, a conversa não será sobre as imperfeições dos outros nem terá indícios de fofoca e críticas; o amor, o vínculo da perfeição, os cercará.” — Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 509.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 5, pp. 154-157, 547-549 (capítulo 13: “Roubará o homem a Deus?”; capítulo 64: “Influências mundanas”).
Domingo, 21 de julho - 1. ACIMA E ALÉM DO AFETO NATURAL
1A) Por que a caridade (o amor) só é mencionada depois da bondade fraternal? 2 Pedro 1:7 (última parte); Romanos 5:7 e 8; Tiago 3:17.
2Pe 1:7 [ú.p.] — [...] e ao amor fraternal a caridade.
Rm 5:7 e 8 — Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. 8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Tg 3:17 — Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.
“Devemos amar as pessoas por causa de Cristo. É fácil para o coração natural amar alguns favoritos e dar um tratamento preferencial a essas poucas pessoas especiais, mas Cristo nos manda amar uns aos outros como Ele nos amou.” — Testemunhos para ministros, p. 156.
1B) O que Jesus relaciona com a perfeição? Mateus 5:43-48; Lucas 6:36; Colossenses 3:14.
Mt 5:43-48 — Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; 45 Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. 46 Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? 48 Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
Lc 6:36 — Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.
Cl 3:14 — E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.
“Os seres humanos ficaram impressionados com a pureza e a dignidade moral de nosso Salvador, enquanto Seu amor altruísta e Sua benignidade gentil lhes conquistaram o coração. Ele personificava a perfeição.” — Obreiros evangélicos, p. 73. [edição de 1892.]
“Não nutram o sentimento de que são superiores, considerando-se melhores que os outros. ‘Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia’. Paz e descanso virão a vocês quando colocarem a vontade em sujeição à vontade de Cristo. Só assim o amor de Cristo reinará no coração.” — Mensagens aos jovens, p. 73.
Segunda-feira, 22 de julho - 2. UMA ATITUDE DE ORIGEM CELESTIAL
2A) Descreva a profundidade da atitude de um verdadeiro cristão para com os outros. Salmos 101:2; Filipenses 2:1-4.
Sl 101:2 — Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.
Fp 2:1-4 — Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, 2 Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. 3 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. 4 Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
“O temperamento impaciente, que se altera com facilidade, será acalmado e subjugado pelo óleo da graça de Cristo. O senso de pecados perdoados trará aquela paz que excede todo o entendimento. Haverá um sincero esforço para vencer tudo o que se opõe à perfeição cristã. O conflito desaparecerá. Aquele que uma vez encontrou falhas nas pessoas ao redor verá que existem falhas muito maiores no próprio caráter.” — Mensagens aos jovens, p. 73.
2B) Como só o tipo de mentalidade descrito na nota anterior pode habitar no coração de cada um de nós? Filipenses 2:5-8; 1 Coríntios 2:16.
Fp 2:5-8 — De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, 7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
1Co 2:16 — Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.
“É o amor ao próprio eu que destrói nossa paz. Enquanto o ego estiver vivo, estaremos continuamente prontos para protegê-lo da humilhação e do insulto. Por outro lado, quando estivermos mortos, e nossa vida estiver escondida com Cristo em Deus, não levaremos tão a sério negligências ou desprezos. Não ouviremos a crítica e não enxergaremos o desprezo e o insulto. [...]
“A paz de Cristo é constante e duradoura. Ela não depende de nenhuma circunstância da vida, da quantidade de bens seculares ou do número de amigos terrestres. Cristo é a fonte de água viva, e a Sua felicidade nunca pode falhar.
“A mansidão de Cristo, manifestada no lar, alegrará todos os moradores, pois não provoca brigas, não rebate atitudes iradas, mas acalma o temperamento irritado e difunde uma gentileza que é sentida por todos dentro desse ambiente agradável. Onde quer que seja nutrida, a mansidão faz com que as famílias da Terra participem da única grande família do alto.
“Muito melhor seria sofrermos sob falsas acusações do que infligir a nós mesmos a tortura da vingança sobre nossos inimigos. O espírito de ódio e vingança se originou com Satanás, e só pode trazer mal àquele que o nutre. A humildade de coração, aquela brandura que é o fruto de permanecer em Cristo, é o verdadeiro segredo da bênção. ‘Ele adornará os mansos com a salvação’.” — O maior discurso de Cristo, pp. 16 e 17.
Terça-feira, 23 de julho - 3. AMOR VERDADEIRO E FALSO
3A) Descreva o amor que Deus deseja conceder a todos os que buscam ansiosamente esse atributo. Mateus 5:6; 1 Coríntios 13:4-8.
Mt 5:6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.
1Co 13:4-8 — O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. 5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá.
“Para que a igreja prospere, deve haver um esforço consciente por parte de seus membros para nutrir a preciosa planta do amor. Concedam-na todas as vantagens para que possa florescer no coração. Todo verdadeiro crente desenvolverá em sua vida as características desse divino amor; ele revelará uma mentalidade de tolerância, beneficência e bondade, livre da inveja e do ciúme. Esse caráter desenvolvido em palavras e atos não será repulsivo, inacessível, frio e indiferente aos interesses dos outros. A pessoa que nutre a preciosa planta do amor será altruísta, e não perderá o autocontrole, mesmo sob provocação. Ela não atribuirá motivos errados e más intenções a outros, mas sentirá profundamente o pecado quando descoberto em qualquer um dos discípulos de Cristo.
“O amor não se vangloria. É um elemento humilde; nunca leva uma pessoa a se vangloriar, a se exaltar. O amor a Deus e aos nossos semelhantes não se revelará em atos imprudentes nem nos levará a ser controladores, críticos ou ditatoriais. O amor não se orgulha. O coração em que o amor reina demonstrará uma conduta gentil, cortês e compassiva para com os outros, quer eles se adaptem à nossa preferência pessoal ou não, quer nos respeitem ou nos tratem mal. O amor é um princípio ativo; ele mantém o bem dos outros continuamente diante de nós, impedindo-nos assim de praticar ações imprudentes, o que nos levaria a fracassar em nosso objetivo de ganhar almas para Cristo. O amor não busca os próprios interesses. Ele não levará as pessoas a buscarem a própria comodidade e a transigência com o eu. É o respeito que prestamos ao próprio eu que tantas vezes impede o crescimento do amor.” — Testemunhos para a igreja, vol. 5, pp. 123 e 124.
3B) Como somos alertados contra o falso amor? Tiago 2:19; Judas 1:11-13.
Tg 2:19 — Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem.
Jd 1:11-13 — Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré. 12 Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; 13 Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas.
“O pastor [nome não revelado] parecia ser um homem muito fiel. Tinha muito a dizer sobre o amor. Ao falar de fé, dizia: ‘Tudo o que temos de fazer é crer, e então tudo o que pedirmos a Deus, Ele nos concederá’. O irmão White respondeu: ‘As bênçãos são prometidas sob condições. João 15:7 diz: Se vós permanecerdes em Mim e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será dado. Sua teoria de fé está vazia como um barril de farinha com ambas as extremidades abertas. E no que diz respeito ao verdadeiro amor, ele é um elemento muito delicado, jamais deixando o caminho da verdade bíblica’.” — Spiritual Gifts, vol. 2, p. 46.
Quarta-feira, 24 de julho - 4. UM TEMA DE GRANDE IMPORTÂNCIA
4A) Por que é tão importante termos em grande medida cada graça cristã da escada de Pedro? 2 Pedro 1:8.
2Pe 1:8 — Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
“Que as graças cristãs frutifiquem em você. Dedique ao Salvador suas melhores e mais santas afeições. Preste inteira obediência à Sua vontade. Ele não aceitará nada menos do que isso. Não deixe que sua firmeza se abale por causa das zombarias e críticas daqueles cuja mente está entregue à vaidade. Siga seu Salvador mesmo em meio a relatórios bons e ruins que circulem a seu respeito. Regozije-se em tudo isso, como se fosse uma santa honra carregar a cruz de Cristo. Jesus ama você. Ele morreu por você. A menos que busque servi-lO dedicando totalmente as afeições, você fracassará em aperfeiçoar a santidade no temor de Deus e será obrigado a finalmente ouvir as terríveis palavras: ‘Afaste-se’.” — Testemunhos para a igreja, vol. 2, p. 237.
4B) No mundo estressante de hoje, o que muitas vezes negligenciamos? Cantares 2:15.
Ct 2:15 — Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor.
“Os cuidados, fardos e deveres urgentes pressionam vocês, mas quanto maior a pressão e quanto mais pesados os fardos que vocês têm de carregar, mais necessidade sentirão do auxílio divino. Jesus será seu ajudador. Vocês precisam constantemente da luz da vida para iluminar o próprio caminho, e então seus raios divinos refletirão sobre os outros. A obra de Deus é um todo perfeito, porque perfeita é em todas as suas partes. É o cuidado detalhista com aquilo que o mundo chama de pequenas coisas que faz a grande beleza e o sucesso da vida. Pequenos atos de amor, pequenas palavras de bondade, pequenos atos altruístas, um sábio aproveitamento de pequenas oportunidades, um dedicado cultivo de pequenos talentos, engrandecem seres humanos aos olhos de Deus. Se você prestar a devida atenção a esses detalhes, e se essas graças estiverem em você e derem fruto, elas o tornarão perfeito para toda boa obra.
“Não basta estar disposto a doar livremente seus recursos à causa de Deus. Ele pede uma consagração sem reservas de todas as suas habilidades. Privar-se dessa experiência tem sido o erro de sua vida. Você pode pensar que é muito difícil em sua posição manter uma ligação íntima com Deus, mas sua obra será dez vezes mais difícil se você fracassar em fazer isso. [...]
“Deus exige uma consagração completa e íntima, e Ele não aceitará nada menos do que isso. Quanto mais difícil a sua posição, mais você precisa de Jesus.” — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 543.
Quinta-feira, 25 de julho - 5. ESQUECIMENTO PERIGOSO É CEGUEIRA
5A) O que causa a falta de algumas dessas graças cristãs em nós? 2 Pedro 1:9; Apocalipse 2:4.
2Pe 1:9 — Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.
Ap 2:4 — Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
“Aquele que não sobe a escada do progresso e não acrescenta graça sobre graça ‘é cego, nada vendo ao longe’. Ele não consegue entender que, sem dar esses passos sucessivos ao subir a escada, ao deixar de crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, essa pessoa não está se colocando numa posição em que a luz de Deus do alto da escada possa se refletir sobre ela. Como não acrescenta graça sobre graça, esqueceu-se das reivindicações de Deus sobre ela, e de que deveria receber o perdão dos pecados pela obediência às exigências divinas. É alguém que está na posição de pecador diante de Deus. Se tem as graças de Cristo, ele as praticará e desenvolverá, mas se ele não der frutos em boas obras para a glória de Deus, permanecerá num estado de cegueira e ignorância, comodismo e pecado. Ele ‘nada vê ao longe’. Seus olhos estão fixos na Terra, não em Deus, que está no alto da escada.
“Essa classe pode ter vantagens seculares, mas não entende o privilégio e as bênçãos de viver na luz que brilha de Deus, que está no alto da escada. Não conhecem os assuntos que pertencem à sua paz. Não podem olhar para trás com visão espiritual clara, pois não veem as coisas sob a luz do Céu. Eles já desfrutaram do amor de Deus; um dia se arrependeram de seus pecados e se alistaram para se tornarem servos de Jesus Cristo, mas esqueceram todos os votos feitos a Deus no batismo — todas as obrigações solenes que um dia assumiram para irem em busca da glória, da honra e da imortalidade.” — Manuscript Releases, vol. 19, pp. 350 e 351.
Sexta-feira, 26 de julho - PARA VOCÊ REFLETIR
1. Por que e em que tipo de situações estou em perigo de tratar os outros com parcialidade?
2. Sob que tipo de condições minha mentalidade de amor tende a falhar?
3. Como podemos distinguir entre o verdadeiro e o falso amor?
4. Que pequenos gestos de amor costumo negligenciar?
5. Por que ainda estou bem longe do reino do amor — e por que isso importa tanto?