LIÇÃO 3

O casamento em Caná

1º trimestre de 2025
Sábado, 18 de Janeiro de 2025
“Fazei tudo quanto Ele vos disser” (João 2:5).
“Jesus começou a obra de reforma entrando em íntima comunhão com a humanidade.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 150.
Estudo adicional: O Desejado de Todas as Nações, pp. 144-153 (cap. 15: “Nas bodas”); Mensagens aos jovens, pp. 403-418 (cap. 136: “Sociabilidade objetiva”).

1. O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE CRISTO | Domingo, 12 de janeiro
1A) Onde Jesus começou Seu ministério na Terra? João 2:1 e 2.
Jo 2:1 e 2 — E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus. 2 E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.

“Jesus não começou Seu ministério fazendo alguma grande obra perante o Sinédrio em Jerusalém. Pelo contrário, foi numa reunião familiar, em um pequeno vilarejo da Galileia, que Ele manifestou Seu poder para ampliar a alegria de uma festa de casamento. Assim, Ele mostrou Sua identificação com os seres humanos e o desejo de contribuir para a sua felicidade. No deserto da tentação, Ele bebeu o cálice da desgraça. Ele Se apresentou para oferecer à humanidade o cálice da bênção visando santificar as relações da vida humana com Sua misericórdia.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 144.

1B) O que aconteceu muito antes do final da festa de casamento? João 2:3.
Jo 2:3 — E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.

“[Maria] desejava que [Jesus] comprovasse à multidão que Ele era de fato o Honrado de Deus. Ela esperava que surgisse uma oportunidade para Ele operar um milagre diante das pessoas.
“Era costume da época que as festividades de casamento durassem vários dias. Nessa ocasião, alguém notou que o estoque de vinho havia acabado. Essa descoberta causou muita perplexidade e angústia. Era raro não se oferecer vinho em ocasiões festivas, e sua ausência poderia indicar falta de hospitalidade.” — Ibidem, pp. 145 e 146.

2. CRISTO E SUA MÃE | Segunda-feira, 13 de janeiro
2A) O que a mãe de Jesus Lhe disse, e como Ele respondeu? João 2:3 e 4.
Jo 2:3 e 4 — E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. 4 Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

“[João 2:4 é citado aqui.] Essa resposta, por mais brusca que possa parecer, não expressava frieza nem falta de cortesia. A forma como o Salvador Se dirigiu à Sua mãe estava de acordo com o costume oriental. Era um tratamento concedido a pessoas a quem se desejava mostrar respeito. Cada ato da vida terrestre de Cristo estava em harmonia com a ordem que Ele mesmo havia dado: ‘Honra teu pai e tua mãe’ (Êxodo 20:12). Do alto da cruz, em Seu último ato de ternura para com Sua mãe, Cristo Se dirigiu novamente a ela da mesma maneira, quando a entregou aos cuidados do discípulo amado. Tanto na festa de casamento quanto na cruz, o amor expresso em tom, aparência e modos interpretou Suas palavras.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 146.

2B) O que a mãe de Cristo ordenou aos servos, e como essas palavras também se aplicam a nós hoje? João 2:5.
Jo 2:5 — Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.

“Os seguidores [de Cristo] devem cada vez mais se tornar um poder na proclamação da verdade conforme se aproximam da perfeição da fé e do amor por seus irmãos. Deus providenciou assistência divina em todas as emergências para as quais nossos recursos humanos são ineficientes. Ele concede o Espírito Santo para ajudar em todo aperto, fortalecer nossa esperança e confiança, iluminar nossa mente e purificar nosso coração. Ele quer dizer que se deve providenciar recursos suficientes para a execução de seus planos. Peço que busquem o conselho de Deus. Busquem-nO de todo o coração, e ‘fazei tudo quanto Ele vos disser’ (João 2:5).” — Testemunhos para a igreja, vol. 6, pp. 414 e 415.

2C) Que ordem Jesus deu ao servo durante a festa de casamento? João 2:6-8.
Jo 2:6-8 — E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes. 7 Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. 8 E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.

“Ao lado da porta havia seis grandes jarros de pedra, e Jesus ordenou que os servos os enchessem de água. Bom, isso aconteceu. Então, como o vinho era necessário para uso imediato, Ele disse: ‘Tirai agora, e levai ao mestre-sala’. Em vez da água dos jarros, havia vinho.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 148.

3. O VINHO DE CRISTO | Terça-feira, 14 de janeiro
3A) Ao servirem o vinho, como o mestre-sala reagiu? João 2:9 e 10.
Jo 2:9 e 10 — E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo, 10 E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

“Nem o mestre-sala nem os convidados sabiam que o estoque de vinho havia acabado. Ao provar da bebida que os servos trouxeram, o mestre de cerimônias a achou superior a qualquer outra que ele já havia tomado, e muito diferente do vinho servido no início da festa.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 148.

3B) Que tipo de vinho Cristo ofereceu? Isaías 65:8.
Is 65:8 — Assim diz o SENHOR: Como quando se acha mosto num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos, que não os destrua a todos,

“O vinho que Cristo providenciou para a festa, e que também forneceu aos discípulos como um símbolo de Seu próprio sangue, era o puro suco da uva. O profeta Isaías se refere a essa bebida quando fala do vinho novo, ‘no cacho’, e diz: ‘Não o desperdices, pois há bênção nele’ (Isaías 65:8). [...]
“O vinho não fermentado que Ele forneceu para os convidados do casamento era uma bebida saudável e refrescante. Seu efeito era combinar o sabor com um apetite saudável.” — Ibidem, p. 149.

3C) O que as Escrituras dizem sobre o vinho fermentado? Provérbios 20:1; 23:29-35.
Pv 20:1 — O VINHO é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.
Pv 23:29-35 — Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? 30 Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado. 31 Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. 32 No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá. 33 Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades. 34 E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro. 35 E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.

“Foi Cristo que deu esta advertência a Israel no Antigo Testamento: ‘O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio’ (Provérbios 20:1). E Ele mesmo nunca serviu tal bebida. Satanás tenta os homens a uma satisfação própria que entorpecerá a razão e prejudicará as percepções espirituais, mas Cristo nos ensina a controlar a natureza inferior. Sua vida inteira foi um exemplo de altruísmo. Para quebrar o poder do apetite, Cristo sofreu por nós a mais severa prova que a humanidade poderia suportar. Foi Ele que ordenou a João Batista não beber vinho nem bebida forte. Foi Ele que ordenou a mesma abstinência à esposa de Manoá. Por outro lado, o Senhor pronunciou uma maldição sobre a pessoa que colocasse a garrafa nos lábios do próximo. Cristo não contradiz Seu próprio ensino.” — Idem.

4. O EXEMPLO DE CRISTO EM REUNIÕES SOCIAIS | Quarta-feira, 15 de janeiro
4A) Que objetivos a presença de Cristo e Seu milagre na festa de casamento alcançaram, mesmo para nós hoje? João 2:11.
Jo 2:11 — Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.

“Cristo conhecia todas as coisas; Ele olhou através dos séculos para o nosso tempo e viu qual seria a condição da sociedade no fim da história do mundo. Ele viu milhares e milhares morrendo pelo uso de vinho e bebida forte. O mundo gradualmente entrará no mesmo estado em que esteve nos dias antes do dilúvio. Mas o Céu ergueu um sinal de perigo para certificar que os homens recebam advertências e cooperem com Deus para sua própria segurança. Ele nos deu exemplos de abstinência absoluta [de álcool] e forneceu instruções que, se seguidas, resultarão na criação e preservação do vigor, habilidade e excelência de nossos filhos.” — The Signs of the Times, 16 de abril de 1896.

4B) Descreva o tipo de atitude revigorante que Cristo exemplificou ao longo de Seu ministério. Mateus 11:29.
Mt 11:29 — Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

“Jesus começou a obra de reforma entrando em íntima comunhão com a humanidade. Embora mostrasse a maior reverência pela Lei de Deus, Ele repreendeu a falsa piedade dos fariseus e tentou libertar o povo das regras sem sentido que os prendiam. Procurava derrubar as barreiras que separavam as diferentes classes da sociedade para que pudesse unir os seres humanos como filhos de uma família. Sua participação na festa de casamento foi projetada para ser um passo em direção a isso.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 150.
“Embora Jesus tenha reprovado a satisfação própria em todas as suas formas, Ele mesmo era sociável em Sua natureza. Ele aceitou a hospitalidade de todas as classes, visitando a casa dos ricos e dos pobres, dos eruditos e dos ignorantes, e procurando elevar seus pensamentos dos problemas da vida cotidiana para as questões espirituais e eternas. Ele não autorizou a dissipação e nenhuma sombra de leviandade mundana prejudicou Sua conduta; no entanto, encontrava prazer em cenas de inocente alegria, e autorizou a reunião social por Sua presença. O casamento judaico era uma ocasião impressionante, e sua alegria não desagradou ao Filho do homem. Ao participar dessa festa, Jesus honrou o casamento como uma instituição divina.” — Ibidem, pp. 150 e 151.

5. INTERAÇÃO SOCIAL SAUDÁVEL | Quinta-feira, 16 de janeiro
5A) O que devemos aprender do exemplo de Cristo que O diferenciava tanto dos líderes religiosos de Sua época? Provérbios 18:24.
Pv 18:24 — O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão.

“O ministério de Cristo estava em claro contraste com o dos líderes judeus. A consideração deles pelos costumes tradicionais e pelo formalismo destruiu toda a verdadeira liberdade de pensamento e ação. Eles viviam com um medo contínuo de contaminação. Visando evitar o contato com os ‘impuros’, eles se mantinham distantes não só dos gentios, mas da maioria das pessoas do seu próprio povo, não procurando beneficiá-los nem conquistar sua amizade. Ao insistirem constantemente nesses assuntos, eles atrofiavam a mente e limitavam a esfera de ação da vida. Seu exemplo incentivava o egoísmo e a intolerância entre todas as classes do povo.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 150.

5B) Qual deve ser nosso objetivo em todas as interações sociais? Provérbios 11:30.
Pv 11:30 — O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.

“Podemos manifestar inúmeras pequenas atenções em palavras amigáveis e olhares agradáveis, o que reverterá novamente para nós. Por sua negligência para com os outros, os cristãos imprudentes demonstram não terem qualquer união com Cristo. É impossível estar em união com Jesus e, no entanto, ser cruel com os outros e esquecer seus direitos.
“Todos nós devemos nos tornar testemunhas de Jesus. O poder social santificado pela graça de Cristo deve se desenvolver mediante a conquista de pessoas para o Salvador. Que o mundo veja que não estamos egoisticamente envolvidos em nossos próprios interesses, mas que desejamos que outros compartilhem de nossas bênçãos e privilégios. Que vejam o fato de que nossa religião não nos torna antipáticos nem exigentes. Que todos os que professam ter encontrado a Cristo sirvam as pessoas como Ele fez. Nunca devemos dar ao mundo a falsa impressão de que os cristãos são um povo tristonho e infeliz.” — O lar adventista, p. 428.

PARA VOCÊ REFLETIR | Sexta-feira, 17 de janeiro
1. Descreva os frutos espirituais que o milagre de Cristo em Caná gerou.
2. Descreva o relacionamento entre Cristo e Sua mãe.
3. Por que o mestre-sala ficou tão surpreso?
4. Que tipo de vinho simboliza adequadamente o sangue de Cristo?
5. Nas reuniões sociais, o que devemos lembrar referente ao exemplo de Jesus?



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