LIÇÃO 1

Jesus, Simão e Maria

3º trimestre de 2025
Sábado, 05 de Julho de 2025
“Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama” (Lucas 7:47).
“Jesus conhece as circunstâncias de cada pessoa. Você pode dizer: ‘Sou pecador, muito pecador’. Talvez você seja mesmo. Contudo, quanto pior você for, mais precisa de Jesus. Ele não dá as costas ao choro de quem está arrependido e contrito. Não revela a ninguém tudo o que poderia, mas incentiva toda pessoa trêmula a ter ânimo e coragem. Assim, perdoará livremente todos os que vão a Ele em busca de perdão e restauração.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 568.
Estudo adicional: Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 485-487, 550-552.

Domingo, 29 de junho | 1. A ÚLTIMA VISITA A BETÂNIA
1A) Descreva a situação de Jerusalém na época da última visita de Jesus a Betânia, e como isso pode ter influenciado alguns dos que estavam presentes à festa de Simão, o fariseu? João 11:55-57; Salmos 55:21.
Jo 11:55-57 — E estava próxima a páscoa dos judeus, e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da páscoa para se purificarem. 56 Buscavam, pois, a Jesus, e diziam uns aos outros, estando no templo: Que vos parece? Não virá à festa? 57 Ora, os principais dos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para o prenderem.
Sl 55:21 — As palavras da sua boca eram mais macias do que a manteiga, mas havia guerra no seu coração: as suas palavras eram mais brandas do que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas.

“Simão de Betânia era considerado discípulo de Jesus. Ele era um dos poucos fariseus que se uniu abertamente aos seguidores de Cristo. Simão reconhecia Jesus como um mestre e esperava que Ele fosse o Messias, mas ainda não O havia aceitado como um Salvador. Seu caráter não estava transformado; seus princípios não haviam mudado.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 557.

1B) Que grande bênção Simão recebeu, e como agora demonstrava gratidão a Jesus? Lucas 7:36.
Lc 7:36 — E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.

“Simão havia recebido a cura da lepra, e isso é que o atraiu a Jesus. Ele desejava demonstrar gratidão, e, na última visita de Cristo a Betânia, preparou um banquete para o Salvador e Seus discípulos.” — Ibidem, p. 557.

Segunda-feira, 30 de junho | 2. BROTANDO DO CORAÇÃO
2A) Descreva o tipo de situação oculta que muitas vezes ocorre em reuniões sociais, e como isso aconteceu nessa ocasião. Salmos 55:21.
Sl 55:21 — As palavras da sua boca eram mais macias do que a manteiga, mas havia guerra no seu coração: as suas palavras eram mais brandas do que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas.

“Essa festa reuniu muitos judeus. Nessa época, Jerusalém estava muito agitada. Cristo e Sua obra estavam atraindo mais atenção do que nunca. Aqueles que foram ao banquete acompanhavam cada movimento dEle, e alguns dentre eles tinham olhos hostis.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 557.

2B) Descreva as ações de Maria durante o banquete na casa de Simão. Lucas 7:37 e 38; João 12:3.
Lc 7:37 e 38 — E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; 38 E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento.
Jo 12:3 — Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.

“Maria ouvia atentamente cada palavra que saía dos lábios de Jesus. Em sua misericórdia, Jesus havia perdoado os pecados dela e trazido seu amado irmão de volta à vida, enchendo o coração de Maria de gratidão. Ela havia ouvido Jesus falar sobre Sua morte que se aproximava e, em meio a profundo amor e tristeza, desejava honrá-lO de alguma forma. Com grande sacrifício, Maria havia comprado um vaso de alabastro de ‘unguento de nardo puro, de muito preço’ para ungir o corpo de Jesus. No entanto, muitas pessoas estavam agora dizendo que o Salvador seria coroado como rei. Devido a isso, sua tristeza se transformou em alegria, e ela ficou ansiosa para ser a primeira a honrá-lO. Maria quebrou o vaso e derramou o perfume sobre a cabeça e os pés de seu Senhor. Em seguida, ajoelhou-se chorando e, enquanto suas lágrimas molhavam os pés de Cristo, ela os enxugava com seus longos cabelos.” — Ibidem, pp. 558 e 559.

2C) Como Judas reagiu ao presenciar aquele ato? João 12:4 e 5; Mateus 26:8 e 9.
Jo 12:4 e 5 — Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: 5 Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
Mt 26:8 e 9 — E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício? 9 Pois este unguento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.

“[Maria] tentou evitar ser notada, e seus movimentos poderiam ter passado despercebidos. No entanto, o perfume encheu o ambiente com sua fragrância, revelando seu ato a todos os presentes. Judas ficou profundamente insatisfeito com o que viu. Em vez de esperar para ouvir o que Cristo diria sobre o ocorrido, ele começou a sussurrar suas queixas aos que estavam próximos, criticando Cristo por permitir tamanho desperdício. Com astúcia, Judas fez sugestões que tinham o potencial de causar descontentamento e revolta entre os presentes.” — Ibidem, p. 559.

Terça-feira, 1º de julho | 3. A FALSIDADE DE JUDAS
3A) Qual foi o motivo real que levou Judas a criticar o ato de Maria ao ungir os pés de Jesus? João 12:6.
Jo 12:6 — Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.

“Judas era o tesoureiro dos discípulos e, às escondidas, desviava parte do dinheiro para uso próprio, reduzindo os recursos a uma quantia insignificante. Ele estava sempre ansioso para colocar na sacola tudo o que pudesse conseguir. Frequentemente, o dinheiro na sacola era usado para ajudar os pobres, mas, quando algo que Judas considerava desnecessário era comprado, ele dizia: ‘Por que esse desperdício? Por que esse valor não foi colocado na sacola que eu carrego para os pobres?’ O ato de Maria, em contraste tão marcante com o egoísmo de Judas, o envergonhou. Como de costume, ele tentou justificar seu desgosto pelo presente dela com um motivo aparentemente digno. Voltando-se para os discípulos, ele perguntou: ‘Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava’. Judas não tinha coração para os pobres. Se o perfume de Maria tivesse sido vendido, e o dinheiro caísse em suas mãos, os pobres não teriam recebido nenhum benefício.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 559.

3B) Como os discípulos consideravam Judas? E como ele se considerava? João 13:29.
Jo 13:29 — Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que desse alguma coisa aos pobres.

“Judas tinha uma opinião elevada sobre suas próprias habilidades administrativas. Como financista, ele se considerava muito superior aos outros discípulos e os levou a compartilharem da mesma opinião. Ele conquistou a confiança deles, e exercia forte influência sobre o grupo. Sua aparente preocupação pelos pobres os enganava, e as insinuações astutas dele os levaram a olhar com desconfiança para a devoção de Maria.” — Ibidem, pp. 559 e 560.

3C) Descreva o que quase sempre motiva aqueles que criticam outros cochichando para as pessoas. Além disso, explique como essa atitude pode afetar irmãos sensíveis que são o alvo desse tipo de comentário. Judas 1:16.
Jd 1:16 — Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse.

“Maria ouviu as palavras de crítica, e seu coração se angustiou. Ela temeu que Marta, sua irmã, a censurasse por ser extravagante. Também temeu que o Mestre a considerasse imprudente. Sem oferecer desculpas nem justificativas, estava a ponto de se afastar, envergonhada.” — Ibidem, p. 560.

Quarta-feira, 2 de julho | 4. SIMÃO E MARIA
4A) Como Simão foi impactado por seu próprio orgulho farisaico e pelo ato de Maria? Em seguida, de que forma ele julgou Jesus? Lucas 7:39.
Lc 7:39 — Ao ver isto, o fariseu que o havia convidado disse consigo mesmo: Se este fosse profeta, bem saberia quem e que tipo de mulher é esta que está tocando nele, porque é uma pecadora. [Nova Almeida Atualizada.]

“Simão, o dono da casa, foi influenciado pelas críticas de Judas ao presente de Maria, e ficou surpreso com a conduta de Jesus. Seu orgulho farisaico se ofendeu. [...]
“Ao curar Simão da lepra, Cristo o havia salvado de uma morte lenta e dolorosa. Mas [...] como Cristo permitiu que essa mulher se aproximasse dEle, e como não a afastou com indignação, tratando-a como alguém cujos pecados eram grandes demais para serem perdoados, e por também Jesus não ter demonstrado reconhecer a queda dela, Simão foi tentado a pensar que Ele não era um profeta.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 566.

4B) Que conhecimento Jesus revelou ter sobre a vida íntima de Simão e de Maria? Lucas 7:40-43. Logo após, como Jesus repreendeu Simão, e por quê? Lucas 7:44-46.
Lc 7:40-43 — E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. 41 Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinquenta. 42 E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? 43 E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.
Lc 7:44-46 — E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça. 45 Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. 46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.

“[Simão] não entendia que o Filho de Deus precisava agir de acordo com os caminhos de Deus, com compaixão, ternura e misericórdia. O jeito de Simão agir era ignorar a oferta de arrependimento de Maria. O ato dela de beijar os pés de Cristo e ungi-los com perfume irritava seu coração duro. Ele pensou que, se Cristo fosse um profeta, reconheceria pecadores e os repreenderia. [...]
“Assim como Natã fez com Davi, Cristo escondeu Sua crítica direta sob o véu de uma parábola. Ele colocou sobre o anfitrião a responsabilidade de pronunciar uma sentença contra si mesmo. Simão tinha conduzido ao pecado a mulher que agora desprezava. Ele a havia prejudicado profundamente. [...] Apesar de tudo isso, Simão se considerava mais justo do que Maria, e Jesus queria que ele enxergasse a profundidade da própria culpa. Cristo lhe mostraria que seu pecado era maior do que o dela.” — Ibidem, pp. 566 e 567.

4C) Como os judeus reagiram quando Jesus disse que os pecados de Maria foram perdoados? Lucas 7:48 e 49. Que efeito a parábola de Cristo provocou no coração de Simão?
Lc 7:48 e 49 — E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. 49 E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?

“Daquele momento em diante, Simão começou a mudar a opinião que tinha sobre si mesmo. Ele percebeu como Maria era considerada por Alguém que era mais do que um profeta. Ele notou que, com um olhar profético profundo, Cristo compreendeu o coração de amor e devoção de Maria. A vergonha tomou conta de Simão, que reconheceu estar na presença de Alguém muito superior a si mesmo.” — Ibidem, p. 567.

Quinta-feira, 3 de julho | 5. A CONVERSÃO DO FARISEU
5A) Por mais duvidoso que o resultado nos pareça, por que somos encorajados a falar claramente com pecadores como Simão? Provérbios 9:8; Tiago 5:20.
Pv 9:8 — Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.
Tg 5:20 — Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.

“Enquanto Maria era uma pecadora perdoada, [Simão] era um pecador não perdoado. A rígida regra de justiça que ele desejava impor contra ela o condenava.
“A bondade de Jesus tocou o coração do fariseu ao deixar de repreendê-lo abertamente diante dos convidados. Ele recebeu um tratamento diferente daquele que desejou para Maria. Ele percebeu que Jesus não queria expor sua culpa a outros, mas, por meio de uma declaração verdadeira sobre a situação, o Mestre buscava convencer sua mente para, com bondade e ternura, tocar seu coração. Uma repreensão severa teria endurecido Simão contra o arrependimento, mas a paciente exortação o levou a reconhecer o próprio erro. Ele compreendeu o tamanho da dívida que tinha para com seu Senhor. Seu orgulho foi humilhado, ele se arrependeu, e o orgulhoso fariseu se tornou um discípulo humilde e abnegado.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 567 e 568.

5B) O que Jesus disse sobre o ato de Maria, e que palavras encorajadoras Ele dirigiu a ela? Mateus 26:12 e 13; Lucas 7:50.
Mt 26:12 e 13 — Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento. 13 Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.
Lc 7:50 — E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.

“Maria era vista como grande pecadora, mas Cristo conhecia as circunstâncias que haviam moldado sua vida. Ele poderia ter apagado cada raio de esperança em sua alma, mas não o fez. Pelo contrário, foi Ele quem a resgatou do desespero e da ruína. Sete vezes ela ouviu Sua repreensão aos demônios que controlavam seu coração e mente. Ela também ouviu Seus fortes clamores ao Pai em favor dela. Então Maria soube como o pecado é ofensivo para a pureza imaculada de Cristo, e, na força dEle, ela venceu.” — Ibidem, p. 568.

Sexta-feira, 4 de julho | PARA VOCÊ REFLETIR
1. Na minha caminhada com Deus, como posso cultivar as melhores qualidades de Maria?
2. Que lição devo aprender com a atitude de Judas no banquete?
3. Como posso evitar a armadilha a que os pensamentos de Simão o levaram?
4. Quando as palavras reconfortantes de Cristo a Maria podem se aplicar à minha vida?
5. O que devo aprender sobre a maneira como Jesus convenceu Simão de seu erro?



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