LIÇÃO 4

Jesus, o Servo dos servos

3º trimestre de 2025
Sábado, 26 de Julho de 2025
“Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15).
“A vida inteira de Cristo foi marcada por um serviço altruísta. ‘Não para ser servido, mas para servir’ (Mateus 20:28), era o exemplo em cada um de Seus atos.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 642.
Estudo adicional: O Desejado de Todas as Nações, pp. 642-651.

Domingo, 20 de julho | 1. UM CONCEITO GENTIO
1A) Que mentalidade destrutiva, originada com Lúcifer, afetou o judaísmo (incluindo os discípulos de Cristo), a qual também pode nos afetar hoje? Lucas 22:24 e 25.
Lc 22:24 e 25 — E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. 25 E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores.

“Lúcifer desejava o poder de Deus, mas não o Seu caráter. Ele buscava para si a mais alta posição, e qualquer ser motivado pela mesma mentalidade fará o mesmo. Isso inevitavelmente leva ao afastamento, à discórdia e aos conflitos. O domínio se torna o prêmio do mais forte. O reino de Satanás é um reino de força; cada pessoa vê as outras como obstáculos no caminho de seu próprio progresso, ou como degraus sobre os quais pode subir para alcançar uma posição mais elevada.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 435 e 436.
“Nos reinos do mundo, posição significava autoengrandecimento. A existência das pessoas era vista como um benefício para as classes dominantes. Influência, riqueza e educação eram meios usados para alcançar controle sobre as massas e, assim, favorecer os líderes. As classes mais altas deveriam pensar, decidir, desfrutar e governar; as mais baixas deveriam apenas obedecer e servir. A religião, como tudo o mais, era uma questão de autoridade. Esperava-se que as pessoas acreditassem e praticassem conforme a orientação dos superiores. O direito do homem, enquanto ser humano, de pensar e agir por conta própria, era completamente ignorado.” — Ibidem, p. 550.
“Por meio do orgulho espiritual, do desejo de impor regras, e do anseio por honra ou posição [...], a igreja pode ser perturbada, e sua paz sacrificada.” — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 241.

Segunda-feira, 21 de julho | 2. A NECESSIDADE DE UMA NOVA ATITUDE
2A) Ao contrário do desejo ambicioso por um lugar mais elevado, que princípio Jesus instituiu, e como Ele mesmo serviu de exemplo nesse sentido? Lucas 22:26 e 27; João 13:13-16.
Lc 22:26 e 27 — Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. 27 Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.
Jo 13:13-16 — Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.

“Cristo estava estabelecendo um reino baseado em princípios diferentes. Ele chamava as pessoas, não para exercerem autoridade, mas para servir, os fortes para suportar as fraquezas dos fracos. Poder, posição, talento e educação colocavam quem os tinha sob maior obrigação de servir ao próximo. [...]
“No reino de Cristo, não há opressão tirânica, nem imposição de comportamento. Os anjos do céu não vêm à Terra para governar ou exigir reverência, mas como mensageiros de misericórdia, para cooperarem com as pessoas na elevação da humanidade.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 550 e 551.

2B) Explique de que forma Cristo lidou com pessoas imperfeitas: — uma atitude para substituir nossa própria tendência natural. Filipenses 2:3 e 4.
Fp 2:3 e 4 — Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. 4 Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.

“É natural, embora não seja uma característica positiva, que sejamos rápidos para perceber e lembrar os erros e falhas dos outros.
“O irmão B não faz esforço para estar em harmonia com seus companheiros. Sua autoconfiança o leva a não sentir necessidade dessa união. Ele acredita que a forma de pensar dos outros é inferior à sua, e que considerar as opiniões e conselhos deles seria um ato de grande favor e tolerância. [...] Considera-se sábio e experiente demais para acatar as medidas de segurança que muitos julgam indispensáveis. Sua elevada visão e confiança nas próprias habilidades e conquistas o levam a crer que está preparado para qualquer situação.” — Testemunhos para a igreja, vol. 3, pp. 444 e 445.
“A influência do egoísmo mundano, que alguns carregam como uma nuvem, esfriando até o ar que os outros respiram, adoece a alma e, muitas vezes, leva à morte espiritual.” — Ibidem, p. 528.
“Se houver aquele amor entre irmãos que os leve a considerar os outros superiores a si mesmos, haverá uma renúncia dos próprios caminhos e desejos em favor dos outros.” — Obreiros evangélicos, p. 447.

Terça-feira, 22 de julho | 3. UMA TENDÊNCIA OBSTINADA
3A) Que preocupação os apóstolos ainda tinham pouco antes da Páscoa? Mateus 20:20-24; Lucas 22:24.
Mt 20:20-24 — Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido. 21 “O que você quer? “, perguntou ele. Ela respondeu: “Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda”. 22 Disse-lhes Jesus: “Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu vou beber? “ “Podemos”, responderam eles. 23 Jesus lhes disse: “Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai”. 24 Quando os outros dez ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos. [Nova Versão Internacional.]
Lc 22:24 — E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior.

“Houve ‘também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior’. Essa rivalidade, demonstrada na presença de Cristo, o entristeceu e o feriu. Os discípulos continuavam presos à ideia de que Jesus revelaria Seu poder e assumiria o trono de Davi. No íntimo, cada um ainda desejava ocupar a posição mais elevada no reino. Eles haviam formado sua própria opinião sobre si mesmos e sobre os outros e, em vez de enxergar seus irmãos como mais dignos, colocavam-se em primeiro lugar. O pedido de Tiago e João para se assentarem à direita e à esquerda do trono de Cristo provocou a indignação dos demais. O fato de os dois irmãos ousarem exigir as posições mais altas despertou tal revolta entre os outros dez que a união entre eles ficou ameaçada. Sentiam-se injustiçados, e acreditavam que sua fidelidade e talentos não tinham sido devidamente apreciados. Judas foi o mais severo em criticar Tiago e João.
“Quando os discípulos entraram na sala da ceia, o coração de cada um estava tomado pelo ressentimento. Judas se posicionou bem próximo a Cristo, à esquerda; João sentou-se à direita. Se houvesse um lugar de maior honra, Judas estava determinado a ocupá-lo.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 643 e 644.

3B) Que lição anterior os discípulos aparentemente esqueceram, causando mais um motivo de discórdia entre eles? Mateus 18:1-4.
Mt 18:1-4 — Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” 2 Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, 3 e disse: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. 4 Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. [Nova Versão Internacional.]

“Surgiu então mais um motivo de discórdia. Durante uma ceia, era costume que um servo lavasse os pés dos convidados, e, naquela ocasião, tudo já havia sido preparado para esse serviço. O jarro, a bacia e a toalha estavam ali, prontos para a lavagem dos pés, mas não havia nenhum servo presente, e essa tarefa cabia aos discípulos. No entanto, movidos pelo orgulho ferido, cada um deles decidiu que não assumiria o papel de servo. Todos demonstraram uma indiferença fria, como se não percebessem que havia algo a ser feito. Por seu silêncio, recusaram-se a se humilhar.” — Ibidem, p. 644.
“Pensemos em como nossas palavras soam aos ouvidos de Deus, e em como Ele vê nossos pensamentos egoístas quando julgamos e condenamos os outros, os quais talvez tenham um coração e intenções melhores que os nossos.” — The Signs of the Times, 19 de fevereiro de 1885.

Quarta-feira, 23 de julho | 4. UM EXEMPLO PRÁTICO
4A) Depois de esperar pacientemente que os discípulos tomassem a iniciativa, o que Jesus finalmente fez? João 13:3-5.
Jo 13:3-5 — Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; 4 assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. 5 Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. [Nova Versão Internacional.]

“[João 13:5 é citado aqui.] Essa atitude abriu os olhos dos discípulos. Um profundo sentimento de vergonha e humilhação tomou conta deles. Compreenderam a repreensão silenciosa e passaram a enxergar a si mesmos de uma maneira completamente nova.
“Assim, Cristo expressou Seu amor pelos discípulos. A mentalidade egoísta deles encheu Seu coração de tristeza, mas Ele não entrou em discussão sobre o assunto. Em vez disso, deu-lhes um exemplo que jamais esqueceriam.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 644 e 645.

4B) Como Pedro reagiu quando Cristo Se aproximou dele para lavar-lhe os pés? João 13:6-8 (primeira parte).
Jo 13:6-8 [p.p.] — Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: “Senhor, vais lavar os meus pés?” 7 Respondeu Jesus: “Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá”. 8 Disse Pedro: “Não; nunca lavarás os meus pés”. [...] [Nova Versão Internacional.]

“Pedro não suportou ver seu Senhor, a quem cria ser o Filho de Deus, assumindo a posição de servo. Tudo dentro dele se revoltou contra tal humilhação. Ele não compreendia que foi exatamente para isso que Cristo veio ao mundo.” — Ibidem, pp. 645 e 646.

4C) Até que ponto Judas havia cedido às tentações de Satanás, e como Jesus deixou claro que sabia disso? João 13:2, 10 e 11.
Jo 13:2, 10 e 11 — Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus. [...] 10 Respondeu Jesus: “Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos”. 11 Pois ele sabia quem iria traí-lo, e por isso disse que nem todos estavam limpos. [Nova Versão Internacional.]

“Antes da Páscoa, Judas já havia se encontrado pela segunda vez com os sacerdotes e escribas e fechado o acordo para entregar Jesus em suas mãos. Mesmo assim, ele se misturou depois entre os discípulos como se fosse inocente e estivesse sinceramente envolvido nos preparativos para a ceia. Os discípulos nada sabiam sobre o plano de Judas. Apenas Jesus podia ler seu segredo. No entanto, Ele não o expôs. Jesus ansiava pela salvação de sua alma. Sentia por ele a mesma angústia que havia sentido por Jerusalém ao chorar sobre a cidade condenada. Seu coração clamava: ‘Como posso abandonar você?’. Por sua vez, Judas sentiu todo o poder irresistível daquele amor. Quando as mãos do Mestre lavaram aqueles pés sujos e os enxugaram com a toalha, o coração de Judas foi profundamente tocado. Por um instante, sentiu o intenso desejo de confessar seu pecado ali mesmo. Contudo, não se humilharia.” — Ibidem, p. 645.

Quinta-feira, 24 de julho | 5. O SIGNIFICADO DO RITUAL DO LAVA-PÉS
5A) Com esse ato, o que Jesus realmente deseja fazer? João 13:8 (última parte).
Jo 13:8 [ú.p.] — [...] Jesus respondeu: “Se eu não os lavar, você não terá parte comigo”. [Nova Versão Internacional.]

“Por meio desse ato, nosso Senhor transformou essa cerimônia de humildade em uma ordenança sagrada. Dali em diante, os discípulos a deveriam realizar para que jamais se esquecessem das lições de humildade e serviço do Mestre.
“Essa ordenança é a preparação que Cristo designou para o serviço da ceia. Enquanto o orgulho, a discórdia e a luta pelo mais alto lugar forem alimentados, o coração não poderá entrar em harmonia com Cristo, pois não está preparado para receber a comunhão de Seu corpo e de Seu sangue. Por isso, Jesus ordenou que o memorial de Sua humilhação ocorra antes.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 650.

5B) Que palavras significativas Jesus pronunciou após a cerimônia do lava-pés? Do que isso deve nos lembrar ao participarmos desse rito? João 13:12-17.
Jo 13:12-17 — Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: “Vocês entendem o que lhes fiz? 13 Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. 14 Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. 15 Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. 16 Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. 17 Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem”.

“Somos sujeitos a erros, e falhamos muitas vezes. Voltemos ao Senhor com arrependimento e confissão. Ao nos reunirmos para participar dos sagrados emblemas na casa do Senhor, façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para corrigir os erros. Ao nos ajoelharmos diante de um irmão para lavar seus pés, devemos nos perguntar: ‘Há algo em meu coração que me separa dele? Será que eu disse ou fiz algo que nos afastou?’. Se sim, devemos remover isso por meio de uma confissão sincera. Desse modo, coração se unirá a coração, e a bênção de Deus se manifestará.” — Refletindo a Cristo, p. 283.

Sexta-feira, 25 de julho | PARA VOCÊ REFLETIR
1. Explique o contraste entre a atitude celestial e a terrena.
2. Se eu me recusar a lavar os pés do meu irmão, o que estou realmente recusando?
3. De que forma a experiência interior de Judas serve como um alerta para mim?
4. Explique como Cristo transformou a atitude dos discípulos.
5. Qual é o propósito e o significado da cerimônia do lava-pés?



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