LIÇÃO 3

Jesus perante Pilatos

4º trimestre de 2025
Sábado, 18 de Outubro de 2025
“Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isso, tornou a sair para os judeus, e disse-lhes: Não acho nEle crime algum” (João 18:38).
“Pilatos olhou para os homens que traziam Jesus preso, e depois encarou-O com olhar penetrante. [...] Viu um homem de porte calmo e digno, cujo semblante não trazia os traços de um criminoso, mas sim a marca do Céu.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 724.
Estudo adicional: O Desejado de Todas as Nações, pp. 723-740 (capítulo 77: “Na sala de julgamento de Pilatos”).

Domingo, 12 de outubro | 1. DE UMA AUTORIDADE PARA OUTRA
1A) Para onde os judeus levaram Jesus em seguida? Marcos 15:1; João 18:28 (primeira parte).
Mc 15:1 — E, LOGO ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho; e, ligando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
Jo 18:28 [p.p.] — Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. [...]

“No tribunal de Pilatos, o governador romano, Cristo estava preso, amarrado como um criminoso. Ao Seu redor, encontrava-se a guarda de soldados, e o salão se enchia rapidamente de espectadores. Do lado de fora, estavam os juízes do Sinédrio, sacerdotes, líderes, anciãos e o povo.
“Tendo condenado Jesus, o conselho do Sinédrio foi até Pilatos para que a sentença fosse confirmada e executada.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 723.

1B) Explique a hipocrisia dos líderes judeus. João 18:28 (última parte).
Jo 18:28 [ú.p.] — [...] E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.

“Aqueles oficiais judeus não quiseram entrar no tribunal romano. Segundo a lei cerimonial, isso os tornaria impuros e os impediria de participarem da festa da Páscoa. Em sua cegueira, não perceberam que o ódio assassino lhes havia contaminado o coração. Não viam que Cristo era o verdadeiro Cordeiro pascoal, e que, ao rejeitá-lO, a grande festa da Páscoa havia perdido todo o sentido para eles.” — Idem.

Segunda-feira, 13 de outubro | 2. NO TRIBUNAL ROMANO
2A) Que pergunta embaraçosa Pilatos fez aos líderes judeus? João 18:29.
Jo 18:29 — Então Pilatos saiu fora e disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?

“A aparência de Cristo causou uma forte impressão favorável em Pilatos. Sua natureza mais nobre se despertou. Já tinha ouvido falar de Jesus e de Suas obras. Sua esposa lhe havia contado algo sobre os atos maravilhosos que aquele Profeta Galileu tinha realizado ao curar doentes e ressuscitar mortos. Agora, tudo isso voltava à sua mente como um sonho. Lembrou-se de rumores que ouviu de várias fontes. Assim, resolveu exigir dos judeus as acusações contra o Prisioneiro.
“‘Quem é este Homem, e por que O trouxeram aqui?’, perguntou. ‘Que acusação trazeis contra Ele?’. Esses questionamentos desconcertaram os judeus. Sabiam que não podiam sustentar suas acusações contra Cristo, e não queriam uma investigação pública.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 724.

2B) Que resposta evasiva e arrogante os líderes judeus deram a Pilatos? João 18:30.
Jo 18:30 — Responderam, e disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.

“[Os membros do Sinédrio] esperavam impressionar Pilatos com seu senso de importância para o convencerem a atender ao pedido sem muitas formalidades. Estavam ansiosos pela confirmação da sentença, pois sabiam que o povo, que havia presenciado as obras maravilhosas de Cristo, poderia contar uma história muito diferente da farsa que estavam apresentando.” — Idem.

2C) Que declaração de Pilatos deixou a situação dos sacerdotes ainda mais difícil? João 18:31.
Jo 18:31 — Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.

“[Os sacerdotes] pediram a Pilatos que aceitasse sua palavra quanto à culpa de Cristo e executasse a sentença que haviam determinado. Assumiriam a responsabilidade pelas consequências.
“Pilatos não era um juiz justo ou consciencioso; mas, embora fraco em poder moral, recusou-se a atender a esse pedido. Não condenaria Jesus sem que apresentassem uma acusação formal.” — Ibidem, p. 725.

Terça-feira, 14 de outubro | 3. PILATOS É PRESSIONADO
3A) Voltando ao tribunal, que pergunta Pilatos fez a Jesus — e por quê? João 18:33.
Jo 18:33 — Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?

“Os sacerdotes se viram numa situação difícil. Perceberam que precisavam ocultar sua hipocrisia com o melhor dos disfarces. Não podiam dar a entender que Cristo tinha sido preso por motivos religiosos. Se essa fosse a justificativa, seus argumentos não teriam peso algum com Pilatos. Era necessário apresentar Jesus como alguém que agia contra a lei comum, para que pudesse receber a sentença de um criminoso político. Tumultos e insurreições contra o governo romano surgiam constantemente entre os judeus. Os romanos tratavam essas rebeliões com rigor e estavam sempre atentos para reprimir qualquer sinal de revolta popular. [...]
“Pilatos não enxergava no Prisioneiro um conspirador contra o governo; Sua atitude serena e humilde não combinava com a acusação. Ele logo percebeu que havia uma trama para eliminar um inocente, cuja presença contrariava os interesses dos líderes judeus.
“Pilatos ficou tocado pela postura de Jesus. Perguntou-se se aquele Homem permanecia em silêncio por não valorizar a própria vida. Ao vê-lO suportar insultos e zombarias sem revidar, percebeu que Jesus não poderia ser tão injusto e cruel quanto os sacerdotes que exigiam Sua morte.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 725 e 726.

3B) Como Jesus respondeu à pergunta de Pilatos, e qual foi a reação do governador? João 18:34 e 35.
Jo 18:34 e 35 — Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim? 35 Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?

“Buscando a verdade e tentando evitar o tumulto, Pilatos levou Jesus para um momento reservado e perguntou novamente: “Tu és o Rei dos judeus?”.
“Jesus não respondeu de forma direta, pois sabia que o Espírito Santo tocava o coração de Pilatos e queria lhe dar a chance de reconhecer essa convicção. ‘Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de Mim?’, questionou Jesus, sugerindo se a dúvida vinha dos sacerdotes ou de um desejo sincero por mais luz. Pilatos entendeu o significado, mas o orgulho falou mais alto, e ele se recusou a admitir a convicção que sentia.” — Ibidem, p. 726.

Quarta-feira, 15 de outubro | 4. A NATUREZA DO REINO DE CRISTO
4A) Como Jesus explicou claramente a natureza de Seu reino, de forma a ser compreendida até o fim da história da Terra? João 18:36.
Jo 18:36 — Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.

“Hoje, muitos no meio religioso acreditam trabalhar pela implantação do reino de Cristo como um domínio terreno e secular. Querem que o Senhor governe tribunais, exércitos, assembleias, palácios e mercados, esperando que Ele reine por meio de leis impostas pela autoridade humana. Como Cristo não está presente em pessoa, assumem para si o papel de executar as leis do Seu reino. Foi esse tipo de reino que os judeus queriam nos dias de Jesus; teriam aceitado o Messias se Ele concordasse em estabelecer um domínio terreno, impondo o que julgavam ser as leis de Deus e tornando-os intérpretes e executores de Sua vontade. Mas Jesus declarou: ‘O Meu reino não é deste mundo’ (João 18:36), e, assim, recusou um trono terreno.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 509.

4B) De que Cristo nos relembra em nossa vida terrena? Marcos 12:17.
Mc 12:17 — E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele.

“O governo sob o qual Jesus viveu era corrupto e opressor; por todos os lados havia abusos horríveis — extorsão, intolerância e crueldade esmagadora. No entanto, o Salvador não propôs reformas civis. Não atacou os abusos nacionais nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu na autoridade ou administração dos que estavam no poder. Aquele que é o nosso exemplo Se manteve afastado dos governos terrenos. Não é porque fosse indiferente às dores humanas, mas porque o remédio não estava em medidas meramente terrestres e externas. Para ser eficaz, o remédio precisava alcançar cada pessoa individualmente e regenerar o coração.
“O reino de Cristo não é estabelecido por decisões de tribunais ou de assembleias legislativas, nem pelo apoio de grandes homens do mundo, mas pela implantação da natureza de Jesus na humanidade, por meio da obra do Espírito Santo.” — Idem.
“Quando a igreja se une ao Estado, mesmo que no menor grau, parece aproximar o mundo da igreja, mas na verdade só faz a igreja se aproximar do mundo.” — O grande conflito, p. 297.

Quinta-feira, 16 de outubro | 5. PERDENDO UMA ÁUREA OPORTUNIDADE
5A) Como Jesus apelou gentilmente à consciência de Pilatos? João 18:37.
Jo 18:37 — Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

“Jesus não deixou de adicionar mais luz à compreensão [de Pilatos]. Embora não tenha respondido diretamente à pergunta do governador, afirmou com clareza Sua missão. Explicou que não buscava um trono terreno. [...]
“Cristo afirmou que Sua palavra era, por si mesma, a peça capaz de desvendar o mistério para as pessoas dispostas a recebê-la. Sua palavra tinha poder evidente por si mesmo, e esse era o segredo da expansão de Seu reino fundamentado na verdade. Ele desejava que Pilatos compreendesse que apenas por meio da aceitação e apropriação da verdade é que se poderia alcançar a restauração de sua natureza arruinada.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 727.

5B) Que pergunta profunda Pilatos fez a Jesus — e o que revela que ele não tinha real interesse na resposta? João 18:38.
Jo 18:38 — Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.

“Pilatos desejava conhecer a verdade. Ele estava confuso. Agarrou-se ansiosamente às palavras do Salvador, e sentiu um grande desejo de saber o que de fato era a verdade e como poderia alcançá-la. ‘Que é a verdade?’, perguntou. Mas não esperou a resposta. O tumulto do lado de fora o lembrou das preocupações do momento, pois os sacerdotes exigiam ação imediata. Saindo ao encontro dos judeus, declarou enfaticamente: ‘Não acho nEle crime algum’.
“Essas palavras, vindas de um juiz pagão, foram uma dura crítica à trapaça e à falsidade dos líderes de Israel que acusavam o Salvador.” — Idem.

Sexta-feira, 17 de outubro | PARA VOCÊ REFLETIR
1. Assim como os judeus, como posso correr o risco de distorcer a ideia de “contaminação espiritual”?
2. Em que situações posso estar resistindo à voz da consciência, assim como Pilatos?
3. Que pressões podem me fazer fugir da verdade?
4. O que os judeus esperavam de Pilatos?
5. Relate o diálogo entre Pilatos e Jesus.



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